Na vigilância passiva, também definida como notificação vol...

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Q1674785 Farmácia
Nos tempos atuais, em decorrência da crescente demanda por fármacos novos, concebidos, muitas vezes, sob intensa pressão comercial, a Farmacoepidemiologia, com suas contribuições, passa a ter importância estratégica na operação de sistemas de saúde em quase todos os países do mundo.

STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, com adaptações.

Considerando os conhecimentos acerca da farmacoepidemiologia e da farmacovigilância, julgue os itens a seguir. 
Na vigilância passiva, também definida como notificação voluntária, as suspeitas de reações adversas a um dado medicamento são espontaneamente transmitidas pelos profissionais de saúde para os pacientes.
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Errado

A vigilância passiva é realizada por profissionais de saúde e usuários e notificada ao órgão sanitário responsável.

errado

Os tipos fundamentais de vigilância que podem ser realizados nos serviços de saúde são:

• Vigilância passiva. Nesse tipo de vigilância, cada nível de saúde envia informação de forma rotineira e periódica sobre os eventos sujeitos à vigilância ao nível imediatamente superior.

• Vigilância ativa. Nesse tipo de vigilância, a equipe de saúde recorre à fonte de

informação para realizar uma busca intencional de casos do evento sujeito à vigilância. Os profissionais da equipe de saúde buscam diretamente os dados objetos de vigilância, revisando até mesmo os registros rotineiros do serviço de saúde e os registros diários de atenção às pessoas.

• Vigilância sentinela. Baseia-se na informação proporcionada por um grupo selecionado como fonte de notificação do sistema ("unidades sentinelas") que se comprometem a estudar uma amostra pré-concebida ("amostra sentinela") de indivíduos de um grupo populacional específico, no qual é avaliada a presença de um evento de interesse para a vigilância ("condição sentinela"). Esse tipo de vigilância permite estudar as tendências de certos eventos de interesse. Por extensão, o termo “vigilância sentinela” aplica-se a uma forma de vigilância seletiva do tipo comunitário que, por períodos curtos, coleta dados de uma população específica e geograficamente definida ("local sentinela") de especial interesse.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modulo_principios_epidemiologia_4.pdf - pág 25

complementando: A vigilância ativa tem a vantagem de garantir maior integridade ao sistema, isto é, de reduzir significativamente a probabilidade de não detectar casos que efetivamente estejam ocorrendo (que é a desvantagem da vigilância passiva). Por sua vez, a vigilância passiva tem a vantagem de ser fácil, de baixo custo e, portanto, é mais sustentável no tempo (que

é a desvantagem da vigilância ativa). Em geral, a vigilância ativa está particularmente indicada naquelas situações onde a integridade das informações é o mais importante:

doenças em fase de erradicação e eliminação (poliomielite, sarampo, etc.), danos de alta

prioridade sanitária (mortalidade infantil, mortalidade materna, etc.), após uma exposição ambiental da comunidade (dejetos tóxicos, poluição no sistema de abastecimento de

água, etc.) ou durante e imediatamente depois de uma epidemia. A vigilância sentinela

pode utilizar o formato da vigilância ativa ou da passiva; uma de suas aplicações é para

a vigilância das doenças emergentes ou reemergentes, ou naqueles lugares nos quais

as condições socioeconômicas não permitem ter um sistema de vigilância passiva com

representatividade nacional. Em situações de alerta epidemiológico, o sistema requer implementar de maneira rápida

um conjunto de instrumentos que lhe permitam obter de forma oportuna informação

dos casos e os contatos para realizar intervenções eficazes. Diante dessa situação, a periodicidade da notificação ou a definição de caso habitual pode ser modificada durante o período de emergência. Outras áreas de aplicação da vigilância são a ambiental, hospitalar, de desastres, fármaco-vigilância, etc. 

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modulo_principios_epidemiologia_4.pdf - pág 25

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