Em 1789, o francês Alphonse Bertillon criou o primeiro méto...

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Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: IGP-SC Prova: IESES - 2017 - IGP-SC - Papiloscopista |
Q861077 Medicina Legal
Em 1789, o francês Alphonse Bertillon criou o primeiro método científico de identificação humana amplamente aceito. O sistema, conhecido como antropométrico ou Bertillonage/ Bertiolagem em homenagem a seu criador, confiava em uma combinação de medidas físicas coletadas por procedimentos cuidadosamente prescritos. Sobre este sistema de identificação, é correto afirmar:
I. Além dos assinalamentos antropométrico (onze medidas), descritivo e dos sinais particulares, também incluíam fotografias do identificado, de frente e de perfil.
II. Contribuíram para o abandono do uso do método: o aumento do número de fichas de identificação arquivadas - que gerou problemas na classificação; sua aplicação somente em indivíduos adultos; as medidas tomadas tinham forte componente pessoal, passíveis de erros, e dois indivíduos poderiam apresentar valores antropométricos idênticos, dentro dos limites de precisão do sistema.
III. Baseava-se em três princípios: 1-fixidez do esqueleto humano adulto; 2-variação das dimensões do esqueleto humano entre um indivíduo e outro; 3- facilidade e precisão na tomada de medidas ósseas.
IV. Apesar do sistema ter sido adotado na França, e posteriormente por outros países da Europa e do mundo, nunca foi utilizado no Brasil.
V. Bertillon passou a adicionar as impressões digitais do identificado nas fichas sinaléticas. Porém, representavam um mero elemento de identificação a mais, pois o sistema era baseado na antropometria.
A sequência correta é:
Alternativas

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"Sistema antropométrico de Bertillon - Para uns, este processo foi criado por Alphonso Bertillon, funcionário da Polícia de Paris. Para outros, ele apenas o desenvolveu. Universalmente, é reconhecido como o primeiro método científico de identificação. Embasava-se ele em dados antropométricos, em descrição e sinais individuais. Os dados antropométricos fundamentam-se na fixidez do esqueleto humano, após os 20 anos, inspirando-se, não obstante, nas 11 medidas preconizadas pelo autor (CORRETA I):

a) diâmetro anteroposterior da cabeça; b) diâmetro transversal da cabeça; c) comprimento da orelha direita; d) diâmetro bizigomático; e) comprimento do pé esquerdo; f) comprimento do dedo médio esquerdo; g) comprimento do dedo mínimo; h) comprimento do antebraço; i) estatura; j) envergadura (comprimento dos braços abertos); l) altura do busto. Eram essas as medidas para classificação e arquivamento. (CORRETO III)
 
No assinalamento descritivo, as fichas eram anotadas com caracteres morfológicos, como altura e largura da fronte, dimensões e forma da boca, dimensões e forma do nariz etc.; com caracteres cromáticos, como a cor dos cabelos, da pele e dos olhos; e com caracteres complementares, denunciando as particularidades de cada pessoa. E, finalmente, os sinais individuais exarando as marcas, cicatrizes, manchas, tatuagens, amputações, anquiloses, deformidades que eram descritas minuciosamente.

Todas as anotações dos dados antropométricos eram em milímetros, e o arquivamento de cada ficha era feito nesta ordem: a) sexo; b) ficha de menores; c) ficha de maiores;d) diâmetro anteroposterior da cabeça; e) diâmetro transversal da cabeça; f) comprimento do dedo médio esquerdo; g) comprimento do pé esquerdo; h) comprimento do antebraço; i) estatura; j) comprimento do dedo mínimo; l) cor dos olhos.

Mesmo estando em desuso em todos os países do mundo, o sistema de Bertillon ou bertillonagem apresenta grande valor histórico pelo motivo de ter sido a base dos atuais processos científicos da identificação civil ou criminal. As críticas que se lhe fazem prendem-se aos empecilhos práticos de execução, de arquivamento e de classificabilidade; ao fato de não ser classificador, mas excludente, às dificuldades de tomadas das medidas exatas, à indisponibilidade de pessoal técnico competente e ao seu aproveitamento de pessoas apenas em uma determinada faixa etária (CORRETA II)" FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, 10ª edição, 2015, p. 206

"A ideia de introduzir o método chamado bertillonnage no Brasil apareceu, desde 1889, em relatórios governamentais, livros de viagem e jornais". (INCORRETA IV) 

"É preciso analisar a invenção do sistema antropométrico em diálogo com um amplo contexto de debates científicos sobre a questão criminal, onde as ideias de Bertillon conviveram com outros métodos para a documentação da identidade, em particular a técnica das impressões digitais (Caplan e Torpey, 2001; Noiriel, 2007; Piazza, 2005)" (CORRETA V) Identidade cifrada no corpo- http://www.scielo.br/pdf/bgoeldi/v7n3/a07v7n3.pdf


GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

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O sistema de Bertillon foi adotado oficialmente pela Polícia de Paris em 1882 e em seguida por toda a França, Europa e o resto do mundo ( no Brasil em 1894 ).

Sistema antropométrico de Bertillon, criado por Alphonso Bertillon, funcionário da polícia de Paris. É reconhecido como o 1° método científico de identificação, embasava-se em dados antropométricos, em descrição e sinais individuais. Os dados antropométricos fundamentam-se na fixidez do esqueleto humano. Levava em consideração 11 medidas, para classificação e arquivamento. Diâmetro anteroposterio cabeça, diâmetro transversal da cabeça, comprimento da orelha direita, diâmetro bizigomatico, comprimento do pé esquerdo, comprimento do dedo médio esquerdo, comprimento do dedo mínimo, comprimento do antebraço, estatura, envergadura, altura do busto. Todas anotações dos dados antropométricos eram feitos em milímetros, mesmo estando em desuso em todos os países do mundo, esse sistema de Bertillon apresenta grande valor histórico por ter sido a base dos atuais processos de identificação civil e criminal. As críticas que lhe fazem prendem-se aos empecilhos práticos de execução, de arquivamento e de classificabilidade, ao fato de não ser classificador.
Fonte: Genival Veloso, 10° edição. Capítulo 3

(?)

Em 1789, o francês Alphonse Bertillon nem era nascido... Nasceu em 1853. Teve como principais contribuições a criação do 1° laboratório de identificação criminal (1870) e reconhecida a teoria da antropometria criminal ou bertillonage (1882). Morreu em 1914.

Uma aula acerca da Bertiolagem em forma de questão.

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