Assinale a alternativa em que o emprego e a colocação do pr...

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Q1135189 Português

      A avaliação de sistemas tributários – isto é, o conjunto de regras legais que disciplina o exercício do poder impositivo pelos diversos órgãos públicos na forma de tributos cobrados no país – é notoriamente controversa no Brasil e em todo lugar. O sistema tributário desempenha papel central em uma economia moderna na medida em que afeta de múltiplas (e complexas) maneiras o padrão de crescimento econômico e a competitividade nacional, assim como a distribuição social e regional da renda, e pode atuar tanto como um elemento de suporte quanto um obstáculo ao desenvolvimento. É também crucial para delimitar com quanto cada grupo de cidadãos e empresas de quais regiões geográficas do país terá de arcar para financiar que tipo (e tamanho) de Estado e de provisão de serviços e bens públicos.

      Frequentemente, o sistema tributário brasileiro é referido como uma “estrutura desconexa”. O fato é que fica difícil encontrar uma coerência lógica, baseada em fundamentos teóricos, que justifique uma estrutura tributária como a nossa. Mudar isso não é tarefa simples e depende de acordos políticos e federativos que fogem do alcance analítico deste texto, mas um bom ponto de partida é atualizar o diagnóstico dos problemas que temos de enfrentar e as alternativas de solução disponíveis à luz da teoria econômica e das experiências internacionais.

      É possível imaginar dois caminhos de reforma tributária. Um primeiro seria de uma reforma radical, e também de mais difícil implementação. O segundo, de caráter pragmático, é trilhar um processo de mudança gradual ou uma “reforma fatiada”. É preciso, entretanto, diferenciar essa segunda alternativa da opção de se proceder a meras mudanças pontuais, que têm sido muitas vezes erroneamente denominadas reforma fatiada. Quando imaginamos que uma reforma será fatiada, está implícita a existência de um determinado desenho de sistema tributário que se pretende alcançar no futuro, mas cuja implementação é fracionada para facilitar a transição e permitir algumas correções de rumo.

      Em outras palavras, independentemente do ritmo que se deseje adotar, o mais importante é que haja um ponto de chegada comum, que é aproximar nossa estrutura tributária de um “sistema ideal” no qual os vários elementos se ajustem apropriadamente e as distorções desnecessárias sejam eliminadas.

(Rodrigo Orair e Sérgio Gobetti. Reforma tributária no Brasil: princípios norteadores e propostas em debate. Disponível em: www.scielo.br. Acesso em: 30.09.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o emprego e a colocação do pronome na frase estão de acordo com a norma-padrão.
Alternativas

Gabarito comentado

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✅ Gabarito: Letra C

A alternativa A é incorreta porque o verbo 'atualizar' é transitivo direto e, portanto, não deve ser acompanhado pelo pronome oblíquo 'lhe', que é usado como objeto indireto. A forma correta seria 'atualizá-lo'.

A alternativa B contém um erro na colocação pronominal. O correto seria 'que o disciplina', mantendo o pronome 'o' (objeto direto) depois do verbo 'disciplina', o qual é atraído pelo pronome relativo 'que' (fator de próclise).

A alternativa C está correta porque o pronome relativo 'que' atrai o pronome oblíquo átono 'a', que funciona como objeto direto do verbo 'justifique', estando em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.

A alternativa D é incorreta pelo uso inadequado do pronome pessoal do caso reto 'ela' em função de objeto direto, quando o correto seria usar o pronome oblíquo átono 'a' (que a aproxime).

Na alternativa E, o advérbio de negação 'não' atrai o pronome oblíquo 'se', o que caracteriza um erro de colocação pronominal. A forma correta seria 'não se corrigiria'.

➥ Mantenham o foco, estudantes!

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Comentários

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✅ Gabarito: C

A) Já existe o diagnóstico dos problemas que temos de enfrentar e é preciso lhe atualizar → INCORRETO. Atualizar alguma coisa (=verbo transitivo direto. Pronome oblíquo átono "lhe" sendo usado incorretamente como um objeto direto).

B) Fala-se do exercício do poder impositivo e do conjunto de regras legais que disciplina-o → INCORRETO. Pronome relativo "que" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=que o disciplina).

C) Para uma estrutura tributária como a nossa, deve haver uma coerência lógica, baseada em fundamentos teóricos, que a justifique → CORRETO. Pronome relativo atraindo o pronome oblíquo átono, vide letra "a".

D) Quanto à nossa estrutura tributária, é importante um ponto de chegada que aproxime ela de um “sistema ideal” → INCORRETO. Aproxime alguma coisa (=pronome pessoal do caso reto sendo usado incorretamente como objeto direto, o correto é o uso do pronome oblíquo átono "a": que a aproxime).

E) Sem a reforma fatiada não corrigiria-se o rumo do sistema tributário → INCORRETO. Advérbio de negação "não" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=não se corrigia).

➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

Assertiva C

Para uma estrutura tributária como a nossa, deve haver uma coerência lógica, baseada em fundamentos teóricos, que a justifique.

GABARITO: C.

 

a) Já existe o diagnóstico dos problemas que temos de enfrentar e é preciso atualizá-lo. (O LHE sempre retoma a uma pessoa.)

 

b) Fala-se do exercício do poder impositivo e do conjunto de regras legais que o disciplina.

 

c) correta.

 

d) Quanto à nossa estrutura tributária, é importante um ponto de chegada que a aproxime de um “sistema ideal”.

 

e) Sem a reforma fatiada não se corrigiria o rumo do sistema tributário.

GAB. C)

Para uma estrutura tributária como a nossa, deve haver uma coerência lógica, baseada em fundamentos teóricos, que a justifique.

Gabarito: C

Principais Regras de Colocação Pronominal:

1- Início de frase usa-se a próclise. Ex: Dar me um garfo.

2- Verbo no particípio usa-se a próclise. Ex: Tenho te procurado sempre.

3- Verbo no futuro usa-se a mesóclise. Ex: Dar-te-ia um garfo.

4- Palavra atrativa como "que, nunca, não, jamais, sempre etc" atrai para a próclise. Ex: Não se achar.

5- Verbo no gerúndio usa-se a ênclise. Ex: Estou fazendo me de bonito.

6- Sujeito expresso e próximo ao verbo poderá usar a ênclise ou próclise (facultado)

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