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Q2606868 Medicina
        Paciente de 31 anos de idade relatava dor torácica lancinante na parede anterior com irradiação para a região cervical, de forte intensidade e sem alívio com analgésicos comuns havia seis horas. Ele tinha antecedentes de subluxação do cristalino e ectasia dural lombossacral. Ao exame físico, encontrava-se sudorético e acianótico, com saturação de oxigênio em ar ambiente de 90%, pressão arterial de 192 mm/Hg × 118 mm/Hg e frequência cardíaca de 88 bpm. Apresentava pectus carinatum, ritmo cardíaco regular em dois tempos com sopro diastólico (++/4) no segundo espaço intercostal à direita. O eletrocardiograma e o resultado da troponina ultrassensível foram normais. O ecocardiograma transesofágico revelou a presença de flap em aorta ascendente com insuficiência aórtica importante. 

Tendo como referência o caso clínico precedente, julgue o próximo item, segundo as diretrizes da American Association for Thoracic Surgery de 2021.


Para o paciente em questão, recomenda-se a analgesia, redução da pressão arterial sistólica abaixo de 160 mmHg e redução da frequência cardíaca abaixo de 70 bpm. 

Alternativas

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A alternativa correta é: E - errado

O tema central da questão é o manejo de uma dissecção aguda de aorta. Para entender a questão, é importante ter conhecimento sobre as diretrizes de manejo da dissecção aórtica, que incluem controle da dor, pressão arterial e frequência cardíaca. Além disso, o caso clínico apresentado traz características sugestivas de Síndrome de Marfan, como subluxação do cristalino e pectus carinatum, o que aumenta o risco para dissecção aórtica.

Em casos de dissecção aórtica aguda, a abordagem inicial é a estabilização hemodinâmica do paciente. Esta estabilização envolve:

  • Analgésia: para controlar a dor intensa.
  • Redução da pressão arterial: a meta é manter a pressão arterial sistólica abaixo de 120 mmHg (não 160 mmHg como mencionado na questão), para minimizar a tensão na parede da aorta.
  • Controle da frequência cardíaca: geralmente com beta-bloqueadores, visando uma frequência cardíaca abaixo de 60 bpm (não 70 bpm).

Portanto, a recomendação apresentada na questão está incorreta, pois os valores de pressão arterial e frequência cardíaca alvos são superiores aos preconizados nas diretrizes para dissecção aórtica.

Para manter-se atualizado e seguro nas respostas, é crucial acompanhar as diretrizes específicas das associações médicas reconhecidas, como a American Association for Thoracic Surgery.

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