Considerando os conceitos de mediação com os quais o Assist...
I. Mediação Transformadora: considera o desejo e as necessidades dos interessados e possibilita, com essa atitude, a integração e o diálogo entre os interessados, em vez do enfrentamento destrutivo de um para com o outro.
II. Mediação Familiar: considera o conflito um problema, uma espécie de desajustamento social, exceção ou desordem social. Nesse tipo de mediação, nem sempre perscruta a satisfação real dos envolvidos.
III. Mediação Acordista: geralmente de caráter voluntário, econômico, rápido, consensual, possibilita a manutenção de vínculo parental. Nesse tipo de mediação, o mediador busca proporcionar o equilíbrio entre as partes envolvidas no conflito.
É correto o que se afirma em
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A alternativa correta é a C - I, apenas.
A questão apresentada aborda o conceito de mediação dentro da prática do Serviço Social, uma habilidade fundamental para profissionais da área que frequentemente encontram-se facilitando a resolução de conflitos entre indivíduos, famílias ou grupos. A mediação é um processo pelo qual uma terceira parte imparcial assiste as partes em conflito na tentativa de chegar a um acordo mutuamente satisfatório, podendo ser aplicada em diferentes áreas e contextos.
A Mediação Transformadora, mencionada na assertiva I, está corretamente descrita. Ela é assim chamada pois busca não apenas resolver o conflito imediato, mas transformar as relações e as estruturas sociais que originaram o conflito. Trata-se de um processo que foca no empoderamento dos indivíduos e no reconhecimento das questões entre as partes, promovendo o diálogo e a compreensão mútua, em vez do confronto. Essa abordagem é consistente com os valores e objetivos do Serviço Social, que visam a emancipação e a justiça social.
Quanto à assertiva II, referente à Mediação Familiar, ela está incorretamente descrita na questão. Na prática, a mediação familiar não encara o conflito como um mero desajustamento social, mas reconhece a complexidade das relações familiares e busca trabalhar com as partes para entender melhor os problemas e encontrar soluções que atendam às necessidades de todos os envolvidos. A mediação familiar é um processo no qual um mediador imparcial ajuda membros de uma família a comunicar-se e a resolver conflitos de forma construtiva.
Em relação à assertiva III, a Mediação Acordista também não está adequadamente apresentada. O termo "acordista" não é comumente usado na prática profissional do Serviço Social para descrever um tipo específico de mediação. Contudo, quando o foco da mediação é alcançar um acordo rápido e consensual, o que pode ser entendido aqui, é importante que o mediador garanta que o acordo atenda às necessidades e aos interesses de todas as partes envolvidas, e não apenas busque o equilíbrio sem considerar o contexto mais amplo das relações e das condições sociais.
Portanto, a alternativa correta é a "C", pois apenas a assertiva I está correta e aborda o tema de maneira condizente com a prática profissional do Serviço Social.
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Modelo de Bush e Folger (mediação transformativa): concentra seus esforços na revalorização pessoal e no reconhecimento do outro, com a finalidade de ajudar as partes a obter o aumento da força do eu e a sensibilidade mútua, qualquer que seja o modo de resolver o problema. É uma visão relacional, que privilegia o empowerment
MEDIAÇÃO: BREVE ANALISE DO MODELO TRANSFORMATIVO DE BUSH E FOLGER
A mediação transformativa foi um modelo elaborado por Robert A. Barush Bush, teórico da Negociação e Joseph F. Folger, teórico na comunicação. Este modelo criado, aplicado e adaptado em todo mundo, tem como objetivo situar o acordo como uma possibilidade, diferente do modelo harvardiano que tem o acordo como principal objetivo. Esta Escola Clássica visa trabalhar os interesses e necessidades das partes e não somente a posição cristalizada do conflito.
Observa-se que a transformação na relação entre os litigantes viabiliza o refazimento dos laços afetivos e consequentemente, o acordo. Nesse modelo o mediador tem como foco a mediação passiva, ou seja, não existe a intervenção direta do mediador, que utiliza de técnicas de negociação para facilitar o diálogo entre as partes, para que juntas e de forma autônoma, possam construir uma decisão através do diálogo. O empowerment ou emponderamento das partes é de suma importância para que as mesmas solucionem por si só o conflito.
Registra-se que este modelo trabalha o conflito na sua integralidade, ou seja: o aspecto emocional, afetivo, financeiro, psicológico e legal. É valido ressaltar que na mediação transformativa, o ideal é que o conflito seja trabalhado por uma comissão transdisciplinar.
É valido observar também, que durante os últimos anos, as transformações sociais e humanas modificaram as famílias e suas estruturas e essa multiplicidade de modelos familiares (monoparental, a adotiva, a recomposta, as homoparentais, e outras) demandam novos profissionais e abordagens. E é a mediação transformativa de Bush e Foger o instrumento mais adequado para resolver estas novas questões.
É também instrumento de pacificação social baseada na construção de uma “cultura de paz”, pois promove a paz no lar e os comportamentos familiares refletem os comportamentos sociais.
I. Mediação Transformadora: considera o desejo e as necessidades dos interessados e possibilita, com essa atitude, a integração e o diálogo entre os interessados, em vez do enfrentamento destrutivo de um para com o outro.
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