A respeito do texto, analise as afirmativas. I. No primeir...
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Ano: 2023
Banca:
UFMT
Órgão:
Prefeitura de Alta Floresta - MT
Provas:
UFMT - 2023 - Prefeitura de Alta Floresta - MT - Professor do Ensino Fundamental I - Anos Iniciais
|
UFMT - 2023 - Prefeitura de Alta Floresta - MT - Professor de Educação Infantil |
Q2349705
Português
Texto associado
Instrução: Leia o texto abaixo e responda à questão.
A doença e seu nome
Adão só descobriu que era superior aos animais quando Deus lhe confiou a tarefa de dar nome às
outras criaturas. Com isso, o primeiro homem foi investido de um poder. Porque o nome é a coisa, a coisa é
o nome. Se não conhecemos o nome de uma coisa, esta coisa passa a ser assustadora. Ela se transforma
exatamente nisso, numa coisa. E aí tudo pode acontecer.
A questão do nome é particularmente importante no caso da doença. O que é que eu tenho, doutor? é
a pergunta crucial que os pacientes fazem ao médico. A doença, disse a escritora Susan Sontag (que fala por
experiência própria: teve um câncer de mama), é uma segunda cidadania. Mas, se assumimos essa cidadania,
queremos saber o nome do país-doença em que teremos de viver.
Não é apenas curiosidade. No fundo, todos nós acreditamos, como nossos ancestrais pré-históricos,
na doença como a obra de espíritos malignos. Ora, chamar um demônio pelo nome é a primeira providência
para exorcizá-lo. Solicitado a fornecer um diagnóstico, o médico sabe que também está passando por um
teste. Nesse momento, deve mostrar seu conhecimento, seu poder. O nome pode ser complicado, não tem
importância: às vezes, funciona até como símbolo de status. Caso a pessoa não tenha mais nada na vida,
pelo menos pode contar com uma doença grave.
O que lembra a história da mãe judia que levou o filho a um psicanalista e insistiu em um
diagnóstico. Depois de compreensível hesitação, o doutor disse que o rapaz sofria de “Complexo de Édipo”.
Resposta da boa senhora: “Complexo de Édipo ou não, o importante é que ele ame a sua mãe.” [...]
(SCLIAR, M. A face oculta – Inusitadas e reveladoras histórias da medicina. Porto Alegre: Artes e ofícios, 2020.)
A respeito do texto, analise as afirmativas.
I. No primeiro parágrafo, a palavra coisa aparece várias vezes; na última delas, pode-se atribuir o sentido de mistério, enigma. II. O homem na época pré-histórica acreditava que as doenças eram criadas por espíritos malignos, mas hoje não mais se pensa assim. III. Tanto pacientes quanto médicos vivem momento de tensão em termos de ter um diagnóstico, nomear uma doença. IV. A fala da mãe, na história contada no final do texto, revela desconhecimento da doença, mas necessidade de ter um nome para a doença.
Estão corretas as afirmativas
I. No primeiro parágrafo, a palavra coisa aparece várias vezes; na última delas, pode-se atribuir o sentido de mistério, enigma. II. O homem na época pré-histórica acreditava que as doenças eram criadas por espíritos malignos, mas hoje não mais se pensa assim. III. Tanto pacientes quanto médicos vivem momento de tensão em termos de ter um diagnóstico, nomear uma doença. IV. A fala da mãe, na história contada no final do texto, revela desconhecimento da doença, mas necessidade de ter um nome para a doença.
Estão corretas as afirmativas