Texto I SUCESSO TRAZ FELICIDADE? Carol CastroSe dar bem na...
Texto II
A BUSCA PELO SUCESSO NÃO PODE VIRAR OBSESSÃO
Felicidade não depende de bons resultados no trabalho; é o contrário
Márcio Ferrari
A relação entre trabalho e felicidade costuma ser encarada como causa e consequência, mas talvez não seja tão simples assim. Vide o livro, recém-lançado nos Estados Unidos, The Happiness Track (“O caminho da felicidade”), de Emma Seppala, pesquisadora da Universidade Stanford. A autora argumenta que o caminho é outro: a felicidade abre portas para o sucesso profissional e não o oposto. Em outras palavras, costumamos buscar felicidade no trabalho, quando, para trabalhar bem, o melhor é já ser feliz.
Satisfação no trabalho é possível e desejável, claro. O problema, segundo Seppala, não é ser “workaholic”, mas “successaholic”, o que leva à procura incessante de uma conquista atrás da outra, na esperança de que na próxima finalmente chegue a felicidade. A autora detecta nisso um círculo perverso que acaba resultando em exaustão e, como um tiro pela culatra, em desempenho medíocre no trabalho. Para piorar, esse é um comportamento incentivado socialmente. O vício em trabalho, diferentemente de outros vícios, é enaltecido em nossa cultura, não só pela admiração dos pares, mas também por meio de recompensas.
Além do reforço do ambiente, no entanto, há um mecanismo biológico que “recompensa” igualmente a corrida pelo sucesso no trabalho – e funciona de modo semelhante a todo vício. Uma conquista de qualquer tipo dispara uma carga do neurotransmissor dopamina no cérebro, provocando sensação de prazer. Até enviar um e-mail importante ou “ticar” uma tarefa concluída são ações que podem acionar esse mecanismo. E nossa época, com celulares de trabalho que soam mesmo nos horários de descanso, não ajuda nada. Em algum momento, a necessidade constante de realizar uma tarefa a mais tem consequências que afetam a saúde e o funcionamento da mente. O resultado costuma ser estresse emocional, tensão nos relacionamentos e até cinismo. No trabalho, as consequências vão de queda na produtividade à perda da capacidade de atenção.
Esse estado de coisas não é irremediável. A mudança necessária precisa se dar no âmbito individual e pode ser resumida a estar presente em todos os momentos. Em vez de fazer várias coisas ao mesmo tempo, Seppala recomenda que as coisas sejam feitas uma por vez. Os dividendos serão, depois de algum tempo, maior satisfação e produtividade. E há também as pequenas providências, como silenciar o celular, evitar as redes sociais e estabelecer para si mesmo períodos de tempo para focar apenas numa tarefa, sem nenhuma distração. Obsessão: o problema não é ser um “workaholic”, mas sim um “successaholic”. Isso resulta em exaustão e desempenho medíocre no trabalho.
Publicado em: 31/05/2016
Texto adaptado. Disponível em: http://epocanegocios.globo.com/Carreira/
noticia/2016/05/busca-pelo-sucesso-nao-pode-virar-obsessao.html
Acesso em: 01/02/2018
Texto I
SUCESSO TRAZ FELICIDADE?
Carol Castro
Se dar bem na vida não envolve necessariamente dinheiro. Pode ter a ver apenas com felicidade. Você pode ser feliz na maior parte do tempo, com pouca ou muita grana, sem se ser arrastado pelos perrengues da vida. Em troca, uma ironia: felicidade pode melhorar seu desempenho no trabalho – e, consequentemente, seu salário.
Só que só vale se for algo natural, desde que sua felicidade não dependa de fatores externos para acontecer. Não dá para contar com um bilhete premiado da loteria ou ser contratado pela empresa dos seus sonhos para ser feliz. Até porque, a cada meta alcançada, você inventa uma nova. Aí o êxtase passa e só dá para ser feliz de novo quando o próximo objetivo for concluído. E por pouco tempo.
É por isso que o modo como você enxerga o mundo importa. Segundo os estudos de Achor, inteligência e habilidades técnicas preveem apenas 25% do sucesso de alguém. Os outros 75% têm a ver com otimismo (que envolve felicidade), suporte social e a maneira de encarar o estresse.
Em um teste, ele mostrou a bancários estressados um vídeo sobre como ver estresse como desafio, e não como um problema. Todos eles colocaram o aprendizado em prática. Depois de observá-los por seis semanas, a equipe de Shawn notou que os sintomas de estresse haviam caído 23%. Os participantes relatavam estar mais felizes. Mas mais que isso: segundo Shawn, a mudança de postura fez com que os bancários se envolvessem e se empenhassem mais com o trabalho.
Na hora do aperto, aliás, contar com os amigos é importante. As pesquisas de Shawn mostram que o nível de conexões sociais é o melhor jeito de prever felicidade. Por isso, ter uma boa rede de amigos verdadeiros ajuda bastante. E falta alguma coisa quando você sente uma felicidade quase plena e vive cercado por bons amigos? Aí é só alegria – no trabalho e em casa.
Publicado em: 22/04/2015
Texto adaptado. Disponível em:https://super.abril.com.br/blog/cienciama-luca/3-dicas-da-ciencia-para-se-dar-bem-na-vida/acesso em: 01/02/2018
Assinale a alternativa correta sobre os Textos I “Sucesso traz felicidade?” e II “A busca pelo sucesso não pode virar obsessão”.