A questão refere-se ao período a seguir: O elemento linguíst...
Tempo, pintura e fotografia
José Roberto Castilho Piqueira
O conhecimento humano hoje acumulado é de tal monta que as grandes mentes do mundo moderno, cada vez mais, se ocupam de discussões que passam ao largo do dia a dia de nosso cotidiano. Por exemplo, os físicos de hoje conjecturam a inexistência do tempo. Seria possível para nós, acostumados às marcas da passagem dos anos, imaginar que o tempo, medido pelo vaivém de um relógio de cuco ou pelo período de emissão de radiações de átomos de césio, é produto, apenas, de uma abstração?
Esse tipo de conjectura vai dos físicos aos críticos de arte, que discutem, com veemência, se é possível dar à fotografia um status de arte equivalente ao da pintura. Será essa discussão relevante para aquele que quer, apenas, apreciar o que lhe parece belo, deixando que essa beleza flua pelo contexto de suas experiências de vida?
Por que começamos este pequeno ensaio? Talvez porque a sociedade moderna, com seus computadores, GPS, máquinas digitais e obras grandiosas, coloque os físicos perto da arte e os artistas perto da ciência, ambas, arte e ciência, pertinentes ao mundo da concretude e com entendimento tão dependente da subjetividade de nossos pensamentos.
É possível que o bom entendimento do mundo dispense o excesso de tecnicismo e de nomenclatura, e prosseguiremos dando-nos essa liberdade.
A mecânica clássica, cujos rudimentos fazem parte de todos os currículos escolares, divide os fenômenos em estáticos e dinâmicos, enfatizando que aqueles são casos particulares destes, como se isso fosse a essência do entendimento. Escolher a estática ou a dinâmica como centro da atenção depende do contexto: para construir um prédio, estática; para uma viagem de carro, dinâmica.
A fotografia, então, é estática ou dinâmica? Deve ter o mesmo status da pintura ou não? Responder a essas perguntas é relevante? Acreditamos que pensar essas questões importa para aprimorar o entendimento. Entretanto, estabelecer nomenclaturas e fronteira s é uma atitude, apenas, autoritária e de pouco valor.
Ao pintar um quadro, o artista registra na tela como sua mente enxerga uma paisagem, uma natureza-morta, uma figura ou uma questão social. É um instantâneo de uma dinâmica passada, transformando, em um conjunto estático, um processo mental, dinâmico por natureza.
O fotógrafo registra um instantâneo objetivo, procurando ângulos favoráveis para a melhor observação. O substrato é o mesmo do pintor, mas a física da máquina, digital ou não, faz um registro unívoco de uma possível ideia ou mensagem, não permitindo qualquer adição ou subtração.
Ambos, o quadro e a foto, são registros estáticos perenes. A dinâmica de ambos os processos está na subjetividade das mentes que os apreciam, individual ou coletivamente .
Quando olhamos para um quadro de Matisse, mergulhamos no seu mundo e transportamos para nossa mente uma miríade de sensações, transladadas, ao longo do tempo, para nossa experiência de vida. Podemos adicionar ou subtrair o que nossa mente pedir, e o resultado também é dela, sendo variável com resultado dependente de nossa medição do mundo.
Uma foto de Evans, em contrapartida, também nos provoca uma multiplicidade de sensações, com adições e subtrações mentais originárias da nossa experiência. O resultado, entretanto, sempre estará no universo fotografado com franqueza e na realidade das pessoas fotografadas.
Enfim, Evans e Matisse nos permitem criar e reproduzir experimentos e sensações inusitadas, precisas ou incertas, análogas aos processos quânticos ou clássicos. Os nomes atribuídos pouco importam.
Disponível em:<http://espaber.uspnet.usp.br/jorusp/?p=51770>
A questão refere-se ao período a seguir:
O elemento linguístico “se”, destacado, funciona como conjunção- Gabarito Comentado (1)
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Gabarito comentado
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A análise do trecho selecionado revela a seguinte estrutura:
1ª oração: "Esse tipo de conjectura vai dos físicos aos críticos de arte,"
2ª oração: "que discutem, com veemência"
3ª oração: "se é possível dar à fotografia um status de arte equivalente ao da pintura" (oração subordinada substantiva objetiva direta).
Examinando as orações em conjunto, identificamos:
"... que discutem, com veemência, se é possível dar à fotografia um status de arte equivalente ao da pintura."
É possível observar que a oração destacada pode ser substituída pelo pronome "isso":
"... que discutem, com veemência, isso."
Ao analisar a função sintática do pronome "isso", constatamos que ele atua como objeto direto, pois complementa o sentido do verbo 'discutem'.
O gabarito correto é a letra D, onde o elemento linguístico "se" funciona como conjunção integrante e introduz uma oração com valor de objeto direto.
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Comentários
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d)
integrante e introduz oração com valor de objeto direto.
"Esse tipo de conjectura vai dos físicos aos críticos de arte, que discutem, com veemência, se é possível dar à fotografia um status de arte equivalente ao da pintura."
1ª oração: Esse tipo de conjectura vai dos físicos aos críticos de arte,
2º oração: que discutem, com veemência
3ª oração: se é possível dar à fotografia um status de arte equivalente ao da pintura (oração subordinada substantiva objetiva direta).
Analizando as duas ultimas orações:
[...] que discutem, com veemência, se é possível dar à fotografia um status de arte equivalente ao da pintura.
Notar que a oração sublinhada pode ser substituída pelo promone isso:
[...] que discutem, com veemência, isso.
Analisando, sintaticamente, o promone isso, vemos que ele exerce função de objeto direto, uma vez que completa o sentido do verbo 'discutem'.
Ainda dizem que bancas regionais são fáceis, "TOMEM NOS PEITO" :))
QUETÃO BOA!!!!!!
QUE DISCUTEM (ISTO) = Oração subordinada substantiva. Logo SE = Conjunção integrante.
Quem discute, discute algo = VTD = se é possivel... (valor de objeto direto)
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