É uma hipótese do texto a ideia de que aquilo a que damos o ...
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Com base no mesmo assunto
Ano: 2021
Banca:
FCC
Órgão:
TJ-SC
Provas:
FCC - 2021 - TJ-SC - Analista de Sistemas
|
FCC - 2021 - TJ-SC - Médico |
FCC - 2021 - TJ-SC - Assistente Social |
FCC - 2021 - TJ-SC - Psicólogo |
FCC - 2021 - TJ-SC - Analista Administrativo |
Q1858574
Português
Texto associado
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
Duas revoluções da humanidade
Estamos hoje na confluência de duas imensas revoluções. Por um lado, biólogos estão decifrando os mistérios do corpo
humano, particularmente do cérebro e dos sentimentos. Ao mesmo tempo, os cientistas da computação estão nos dando um poder de
processamento de dados sem precedente. Quando a revolução na biotecnologia se fundir com a revolução na tecnologia da
informática, essa fusão produzirá algoritmos de longo alcance capazes de monitorar e compreender nossos sentimentos muito melhor
do que nós mesmos, e então a autoridade decisiva passará dos humanos para os computadores.
Nossa ilusão de que detemos uma total e livre capacidade de escolha, a que damos o nome de livre arbítrio, provavelmente vai
se desintegrar à medida que nos depararmos, diariamente, com instituições, corporações e agências do governo que compreendem e
manipulam o que era, até então, do domínio do nosso inacessível reino interior.
Isso já está acontecendo no campo da medicina. As decisões médicas mais importantes de nossa vida se baseiam não na sensação de estarmos doentes ou saudáveis, nem mesmo nos prognósticos informados por nosso médico − mas nos cálculos de computadores que entendem do nosso corpo muito melhor do que nós. Eles serão capazes de monitorar nossa saúde 24 horas por dia, sete dias por semana. Serão capazes de detectar, logo em seu início, a gripe, o câncer, o mal de Alzheimer, muito antes de sentirmos que há algo errado conosco. Poderão então recomendar tratamentos adequados, dietas e regimes diários, sob medida para nossa compleição física, nosso DNA e nossa personalidade, que são únicos.
Isso já está acontecendo no campo da medicina. As decisões médicas mais importantes de nossa vida se baseiam não na sensação de estarmos doentes ou saudáveis, nem mesmo nos prognósticos informados por nosso médico − mas nos cálculos de computadores que entendem do nosso corpo muito melhor do que nós. Eles serão capazes de monitorar nossa saúde 24 horas por dia, sete dias por semana. Serão capazes de detectar, logo em seu início, a gripe, o câncer, o mal de Alzheimer, muito antes de sentirmos que há algo errado conosco. Poderão então recomendar tratamentos adequados, dietas e regimes diários, sob medida para nossa compleição física, nosso DNA e nossa personalidade, que são únicos.
(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. 21 lições para o século 21. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 74-75)
É uma hipótese do texto a ideia de que aquilo a que damos o nome de livre arbítrio (2º parágrafo) deverá se extinguir em razão do