Considere o excerto a seguir para responder às questões 2, 3...
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
A forma que enxergamos as cores muda conforme envelhecemos, diz estudo
Quando expostas ao aumento de luminosidade e da saturação cromática, as pupilas se contraem. Mas há uma diferença nesse movimento entre jovens e idosos – o que resulta em percepções diferentes da mesma cor. Isso é o que mostra um estudo publicado na revista Scientific Reports e divulgado em 22 de janeiro.
A pesquisa contou com dois grupos: um de 17 pessoas com idade média de 27,7 anos e outro de 20 indivíduos com idade média de 64,4 anos. Os pesquisadores colocaram os voluntários em uma sala com blecaute e lhes mostraram 26 cores diferentes enquanto mediam o diâmetro de suas pupilas usando uma câmera de rastreamento ocular altamente sensível. Cada tonalidade aparecia na tela por 5 segundos. Foram exibidos tons escuros, suaves, saturados e claros de magenta, azul, verde, amarelo e vermelho, além de dois tons de laranja e quatro opções de cinza. O aparelho, que captava o diâmetro das pupilas mil vezes por segundo, permitiu observar que as pupilas de pessoas idosas saudáveis se contraiam menos do que a de adultos jovens em resposta ao aumento na saturação das cores. Essa diferença foi mais acentuada em relação ao verde e ao magenta. Já mudanças na claridade ou luminosidade das tonalidades provocaram respostas semelhantes nos dois grupos.
“Esse trabalho questiona a crença antiga entre os cientistas de que a percepção das cores permanece relativamente constante ao longo da vida. Em vez disso, ela sugere que as cores desaparecem lentamente à medida que envelhecemos”, explicou Janneke van Leeuwen, do Instituto de Neurologia da University College London (UCL), na Inglaterra, em comunicado.
Os cientistas acreditam que, conforme as pessoas envelhecem, haja um declínio na sensibilidade do corpo aos níveis de saturação das cores no córtex visual primário (parte do cérebro responsável por receber, integrar e processar as informações visuais captadas pelas retinas). Pesquisas anteriores já demonstraram que essa característica também está presente em pessoas que apresentam uma forma rara de demência chamada atrofia cortical posterior (ACP), caso em que dificuldades e anormalidades com relação à percepção de cores podem ocorrer devido a um declínio na sensibilidade do cérebro a determinados tons no córtex visual primário e em suas redes. “Pessoas com demência podem apresentar alterações nas preferências de cores e outros sintomas relacionados ao cérebro visual. Para interpretar esses dados corretamente, primeiro precisamos avaliar os efeitos do envelhecimento saudável na percepção das cores", afirmou Jason Warren, professor do Instituto de Neurologia da UCL. “Portanto, são necessárias mais pesquisas para delinear a neuroanatomia funcional de nossas descobertas, já que áreas corticais superiores também podem estar envolvidas.”
Esse é o primeiro estudo a usar pupilometria para demonstrar que o cérebro se torna menos sensível à intensidade das cores conforme envelhecemos, além de complementar pesquisas anteriores que demonstram que adultos mais velhos percebem as cores menos saturadas do que os mais jovens.
Revista Galileu. (Adaptado). Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/ciencia/noticia /2024/01/a-forma-que-enxergamos-as-cores-muda-conforme-envelhecemos-diz-estudo.ghtml>
Considere o excerto a seguir para responder às questões 2, 3 e 4:
Quando expostas ao aumento de luminosidade e da saturação cromática, as pupilas se contraem. Mas há uma diferença nesse movimento entre jovens e idosos – o que resulta em percepções diferentes da mesma cor. Isso é o que mostra um estudo publicado na revista Scientific Reports e divulgado em 22 de janeiro.
Em “as pupilas se contraem”, a palavra ‘se’ atua como:
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Deve ter sido um engano. De jeito nenhum esse "se" é objeto direto. Pelo que eu sei, isso é uma partícula apassivadora.
Na frase "As pupilas se contraem", o "se" não é um objeto direto. Neste caso, "se" funciona como um pronome reflexivo, que indica que a ação do verbo "contrair" recai sobre o próprio sujeito (as pupilas).
Explicação:
- Pronome Reflexivo: "Se" na frase "as pupilas se contraem" indica que a ação é realizada pelo sujeito (as pupilas) e, ao mesmo tempo, afeta o próprio sujeito. Ou seja, as pupilas realizam a ação de se contrair sobre si mesmas.
- Objeto Direto: O objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto, respondendo às perguntas "o quê?" ou "quem?". No caso da frase, o verbo "contrair-se" é reflexivo, e não há necessidade de um objeto direto.
Portanto, na frase "as pupilas se contraem", o "se" não é um objeto direto, mas sim um pronome reflexivo que está a indicar que a ação de contrair é feita pelo próprio sujeito (as pupilas) sobre si mesmo.
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Então quem colocou partícula apassivadora acertou?
Quando expostas ao aumento de luminosidade e da saturação cromática, as pupilas se contraem. Mas há uma diferença nesse movimento entre jovens e idosos – o que resulta em percepções diferentes da mesma cor. Isso é o que mostra um estudo publicado na revista Scientific Reports e divulgado em 22 de janeiro.
A particula 'se' no caso em tela é uma parte integrante do verbo (QUESTÃO SEM GABARITO)
SE” – PRONOME REFLEXIVO (PR) x PARTE INTEGRANTE DO VERBO (PIV)
Sim. Vamos morrer e ficar com dúvida entre um e outro. Sim. Português não é Matemática, logo nem sempre é preciso haver uma verdade absoluta sobre certos fatos linguísticos. Sim. O que as provas de concursos fazem é justamente o contrário: elas cobram, frequentemente, classificações gramaticais como verdades absolutas, como C/E. Mas nem tudo é preto ou branco. Se uma banca expõe algo cinza e pede que você aponte se é preto ou branco, a culpa não é sua nem minha, é dela. “Ah! Mas o que me importa é acertar a questão, Pestana!”. Sim. A minha intenção também é que você acerte a questão. Agora, se uma banca resolve dar um gabarito contestável/errado e não anula, a culpa não é nossa — nem minha nem sua.
Feitas as devidas considerações, vamos ao que interessa: como diferenciar pronome reflexivo (PR) de parte integrante do verbo (PIV)?
Venha comigo!
PRONOME REFLEXIVO
O SE só pode ser considerado 100% reflexivo se a ação praticada pelo sujeito incidir sobre si mesmo. Além disso, o verbo tem que ser necessariamente TD ou TDI, pois o SE PR sempre vai exercer função sintática de OD ou, mais raramente, OI.
– João se feriu com a navalha. (Equivale a “João feriu João com a navalha”, que equivale a “João foi ferido por João com a navalha”. Ele feriu a si mesmo, sacou?)
– Maria se impôs uma severa dieta. (Equivale a “Maria impôs à Maria uma severa dieta”, que equivale a “Uma severa dieta foi imposta à Maria pela Maria”. Ela impôs uma dieta severa a si mesmo, sacou?)
Nesses casos, o SE é evidentemente PR. Os verbos nesses casos costumam ser chamados de “verbos pronominais reflexivos”. Fechado? Blz!
PARTE INTEGRANTE DO VERBO
O SE integrante do verbo (PIV) é um “falso reflexivo”, pois não indica reflexividade evidente, uma vez que não se pode imaginar que o sujeito do verbo acompanhado de PIV exerce uma ação voluntária e intencional sobre si mesmo. Além disso, o SE PIV não exerce função sintática de nada.
– João se queixou de nós. (Equivale a “João queixou João de nós” ou “João foi queixado de nós por João”??? Claro que não!!! Essas construções loucas não são Português, são inexistentes na lingua.)
Percebeu como é impossível interpretar o SE como reflexivo? Logo, o SE é PIV, pois ele serve de apêndice para a conjugação verbal (eu me queixo, tu te queixas, ele se queixa, nós nos queixamos…). Chamamos a esse tipo de verbo de “verbo essencialmente pronominal”. É importante dizer que esse tipo de verbo é normalmente intransitivo ou transitivo indireto (raramente de ligação), mas nunca é transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Saber esse detalhe é importante para diferenciar PIV de PR, hein!
O MOTIVO DA CONFUSÃO ENTRE “PR” E “PIV”
Na maioria das vezes, a dificuldade se dá porque o aluno tenta substituir o SE por A SI MESMO. Nessa troca, às vezes, dá-se a impressão que a permuta é perfeita. Mas não é. Por exemplo, quando se diz assim “Ele se levantou da cadeira”, muitos vão fazer assim: “Ele levantou a si mesmo da cadeira”. E vão achar que essa é uma frase legítima e que o SE é PR. No entanto, não é PR, e sim PIV.
Raciocine: quando se diz que alguém se levantou da cadeira, isso não quer dizer que ele pegou a si mesmo pelos braços (sei lá, rs) e se ergueu da cadeira. Não! “Levantar-se” é uma ação espontânea e individual. Logo, não há reflexividade, pois o indivíduo não está sofrendo a ação de ser levantado.
Sim. É uma sutileza, mas ela existe e é determinante para a classificação do SE como PR ou PIV. Em “levantar-se”, o SE é, portanto, PIV. Percebeu? (Não? Então leia de novo.)
Vou além… para ficar mais claro ainda: o que normalmente causa dificuldade são os verbos ACIDENTALMENTE pronominais, como é o caso de “levantar-se”, a saber: aqueles que NÃO SÃO, POR NATUREZA, acompanhados de SE PIV. Mas, quando mudam de transitividade — normalmente de VTD para VI/VTI —, passam a verbos acompanhados de SE PIV. (Essa questão da mudança de transitividade é o cerne da questão!) Veja:
– João esqueceu a carteira. (VTD)
– João esqueceu-se da carteira. (VTI; SE PIV)
– João casou ontem. (VI)
– João se casou com Maria. (VTI; SE PIV)
– João concentrou sua energia. (VTD)
– João se concentrou para lutar. (VI; SE PIV)
Para ver mais exemplos de verbos assim, consulte o capítulo 29 da minha gramática, em Regência Verbal, Pontos Importantíssimos.
VAMOS EXERCITAR!
A partir das explicações acima, aponte o SE corretamente, usando PR ou PIV.
1. João matou-se.
2. João suicidou-se.
3. João feriu-se nos espinhos.
4. João se afogou no lago.
5. João zangou-se com o irmão.
6. João se afastou do fogo.
7. João arremessou-se sobre o inimigo.
8. João se informou acerca de política.
9. João se deitou na cama.
10. João orgulha-se de ser judeu.
11. João se arrependeu do vacilo.
12. João atreveu-se a empreender.
13. João derreteu-se com a homenagem.
14. João se destacou na competição.
15. João se tornou médico.
Gabarito!!!
1. PR
2 a 15. PIV
FONTE: PESTANA
não eh PA?? eu tava tão certeiro disso
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