Sobre as diferenças entre o multiplicador dos gastos e o mul...
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Alternativa correta: A - O multiplicador dos gastos gera um aumento na renda maior que o gerado pelo multiplicador das transferências, posto que as transferências afetam a demanda agregada indiretamente através da renda disponível.
No âmbito da Macroeconomia, o tema central dessa questão é a comparação entre o multiplicador dos gastos e o multiplicador das transferências, ambos conceitos fundamentais para entender os efeitos das políticas fiscais sobre a economia.
O multiplicador dos gastos refere-se ao efeito amplificado que um aumento nos gastos governamentais tem sobre o produto nacional. Esse multiplicador é maior porque o gasto público é uma componente direta da demanda agregada. Quando o governo realiza gastos, ele injeta dinheiro diretamente na economia, aumentando imediatamente a produção e a renda.
Por outro lado, o multiplicador das transferências se refere ao efeito das transferências diretas do governo para as pessoas, como benefícios sociais. Elas afetam a renda disponível dos indivíduos, que então podem aumentar seu consumo. No entanto, como parte das transferências pode ser poupada, o efeito multiplicador é geralmente menor em comparação com os gastos diretos.
Com base nessas definições, a alternativa A está correta porque ilustra que os gastos governamentais têm um impacto mais imediato e geralmente maior na renda agregada do que as transferências, que dependem do comportamento de consumo das famílias.
Análise das alternativas incorretas:
B - Esta alternativa está incorreta. O argumento de que os gastos se traduzem em montante equivalente de dívida não é relevante para comparar os multiplicadores, pois a dívida pode ocorrer em ambos os casos. O ponto crucial é a forma como cada tipo de gasto afeta diretamente a demanda agregada.
C - Esta alternativa também está errada porque ambos os multiplicadores não geram os mesmos efeitos. Como mencionado, os gastos do governo têm um impacto direto, enquanto as transferências afetam a economia de forma mais indireta e, portanto, menos intensiva.
D - Esta é uma interpretação equivocada. Não há um efeito direto de anulação entre os multiplicadores, e a questão da inflação mencionada não é o ponto central da comparação entre eles. A inflação poderia ocorrer em um cenário de alta demanda, mas isso não está diretamente relacionado com a diferença entre os multiplicadores.
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A renda em uma economia fechada e com governo é dada pela fórmula: Y = Ca + c ( Y - T) + I + G. Os resultado orçamentário do governo Ro = T - R - G (onde R são as transferencias governamentais, e T são os tributos calculado por T = tY). Então Ro = tY - R - G, segue o MODELO SIMPLES KEYNESIANO:
Y = D = C + I + G ==> C + S + T - R
C = Ca + c (Y - (tY - R)) ==> C = Ca + c (Y + R - tY) ==> Ca + cT + cY (1 - t)
VARIACAO DOS GASTOS DO GOVERNO
Var (Y) = Var(G) * (1/ 1-c(1-t) ==> G'>G
VARIACAO DOS TRANSFERENCIAS
Var (Y) = c(Var(R) * (1/ 1-c(1-t)) ==> R'>R
O aumento das transferencias governamentais aumenta a renda, mas em valor menor que os gastos do governo, pois somente parte da transferencia vai para o consumos, a outra parte vai para a poupanca.
Basta observar a fórmula da demanda agregada já com o multiplicador disposto:
Y = m * A
Y = {1 / (1 – c1 + c1t – i1 + m1)} (c0 + c1R – c1t0 + i0 + G + X – m0)
Multiplicador dos Gastos = mG = {1 / (1 – c1 + c1t – i1 + m1)} * G
Multiplicador das Transferências = mR = {1 / (1 – c1 + c1t – i1 + m1)} * c1R
Sendo G = R, e sendo c1 < 0, mG > mR.
GABARITO: A
Bons estudos!
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