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Q3027333 Português
Nova micose se espalha


da Revista Pesquisa FAPESP


      Mais uma doença se espalha no Brasil: a esporotricose, micose causada por fungos do gênero Sporothrix que entram no organismo por meio de feridas na pele. Análises genéticas indicam uma epidemia em andamento no Brasil, causada principalmente pelo fungo S. brasiliensis. Já se registrou transmissão de animal para animal e de animal para humano. Das 72 amostras de várias espécies de Sporothrix examinadas, coletadas de 2013 a 2022, 55 eram de esporotricose humana e 17 animal, principalmente em gatos, os principais transmissores; 67 eram do Brasil, três dos Estados Unidos e duas da Colômbia. Em outro estudo, um grupo das Universidades Federais rural de Pernambuco (UFRPE) e de São Paulo (Unifesp) identificou 1.176 casos de esporotricose em gatos nos municípios pernambucanos de Jaboatão dos Guararapes, de Olinda e do Recife entre 2016 e 2021; segundo análise genética, a espécie predominante, S. brasiliensis, pode ter vindo do Rio de Janeiro. Em gatos e cães, a micose causa feridas principalmente na face, nas orelhas e nas patas. Em pessoas, a lesão inicial é parecida com uma picada de inseto; pode desaparecer espontaneamente ou chegar aos pulmões e provocar tosse, falta de ar, febre e dor ao respirar. Trata-se com antifúngico por três a seis meses em média (Lancet Microbe, março; Mycopathologia, 14 de julho).


Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/nova-micose-se-espalha/. Acesso em: 01 set. 2024. Adaptado.
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