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Inteligência artificial: a era do “deus” máquina


     No teatro grego antigo, quando não havia solução para um impasse, um ator interpretando uma divindade descia ao palco pendurado num guindaste, resolvia o problema e, assim, acabava a peça. Era o Deus ex-machina – o deus surgido da máquina. Com o avanço sem precedentes da inteligência artificial (IA), é justo pensar que, no mundo contemporâneo, a máquina é a própria deidade.

      Para ela, nada parece impossível. Da confecção de discursos em segundos à criação de obras de arte; da identificação de medicamentos promissores ao diagnóstico preciso de doenças, tudo é resolvido pelo “deus algoritmo”. E, ao observar sua invenção “surgindo do guindaste”, o homem pode se perguntar qual lugar ocupará neste enredo. Segundo especialistas, porém, o perigo não está na criatura e, sim, no uso que o criador faz dela.

       A inteligência artificial faz parte da rotina, ainda que não se perceba. O GPS que indica o percurso, a atendente virtual, o internet banking são exemplos de seu uso no dia a dia. Só que, até agora, ninguém temia os mecanismos de busca dos navegadores, os sistemas de reconhecimento facial dos condomínios ou a sugestão de filmes apresentadas pelos aplicativos de streaming.

    Então, as máquinas começaram a gerar imagens perfeitas de pessoas inexistentes, escrever reportagens com acurácia, resolver enigmas matemáticos em frações de segundos, dirigir e voar sozinhas, elaborar defesas jurídicas e até “ler” pensamentos em experimentos científicos. A ponto de, em um editorial da revista Science, um grupo de cientistas pedir a moratória de pesquisas até alguma regulamentação ética da IA.

       A discussão sobre riscos e avanços da IA ultrapassa o campo da ciência da computação; é também filosófica. Já na Grécia Antiga, filósofos questionavam a essência da inteligência e se ela era um atributo somente humano.

      Hoje, esse é um dos centros da discussão sobre IA: sistemas programados e alimentados por seres humanos poderão ultrapassar em astúcia seus criadores? Não, garante um dos maiores especialistas no tema, o cientista da computação francês Jean-Gabriel Ganascia, da Universidade de Sorbonne que, já em 1980, obteve mestrado em inteligência artificial em Paris.



(Paloma Oliveto, Inteligência artificial: a era do ‘deus’ máquina. https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude. Adaptado)
Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância verbal, de emprego de pronome e de colocação pronominal.
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Comentários

Veja os comentários dos nossos alunos

A: ...quando surgiam os impasses...

B: ...nas criaturas que vêm sendo criadas...

C: ...que mostram como a...

D: ...Um grupo de cientistas pediu...

E: correta

Isadora Carvalho

Pelo que venho estudando, o correto é apenas "UM GRUPO PEDIU". Pois pense, quem pediu? O GRUPO

Outra condição de erro na segunda é "usam-nas". Correto?

O sujeito é um coletivo – o verbo fica no singular.

Ex.: A multidão gritou pelo rádio.

Atenção:

Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural, como na letra D

Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.

Um grupo de cientistas pediram/ Um grupo de cientistas pediu

O erro da letra D esta no final da frase em que esta usando o pronome obliquo lhe sem necessidade pois não há preposição antes do verbo: inquietou, é transitivo direto

o correto seria "o inquietou".

b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.

Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.

✨ Vamos analisar alternativa por alternativa.

A) No teatro grego antigo, quando surgia os impasses, um ator interpretando uma divindade descia ao palco pendurado num guindaste e resolvia-os. - INCORRETA - (Quando surgia o quê?) - (Os impasses) - Logo, Quando surgiaM

B) De acordo com especialistas, porém, o perigo não está nas criaturas que vem sendo criadas e, sim, na forma como os criadores usam-as.  - INCORRETA - (Quem estão sendo criadas?) - (Criaturas) - Logo, Vêm sendo criadas. ⚠️ A forma VÊM, com acento circunflexo, também é do verbo VIR, só que da 3ª pessoa do plural. ⚡ Além disso, há um erro na colocação pronominal, devido à regra da assimilação fonética em português, que determina que o pronome oblíquo átono "as" deve ser transformado em "nas" quando precedido de um verbo que termina em -m, -ão, ou nasal sonora. Sendo assim, o correto seria "Usam-nas"

C) Ainda que não se perceba, há vários exemplos do dia a dia que mostra como a inteligência artificial vem influenciando-o bastante. - INCORRETA - (O que mostra como a inteligência....?) - (Vários EXEMPLOS) - Logo, mostraM - Concordando com vários exemplos.

D) Um grupo de cientistas pediram a moratória de pesquisas até alguma regulamentação ética da IA, talvez porque a IA lhes inquietou. - INCORRETA - A questão da concordância me deixou em dúvida, mas já pesquisei e entendi agora KKKK

⚠️ Se o sujeito da oração for um substantivo coletivo, o verbo concorda com o número do substantivo coletivo. Exemplos: A tropa chegou cedo. /As tropas chegaram cedo.

⚠️ Porém, se o coletivo estiver especificado por um adjunto adnominal, o verbo pode concordar com o coletivo ou com o adjunto. Exemplos: A frota de carros antigos estava (ou estavam) em exposição.

⚠️ E esse é o caso que acontece na alternativa, "O grupo" está especificado "De cientistas", então a concordância pode acontecer tanto com "UM GRUPO" quanto com "CIENTISTAS", ficando assim: Um grupo de cientistas pediram/pediu - Então, esse não é o erro da alternativa.

✨ Então qual é o erro? Está no pronome oblíquo átono, o correto seria: OS INQUIETOU pela transitividade do verbo "inquietar"

E)Um dos que não acredita que a Inteligência Artificial ultrapassará o homem em astúcia é Ganascia, que a estuda há vários anos em Paris. - ALTERNATIVA CORRETA -

⚡ Qualquer erro podem comentar, não sou professora de português KKKKKK Estamos aqui para nos ajudar ✨

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