“Dêem-me um ano e vos darei uma década”. Essas foram as pala...

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Ano: 2008 Banca: FUNRIO Órgão: SEDUC-RO
Q1198632 História
“Dêem-me um ano e vos darei uma década”. Essas foram as palavras do ministro da Fazenda do governo Médici, Antônio Delfim Neto, ao referir-se às metas ambiciosas do I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), lançado em 1969, que fez parte da política brasileira de crescimento econômico cujos resultados ficaram conhecidos como “milagre econômico” (1967-1973). São características dessa política econômica: 
Alternativas

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"Dêem-me um ano e vos darei uma década". Essa assertiva era parte do otimismo do ministro da Fazenda do governo Médici, Antônio Delfim Neto, que, ao lançar o I Plano Nacional de Desenvolvimento em 1969, almejava impulsionar rapidamente a economia brasileira. Esse período é marcado pelo que se convencionou chamar de "milagre econômico", que durou entre 1967 e 1973, caracterizando-se por um surpreendente crescimento econômico.

Ao analisarmos as alternativas, vemos que a correta é a letra B, que destaca o estímulo ao crescimento econômico por meio da concessão de créditos e isenções fiscais a investidores. Esse movimento foi fundamental para incentivar setores chaves como a construção civil, infraestrutura, transportes e comunicações. Ainda, a concessão de subsídios para a exportação fortaleceu diversos setores industriais e agrícolas, contribuindo para uma maior diversificação nas exportações do Brasil.

As demais alternativas apresentam aspectos que, apesar de relacionados ao contexto econômico da época, não representam as características específicas do "milagre econômico". A letra A fala sobre a presença do capital estrangeiro, mas o destaque vai para a associação entre este e o Estado na criação de empresas, uma visão que não é central para o entendimento das políticas do milagre econômico. A letra C menciona iniciativas de desenvolvimento regional, que, embora importantes, não são a marca principal da política econômica do período mencionado. Já a letra D aponta para um aumento real dos salários, que contrasta com a realidade da época, onde o crescimento econômico não foi acompanhado pelo aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores. Por fim, a letra E fala sobre a reformulação do sistema financeiro com a criação do Banco Central, o que ocorreu, mas não é o elemento mais representativo do milagre econômico.

Portanto, a alternativa B é a que melhor descreve as estratégias econômicas adotadas durante o chamado "milagre econômico", marcando um período de crescimento acelerado da economia brasileira sustentado por políticas de incentivo ao investimento e à exportação.

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Comentários

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Delfim afirmava querer “fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”.

Gab: B

 

Entre 1969 e 1973, a economia brasileira registrou taxas de crescimento que variavam entre 7% e 13% ao ano. O setor industrial se expandia e as exportações agrícolas aumentaram significativamente, gerando milhões de novos postos de trabalho. A oferta de emprego aumentou de tal modo que os setores industriais mais dinâmicos concorriam na contratação de trabalhadores assalariados.... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-medici-1969-1974-milagre-economico-e-a-tortura-oficial.htm?cmpid=copiaecola

A) A presença predominante do capital estrangeiro em setores de base e sua associação com o Estado brasileiro na criação de empresas atuantes nos setores da siderurgia (Petroquisa), energia elétrica (Eletrobrás), energia nuclear (Nuclebrás) e comunicações (Embratel e Telebrás), transformando o setor público no maior empregador de trabalhadores assalariados na década de 1970. O setor industrial era quem mais empregava, chegando a concorrer entre si a mão de obra, um sonho hj em dia kkkkkk

C) A iniciativa estatal de fomento ao desenvolvimento das regiões norte e nordeste do Brasil, como parte do projeto geopolítico de ocupação das áreas de fronteira e de litígio de terras, donde a criação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), da Superintendência Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). SUDAM é de 1966 e SUDENE nem da ditadura é

D) O aumento real do salário e seu poder aquisitivo, obtido graças à manutenção de baixas taxas de inflação, política de implementação do salário mínimo em todo o país, ajustes salariais anuais, além da concessão de empréstimos a juros baixos aos setores de bens duráveis e não-duráveis, o que lhes permitiu praticar preços mais favoráveis ao consumo dos trabalhadores assalariados. Os salários foram reduzidos e o ajuste era menor que a inflação. O consumo aumentou, mas devido a expansão do credito ao consumidor e não devido a redução dos custos e aumento de salário.

E)A reformulação do sistema financeiro do país com a criação do Banco Central, explorando o momento favorável da economia internacional pela facilitação de captação de investimentos estrangeiros, o que permitiu ao país manter uma balança comercial favorável, níveis baixos de endividamento externo e inflação sob controle até a década de 1980, quando então foram sentidos os efeitos da crise do petróleo da década anterior. O endividamento externo fez parte da política do milagre econômico, foi fundamental para os níveis de crescimento. Na época isso foi possível, porque o cenário internacional era favorável.

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