Em “Grandes livrarias fecham, que pena!” (1º§) pode-se afirm...
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Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Orlândia - SP
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Orlândia - SP - Procurador Jurídico
|
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Orlândia - SP - Tesoureiro |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Orlândia - SP - Dentista B |
Q2143810
Português
Texto associado
Livrarias, livros & leitura
Grandes livrarias fecham, que pena! Mas pena ainda maior
é que, mesmo com elas abertas, o Brasil registrava (e ainda registra) poucos leitores. Pouco mais, pouco menos de 50% de
nossa população é considerada leitora. Mas, se grandes livrarias
fecham, pequenas livrarias abrem. Não é ótimo?
Entretanto, como se disse acima, é uma pena que livrarias – quaisquer livrarias – fechem as portas: a perda de qualquer espaço cultural é lamentável. E talvez a questão seja
ainda mais complexa, porque esta perda de espaço para circulação (na verdade, compra e venda) de livros se acompanha de uma diminuição na produção deles.
Pesquisa recente da Câmara Brasileira de Livros registra,
em 2019, 50,331 milhões de títulos produzidos para uma população de mais ou menos 193 milhões de pessoas e 46,382 milhões de títulos produzidos em 2020.
Que pena! Porém, não apenas livrarias estão rareando
na paisagem urbana.
Onde foram parar os cinemas de rua? Filme, agora, quase
que só no shopping... Ou, no sofá de casa, almofadas no chão,
e algum serviço on-line de streaming. Livrarias e salas de cinema têm muito charme. As pequenas livrarias, que parecem multiplicar-se, talvez tenham até mais charme do que as de rede,
quase sempre muito impessoais.
Mas o encerramento de livrarias e a diminuição de salas
de cinema não provocam o fim dos livros, da leitura, de filmes.
E os livros impressos em papel, com todas suas preciosas texturas, continuam existindo e coexistindo com o livro digitalizado e
com o livro digital. Talvez vivamos um tempo parecido com o
que assistiu à coexistência do livro manuscrito com o impresso,
do encadernado com o de bolso.
Se Borges diz que “sempre imaginei que o Paraíso fosse
uma espécie de livraria”, digamos que hoje temos vários modelos de Paraíso...
Será?
De qualquer forma, é fundamental não confundir a cultura e seus produtos com seus suportes e seus espaços de
circulação. Ou seja: na telinha ou na página, quem quer ler,
lê. E por isso precisamos nos esforçar para que a leitura se
faça mais presente na vida de todos nós.
(Marisa Lajolo. Disponível em: https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/
opiniao/livrarias-livros-leitura-1.949611.)
Em “Grandes livrarias fecham, que pena!” (1º§) pode-se afirmar, considerando-se o contexto, que o enunciado demonstra, associado ao recurso de pontuação empregado, que a autora principalmente: