A expressão “há aspectos” (4º§) manteria a correção gramatic...
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Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Orlândia - SP
Provas:
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Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Orlândia - SP - Tesoureiro |
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Q2143822
Português
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Maior incidência de demência em mulheres pode
estar relacionada à desigualdade
Um estudo envolvendo quase 30 mil indivíduos de 18 países,
nos seis continentes, sugere que a desigualdade social e econômica pode explicar a maior incidência de demências em mulheres
– no caso do Alzheimer, elas respondem por dois terços dos pacientes. Como os fatores de risco não diferem no que diz respeito ao
gênero, o fato de a expectativa de vida feminina ser superior à
masculina vinha sendo apontado como uma das principais causas
para o surgimento da doença, tese que Jessica Gong, pesquisadora
do The George Institute for Global Health e principal autora do trabalho, questiona:
O número de pessoas vivendo com algum tipo de demência deve ultrapassar 150 milhões em 2050, com um crescimento
significativo nos países menos abastados, sem meios de intervir
nos indicadores sociais e econômicos associados à doença. Em
2020, artigo publicado pelo “Lancet Commission Report” estimou que 12 fatores de risco modificáveis – todos atrelados a políticas públicas de qualidade – são responsáveis por quase metade dos casos de demência. Segue a lista: baixo nível educacional; hipertensão; obesidade; diabetes; depressão; problemas de
audição; consumo excessivo de álcool; fumo; sedentarismo; relações sociais limitadas; poluição atmosférica; e, traumas no cérebro.
Os pesquisadores estão particularmente interessados na
questão da educação, considerada um fator de proteção contra
o declínio cognitivo. Em países de renda média ou baixa, as mulheres ainda enfrentam desafios não só para estudar como para
conseguir oportunidades profissionais. A epidemiologista Sanne
Peters, que integrou o time responsável pelo levantamento,
acrescentou a violência doméstica como outro problema cujos
efeitos vão se refletir na saúde cognitiva na velhice.
O Women´s Brain Project (Projeto Cérebro da Mulher), misto
de movimento e instituição criado em 2016, quer aprofundar a discussão sobre as diferenças de gênero e sua relação com problemas neurológicos e psiquiátricos. É o que defende sua criadora, a
médica Antonella Santuccione Chadha: “temos que investigar para
distinguir o que é biológico e o que é social, e se temos uma combinação dos dois fatores”. Historicamente, o nível educacional das
mulheres é menor e, em várias partes do mundo, há barreiras para
impedir seu acesso à instrução. Além da questão hormonal, cuja
produção declina a partir da meia-idade, há aspectos socioculturais que representam um risco extra –um deles seria o estresse de
ser cuidadora, função quase sempre feminina.
(Mariza Tavares — Rio de Janeiro. Disponível em: https://g1.globo.
com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2023/02/23/
maior-incidencia-de-demencia-em-mulheres-pode-estar-relacionada-adesigualdade.ghtml. Acesso em: 23/02/2023.)
A expressão “há aspectos” (4º§) manteria a correção gramatical de acordo com a norma padrão da língua caso fosse reescrita da seguinte forma (desconsidere alterações semânticas):