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Q3159667 Português
Texto CB1A1

        Embora as instituições nacionais ligadas à soberania venham atuando nas últimas décadas em suporte às políticas ambientais brasileiras, a relação entre as duas esferas nem sempre se deu em bases cooperativas. Partindo-se de uma compreensão estreita da segurança, a preservação do meio ambiente foi vista, durante certo tempo, não como uma precondição para se garantir a segurança nacional e humana, mas como uma ameaça à integridade territorial e aos interesses nacionais brasileiros. Temia-se, nesse sentido, que as inestimáveis riquezas naturais do Brasil despertassem a cobiça internacional, de forma a representar riscos às fronteiras nacionais e ao direito soberano do país de gerenciar seus recursos naturais de maneira autônoma, em busca do desenvolvimento.

        Vigorava, portanto, a compreensão de que assumir compromissos de cooperação na arena ambiental implicaria o decréscimo da soberania nacional. O posicionamento defendido pela delegação brasileira durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano (CNUMAH), realizada em Estocolmo em 1972, seria sintomático desse entendimento: “Na área do aproveitamento de recursos naturais, os interesses nacionais, em termos econômicos e de segurança, são de tal monta, que qualquer fórmula que, sob o pretexto ecológico, impusesse uma sistemática de consulta para projetos de desenvolvimento seria simplesmente inaceitável para o Brasil.”

        Nas décadas posteriores, as interpretações relativas às preocupações ambientais foram gradualmente transformadas, tanto no âmbito da sociedade quanto em meio às instituições de defesa. O processo de redemocratização, o fortalecimento de organizações da sociedade civil, o avanço dos estudos científicos e a consolidação de uma estrutura federal de governança ambiental favoreceram essas novas percepções e, sobretudo, a aproximação desses dois setores.

Internet:<soberaniaeclima.org.br>  (com adaptações).

Julgue o item seguinte, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1.


É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “às” em “às fronteiras” (terceiro período do primeiro parágrafo).

Alternativas

Comentários

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Gab: Errado

No caso em tela, estamos diante de uma caso obrigatório de crase devido à regência do termo "riscos"....risco a alguma coisa.



Vejamos:

"....representar riscos às fronteiras nacionais

Casos de crase facultativa:

  • Antes de pronomes possessivos femininos no singular,

  • Antes de nomes próprios femininos,

  • Depois da preposição "até"

Bons estudos, time.

  • Instagram:@MaxTribunais

ATÉ SUA MARIA

  • Depois da preposição "até"
  • Antes de pronomes possessivos femininos no singular,
  • Antes de nomes próprios femininos,

(MaxTribunais)

"....representar riscos às fronteiras nacionais"

Quem representa, representa algo (riscos) a alguém (às fronteiras)

Portanto, a crase é obrigatória. Gabarito ERRADO.

CRASE:

→ A crase não deve ser empregada junto a numerais cardinais ou ordinais.

→ Não usa crase antes de verbo no infinitivo.

ÀS + PLURAL = CERTO

A + PLURAL = CERTO

À + PLURAL = ERRADO ["A" no singular e palavra no PLURAL, CRASE nem a p@u]

CRASE FACULTATIVA se dá em três casos → ATÉ SUA MARIA

1 - Após a preposição até

Ex: Fui até a secretaria / Fui até à secretaria;

2 - Diante de pronomes possessivos femininos no singular (sua, minha, nossa)

Ex: Referi-me a sua professora / Referi-me à sua professora;

3 - Antes de nomes próprios femininos

Ex: Entregarei tudo a Maria / Entregarei tudo à Maria.

CASOS PROIBIDOS:

Antes de verbo

Antes de artigo indefinido (uma, umas)

palavra repetida

pronome indefinido (qualquer, alguém, alguma, cada, toda, ...)

Pronome pessoal do caso reto (eu , tu , ele, ela, nós vós, eles, elas)

Pronome pessoal do caso oblíquo (me, te, se, o, a, lhe, contigo, comigo, consigo)

Pronomes demonstrativos (esse, essa, essas....)

singular seguido de plural [8]

CASOS OBRIGATÓRIOS:

1.​ Nas locuções adverbiais = à noite, à direita, às vezes, às claras, às pressas…

Chego à noite. / Virou à direita. / Às vezes estudo. / Saiu às pressas.

2.​ Nas locuções prepositivas = à espera de, à procura de, à beira de...

Estou à espera de você. / Mora à beira do rio. / Está à procura de você.

3.​ Nas locuções conjuntivas = à proporção que, à medida que...

Aprendo à proporção que estudo. / À medida que estudo, aprendo mais.

4.​ Nas locuções adverbiais de horas, quando não vierem após preposição:

Chegou às 14h da tarde.

5.​ Quando houver a expressão "à moda de”, mesmo que subentendida:

Cortou o cabelo à moda de Ronaldinho.

Cortou o cabelo à Ronaldinho.

6.​ Nas palavras femininas quando forem objeto indireto ou complemento nominal:

Diga à menina que terei obediência à professora. Refiro-me à mulher da sua família.

Crases facultativas:

Depois de " até" : Fui até à praia; fui até a praia;

"Até" antes de hora: Ele chegará até às 12 horas; chegará até as 12 horas;

Antes de pronome possessivo: Vamos à minha casa, vamos a minha casa.

Antes de nome próprio feminino: Deus adeus à Maria; Deu adeus a Maria.

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