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Q3159678 Português
Texto CB1A1

        Embora as instituições nacionais ligadas à soberania venham atuando nas últimas décadas em suporte às políticas ambientais brasileiras, a relação entre as duas esferas nem sempre se deu em bases cooperativas. Partindo-se de uma compreensão estreita da segurança, a preservação do meio ambiente foi vista, durante certo tempo, não como uma precondição para se garantir a segurança nacional e humana, mas como uma ameaça à integridade territorial e aos interesses nacionais brasileiros. Temia-se, nesse sentido, que as inestimáveis riquezas naturais do Brasil despertassem a cobiça internacional, de forma a representar riscos às fronteiras nacionais e ao direito soberano do país de gerenciar seus recursos naturais de maneira autônoma, em busca do desenvolvimento.

        Vigorava, portanto, a compreensão de que assumir compromissos de cooperação na arena ambiental implicaria o decréscimo da soberania nacional. O posicionamento defendido pela delegação brasileira durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano (CNUMAH), realizada em Estocolmo em 1972, seria sintomático desse entendimento: “Na área do aproveitamento de recursos naturais, os interesses nacionais, em termos econômicos e de segurança, são de tal monta, que qualquer fórmula que, sob o pretexto ecológico, impusesse uma sistemática de consulta para projetos de desenvolvimento seria simplesmente inaceitável para o Brasil.”

        Nas décadas posteriores, as interpretações relativas às preocupações ambientais foram gradualmente transformadas, tanto no âmbito da sociedade quanto em meio às instituições de defesa. O processo de redemocratização, o fortalecimento de organizações da sociedade civil, o avanço dos estudos científicos e a consolidação de uma estrutura federal de governança ambiental favoreceram essas novas percepções e, sobretudo, a aproximação desses dois setores.

Internet:<soberaniaeclima.org.br>  (com adaptações).

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A eliminação da vírgula empregada após ‘tal monta’ (último período do segundo parágrafo) preservaria a correção e a coesão textuais.

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Comentários

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A vírgula após "tal monta" (no segundo parágrafo) é necessária para preservar a correção e a coesão do texto.

Ela separa a oração subordinada adjetiva "que qualquer fórmula que, sob o pretexto ecológico, impusesse uma sistemática de consulta para projetos de desenvolvimento seria simplesmente inaceitável para o Brasil" da oração principal.

A vírgula ajuda a delimitar a estrutura da frase, garantindo que a leitura seja fluída e a compreensão seja clara.

Sem a vírgula, a frase ficaria confusa, prejudicando a organização das informações. Portanto, a vírgula não deve ser eliminada.

CORRETO

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O trecho em questão é composto por uma oração principal (“os interesses nacionais, em termos econômicos e de segurança, são de tal monta”) e uma oração subordinada adjetiva restritiva (“que qualquer fórmula […] seria simplesmente inaceitável para o Brasil”).

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De acordo com a norma-padrão, orações subordinadas adjetivas restritivas não devem ser precedidas de vírgula, porque elas delimitam o sentido do termo antecedente. Assim, a vírgula após “tal monta” é estilística e usada para criar uma pausa enfática, mas sua ausência não comprometeria a clareza ou a coesão do texto.

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A frase ficaria igualmente correta sem a vírgula:

”… são de tal monta que qualquer fórmula […] seria simplesmente inaceitável para o Brasil.”

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Logo, a vírgula pode ser eliminada sem prejuízo gramatical ou semântico.

pra mim, a eliminação da vírgula prejudica a coesão do texto porque, sem vírgula, dá um ar de comparação "são de tal monta que qualquer fórmula que..."

Certo

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