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Q2003987 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto 2.

TEXTO 2

Ler pensamentos já é possível

Otavio Cohen

   Pense em um objeto. Vale qualquer coisa mesmo, e nem precisa ser bem um objeto. Pode ser uma emoção, uma pessoa, um lugar. Agora, vamos tentar adivinhar o que é fazendo algumas perguntas e você só pode responder “sim” ou “não”. É possível que você já conheça essa brincadeira. Nos EUA, esse jogo leva o nome “20 questions”, porque quem tenta adivinhar o pensamento do outro só pode fazer 20 perguntas.
    Num estudo recente da Universidade de Washington, 10 pessoas foram convidadas a jogar. Os cinco pares chegaram às respostas certas 72% das vezes. A novidade é que os participantes não trocaram uma palavra sequer. Aliás, eles nem mesmo estavam na mesma sala. O que aconteceu foi um caso bem-sucedido de transmissão de pensamento. Em outras palavras, os participantes conseguiram ler o pensamento uns dos outros.
   Não é a primeira vez que tentam algo do tipo em laboratório. Mas, dessa vez, a ciência foi além. A experiência funcionou assim: os voluntários foram divididos em duas categorias: os “respondedores” e os “perguntadores”. Os respondedores usavam um capacete conectado com um eletroencefalógrafo, um instrumento que registra e grava as atividades cerebrais. Eles ficavam de frente para uma tela que mostrava objetos. Aí, era só eles escolherem um e aguardar as perguntas.
  Num outro laboratório, os perguntadores usavam um capacete equipado com uma bobina magnética e podiam escolher o que questionar, a partir de um banco de perguntas previamente estabelecido.
  Quando os respondentes recebiam as perguntas via computador, tinham que olhar para uma das duas luzes piscantes que ficavam ao lado da sua tela. Olhar para a da direita queria dizer “sim”. Olhar para a da esquerda era o mesmo que responder “não”. É aí que a mágica da ciência aconteceu. As luzes tinham frequências diferentes. Quando o respondente olha fixamente para o “sim”, o seu capacete cerebral registra essa atividade e envia para o perguntador. O mecanismo magnético do capacete do perguntador faz com que apareça um flash de luz em seus olhos. Resumindo: se aparecesse uma luz nos olhos do perguntador, significava que o cara do outro lado da cidade tinha respondido “sim” para a sua pergunta. Transmissão de pensamento de verdade.
  Se o seu lado stalker já ficou animado, acalme-se. O pessoal da Universidade de Washington deixou claro que o objetivo da coisa toda é bem mais nobre do que simplesmente sair por aí lendo o pensamento alheio. Assim que as pesquisas na área evoluírem, pode ser possível, por exemplo, transferir informações de um cérebro saudável para um que tenha algum tipo de problema, como o de uma pessoa com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.

Disponível em: https://super.abril.com.br/ideias/ler-pensamentos-ja-e-possivel/ Acesso em: 05 maio 2018.
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Para resolver esta questão, precisamos entender que ela aborda a interlocução, ou seja, a interação entre quem escreve (locutor) e quem lê (leitor). A pergunta busca identificar em qual das alternativas essa interação é evidente.

Alternativa Correta: D - “Se o seu lado stalker já ficou animado, acalme-se”.

Essa alternativa é a correta porque há uma clara comunicação direta entre o autor do texto e o leitor. O uso de "seu" e "acalme-se" mostra que o locutor está falando diretamente com o leitor, estabelecendo um diálogo, ainda que implícito.

Por que as outras alternativas estão incorretas?

A - “Aí, era só eles escolherem um e aguardar as perguntas”.

Essa frase não indica interlocução direta. Trata-se de uma descrição das ações dos participantes do experimento, sem interação direta com o leitor.

B - “É aí que a mágica da ciência aconteceu”.

Aqui, o autor está explicando uma parte do processo científico. Embora use uma linguagem informal, não há um direcionamento direto ao leitor.

C - “Não é a primeira vez que tentam algo do tipo em laboratório”.

Esta frase oferece uma informação sobre a continuidade de experimentos de leitura de pensamentos, mas não apresenta diálogo ou interação com o leitor.

Para identificar a interlocução em textos, procure por elementos que indiquem um diálogo direto, como o uso de pronomes de segunda pessoa ("você", "teu", "seu") ou verbos no imperativo ("acalme-se", "pense"). Isso ajuda a perceber quando o autor se dirige ao leitor de forma mais direta.

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Comentários

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D.

“Se o seu lado stalker já ficou animado, acalme-se”.

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