Alguns atribuem ao fotojornalismo a documentação ab...
E. Oliveira. O resgate da ética no fotojornalismo: a banalização das imagens nos meios de comunicação. In: Revista de C. Humanas, v. 10, n.º 2, p. 428‐438, jul./dez. 2010 (com adaptações).
Roland Barthes, ao questionar a busca do real, que, por vezes, é atribuída erroneamente à fotografia, afirma que a fotografia é
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Vamos analisar a questão que explora a visão de Roland Barthes sobre a fotografia no contexto do fotojornalismo. Este tema é essencial para entender as nuances da linguagem jornalística e suas implicações na percepção da realidade.
A alternativa correta é a C: "única e tem caráter documental de um momento que não poderá ser reproduzido."
Para compreender por que essa é a alternativa correta, precisamos entender que Barthes reconhece o caráter documental da fotografia. Ele argumenta que a fotografia captura um momento específico no tempo que não pode ser replicado, conferindo-lhe um caráter único. No entanto, Barthes também sugere que esse registro não é uma representação absoluta da realidade, pois está sujeito a interpretações e contextos.
Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:
A - "manipuladora de percepções e interpretações do real e deve ser descartada enquanto objeto de reflexão."
Embora Barthes reconheça que a fotografia pode influenciar percepções, ele não sugere que ela deva ser descartada como objeto de reflexão. Pelo contrário, Barthes incentiva o questionamento sobre o papel da fotografia na reprodução de ideologias.
B - "representativa da ficção, ao realizar um recorte da realidade a partir de um olhar subjetivo."
Barthes não considera a fotografia como mera representação da ficção. Embora ele reconheça a subjetividade no recorte da realidade, ele não reduz a fotografia ao âmbito da ficção, mas sim a um documento que merece análise crítica.
D - "uma ferramenta para o jornalismo que deseja apresentar ao público um retrato fiel da realidade."
Barthes questiona justamente a ideia de que a fotografia apresenta um retrato fiel da realidade, pois ela está sujeita a influências culturais e ideológicas, o que afeta sua objetividade.
E - "objetiva e independente de cenários socioculturais, econômicos e políticos."
Barthes desafia essa visão, enfatizando que a fotografia não é independente de contextos. Pelo contrário, ela está entrelaçada com cenários socioculturais, econômicos e políticos, que moldam sua interpretação.
Compreender essas sutilezas é crucial para jornalistas, pois ajuda a desenvolver uma leitura crítica da imagem e sua função na sociedade. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!
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“O que a fotografia reproduz ao infinito só ocorreu uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente.” ― A Câmara Clara, Roland Barthes.
PDF: https://farofafilosofica.com/2018/03/02/roland-barthes-9-livros-para-download-em-pdf/
A FOTOGRAFIA É única e tem caráter documental de um momento que não poderá ser reproduzido.
É O INSTANTE DECISIVO.
O QUE É O INSTANTE DECISIVO? O instante decisivo acontece em uma fotografia quando elementos visuais e emocionais se unem em perfeita harmonia e expressam a essência da situação presenciada pelo fotógrafo.
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