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Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PRODAM-AM Prova: FUNCAB - 2014 - PRODAM-AM - Assistente |
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O sequestro de mais de 250 meninas na Nigéria pelo grupo islâmico extremista Boko Haram ganhou recentemente destaque no noticiário internacional. No que diz respeito ao assunto, é correto afirmar que:
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A alternativa correta é a letra (B). O Boko Haram é uma organização islâmica fundamentalista que atua no norte da Nigéria. O nome do grupo significa algo como “a educação ocidental é um pecado”. Eles não são armados pelos governos ocidentais nem são um braço armado do governo nigeriano. Sua atuação se relaciona com os conflitos étnicos entre cristãos e muçulmanos na Nigéria. Eles foram os responsáveis pelo sequestro de centenas de estudantes meninas na Nigéria em abril de 2014, o que se explica pelo fato de o grupo ser contrário à educação feminina e ocidental, como se pode presumir pelo próprio significado do nome do grupo fundamentalista.

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Oficialmente o Boko Haram alega que luta pela Sharia e combata a corrupção do governo e a falta de pudor das mulheres, a prostituição e outros vícios. Segundo eles os culpados por esses males são os cristãos, a cultura ocidental e a tentativa de ensinar algo a mulheres e meninas. Segundo Boko Haram as meninas sequestradas vão começar uma vida nova como servas.

A Sharia já virou lei no norte da Nigéria que tem uma maioria muçulmana.O sul com a maioria cristã não quer a Sharia. O governo e a capital ficam no sul, mas por causa das matanças, ameaças e a alta fertilidade das mulheres muçulmanas o número total dos muçulmanos já ultrapassou o dos cristãos, e por isso o Boko Haram exige a Sharia para o país inteiro.


Complementado o comentário de uffa

Sharia é o código de leis do islamismo. Em várias sociedades islâmicas atuais, ao contrário da maioria dos países ocidentais, não há uma separação clara entre a religião e o Estado ou entre a religião e a justiça. Todas as leis, ou a maioria delas, são religiosas e têm como base o Alcorão e as opiniões dos líderes religiosos. Existe, porém, uma imensa diferença na interpretação e implementação da lei islâmica nas sociedades muçulmanas.

Alguns países, como a Arábia Saudita e o Irã, seguem a sharia quase completamente ao pé da letra, com uma Constituição e uma polícia religiosa. É por isso que nesses países ainda valem as chamadas leis "olho por olho, dente por dente", e se corta a mão de quem rouba e se apedreja uma mulher  que traiu seu marido, por exemplo.

Países como Afeganistão, Sudão e Líbia também aplicam leis baseadas na sharia. Outros países muçulmanos, como a Indonésia, o Paquistão e Bangladesh, têm leis e Constituições separadas da religião, utilizando a sharia apenas para temas ligados ao direito familiar - ou seja, casamentos e heranças. A Turquia é um exemplo de país muçulmano com uma Constituição completamente secular, 100% independente do Alcorão ou das regras do islamismo.


A vida das meninas nigerianas sequestradas pelo Boko Haram

Desde 2009, mais de 500 meninas e mulheres foram sequestradas por extremistas. O relato delas mostra casos de abuso, violência e terror

 

Em abril deste ano, homens do grupo extremista islâmico Boko Haram invadiram uma escola no norte da Nigéria e sequestraram mais de 200 meninas que estavam no local para fazer uma prova. O caso gerou comoção internacional, mas não foi uma exceção: o grupo, que luta contra a "educação ocidental" e quer criar um estado Islâmico na Nigéria, já sequestrou mais de 500 meninas ou mulheres desde 2009. Seis meses depois do ataque à escola, as meninas continuam em poder dos extremistas e pouco se sabe sobre o que aconteceu com elas. Nesta segunda-feira (27), a organização Human Rights Watch (HRW) publicou um relatório tentando contar essas histórias - e revela abusos e horror.

>> Quem é Abubakar Shekau, o homem por trás do sequestro na Nigéria

A HRW entrevistou 30 meninas que foram sequestradas pelo Boko Haram e, posteriormente, foram liberadas ou conseguiram fugir, além de 16 testemunhas. Os relatos foram organizados em um documento de 63 páginas chamado "Those Terrible Weeks in their Camp" ["As terríveis semanas no acampamento deles"]. O texto mostra que as meninas foram forçadas a se converter ao Islamismo, a se casar, sofreram abusos físicos, psicológicos, estupro e foram colocadas em situação de trabalho escravo.

O relatório mostra que as meninas viraram alvo do Boko Haram por dois motivos: ou por serem cristãs ou por frequentarem escolas. Segundo o HRW, nas primeiras ações, o grupo não atacava especificamente meninas. Essa estratégia passou a ser adotada a partir de 2012. O ataque na escola de Chibok, em abril, foi a maior ação do grupo. Uma das vítimas conta como que a questão da conversão era central no discurso dos homens do Boko Haram. "O líder deles me disse que eu fui levada ao acampamento porque nós, cristãos, adoramos três deuses. Quando eu contestei essa informação, eles amarraram uma corda no meu pescoço e me bateram até eu quase desmaiar. Um rebelde que eu reconheci, porque era da minha vila, me disse que se eu não aceitasse o Islã, seria morta. Aí eu me converti".

 

Continua...

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/10/vida-das-bmeninas-nigerianas-sequestradasb-pelo-boko-haram.html

 

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