Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de rees...

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Q3015419 Português
Texto 1A8


         Já se foi o tempo em que acordar tarde e tomar um café da manhã reforçado na cobertura de um duplex era símbolo de status e ascensão social. Hoje em dia, emergente de verdade toma é um brunch no roof top de seu residence club.
        A classe média, quando chega ao paraíso, adora gourmetizar o idioma, recheando o bom e velho português tupiniquim com um punhado de expressões de outras línguas para dar um ar de sofisticação e requinte a boa parte daquilo que diz, faz e pensa. Alguns exemplos são crush, delivery, fashion, haters, job, like, e por aí vai. 
        O discurso empresarial e corporativo também está repleto desses enunciados carregados de expressões tomadas de empréstimo a outras línguas. Nesse quesito, o inglês é o campeão de audiência nas interações verbais de uma parte considerável das profissões urbanas. Palavras e expressões como briefing, workshop, call, mindset e deadline já se tornaram corriqueiras no vocabulário de muitos profissionais brazucas.
        Não que isso seja um problema ou uma ameaça à integridade do português brasileiro. Nosso país, desde a sua origem, sempre teve um caráter plurilinguístico. O fundo lexical do nosso português está repleto de vocábulos e expressões vindos de uma porção de idiomas que, ao longo do tempo, foram incorporados ao falar brasileiro.
        A questão a ser abordada não é o quanto o uso de estrangeirismo pode ser nocivo à língua, mas até que ponto a hegemonia político-social de determinado grupo de falantes pode exercer um domínio ideológico e cultural sobre as dinâmicas linguísticas praticadas por boa parte de nossa população. A censura linguística de comunidades subalternizadas pode ser muito mais nociva à língua do que o uso de palavras e(ou) expressões de origem estrangeira.  
        Nesse contexto, a negação dos acréscimos linguísticos vindos de grupos étnicos e sociais diversos não se justifica, porque propõe o apagamento intencional e deliberado de nossas raízes históricas, linguísticas e culturais.
         A presença de estrangeirismos nas vitrines das lojas e nos hábitos linguísticos de determinada comunidade de falantes, embora provoque reações afetivas e passionais tão variadas quanto contraditórias, é perfeitamente compreensível, porque as línguas são espaços de comunicação nos quais os processos de interlocução não se esgotam no simples ato de dizer. 
Abrahão C. de Freitas. Guerra passional em torno da língua.
Escrita Viva — Conhecimento Prático — Língua Portuguesa e Literatura,
ano 8, ed. 103, p. 30-37 (com adaptações). 
Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita em que se unem o primeiro e o segundo períodos do quarto parágrafo do texto 1A8. Assinale a opção em que a proposta apresentada mantém a correção gramatical, a coerência e os sentidos do texto.  
Alternativas

Comentários

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GAB A

Estou me sentindo uma analfabeta...rsrs

Tendo em vista > é uma expressão que indica a causa, o motivo ou a razão de algo que já foi dito.

Ex. Choveu muito, tendo em vista que alagou a rua.

Pois >para ligar orações ou períodos que apresentam as mesmas propriedades sintáticas.

Esforça-te, e tem bom ânimo (Josué 1.9)

CHAT GPT

A opção correta é a letra a.

Explicação:

  • Letra a: A frase mantém a correção gramatical, a coerência e os sentidos do texto original. O uso da conjunção "pois" introduz uma explicação coerente e mantém o sentido original de que a característica plurilinguística do Brasil não representa uma ameaça ao português brasileiro.
  • Letra b: Embora a expressão "tendo em vista que" possa ser usada para introduzir uma justificativa, o uso das vírgulas em torno de "nosso país" e "tendo em vista que" prejudica a fluidez e a coerência da frase. A pontuação está inadequada, e o trecho soa confuso.

Portanto, a opção a é a que melhor mantém a estrutura correta e os sentidos originais do texto.

Entendo que a B está escrita de forma meio pausada demais mas não me parece errada. Enquanto que a A usa a palavra "pois", o que me faz pensar que o segundo período estava justificando o primeiro quando na verdade ele estava apenas ilustrando a ideia dele.

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Solicitei comentário do professor em 22/10/2024.

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