No último período do terceiro parágrafo do texto 1A8, o voc...
A classe média, quando chega ao paraíso, adora gourmetizar o idioma, recheando o bom e velho português tupiniquim com um punhado de expressões de outras línguas para dar um ar de sofisticação e requinte a boa parte daquilo que diz, faz e pensa. Alguns exemplos são crush, delivery, fashion, haters, job, like, e por aí vai.
O discurso empresarial e corporativo também está repleto desses enunciados carregados de expressões tomadas de empréstimo a outras línguas. Nesse quesito, o inglês é o campeão de audiência nas interações verbais de uma parte considerável das profissões urbanas. Palavras e expressões como briefing, workshop, call, mindset e deadline já se tornaram corriqueiras no vocabulário de muitos profissionais brazucas.
Não que isso seja um problema ou uma ameaça à integridade do português brasileiro. Nosso país, desde a sua origem, sempre teve um caráter plurilinguístico. O fundo lexical do nosso português está repleto de vocábulos e expressões vindos de uma porção de idiomas que, ao longo do tempo, foram incorporados ao falar brasileiro.
A questão a ser abordada não é o quanto o uso de estrangeirismo pode ser nocivo à língua, mas até que ponto a hegemonia político-social de determinado grupo de falantes pode exercer um domínio ideológico e cultural sobre as dinâmicas linguísticas praticadas por boa parte de nossa população. A censura linguística de comunidades subalternizadas pode ser muito mais nociva à língua do que o uso de palavras e(ou) expressões de origem estrangeira.
Nesse contexto, a negação dos acréscimos linguísticos vindos de grupos étnicos e sociais diversos não se justifica, porque propõe o apagamento intencional e deliberado de nossas raízes históricas, linguísticas e culturais.
A presença de estrangeirismos nas vitrines das lojas e nos hábitos linguísticos de determinada comunidade de falantes, embora provoque reações afetivas e passionais tão variadas quanto contraditórias, é perfeitamente compreensível, porque as línguas são espaços de comunicação nos quais os processos de interlocução não se esgotam no simples ato de dizer.
Escrita Viva — Conhecimento Prático — Língua Portuguesa e Literatura,
ano 8, ed. 103, p. 30-37 (com adaptações).
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adjetivo
Comum; que é muito usual; que acontece frequentemente.
Sem graça, estilo; ausência de brilho: decoração corriqueira.
Etimologia (origem da palavra corriqueira). Feminino de corriqueiro.
Parece duvidoso esse gabarito.
Trivial
Adjetivo de dois gêneros
- que é do conhecimento de todos; corriqueiro, vulgar.
- que não revela maiores qualidades; ordinário.
Fonte: Oxford Languages
Palavras e expressões como briefing, workshop, call, mindset e deadline já se tornaram corriqueiras no vocabulário de muitos profissionais brazucas.
Corriqueiro é um adjetivo que significa algo que é comum, habitual, usual, ou que não se destaca.
Definições de
trivial
adjetivo de dois gêneros
- 1.
- que é do conhecimento de todos; corriqueiro, vulgar.
Gabarito: Letra D.
O autor usa a palavra "corriqueiras" para descrever palavras e expressões que se tornaram comuns no vocabulário dos profissionais brasileiros.
"Triviais também significa algo que se tornou comum ou habitual.
"Corriqueiras" se refere a algo que é comum ou usual, assim como "triviais," que também indica algo que acontece frequentemente e não é considerado especial.
Redação para concursos: @obrabodaredacao
MJCP
DICIONARIO CESPIANO
Inócuo→ que não causa dano; inofensivo.
• Indelével → que não se pode apagar.
• Perdurável → que dura muito tempo; duradouro
• Deletério → que destrói; que corrompe.
APRAZ - gosto, agradável, aprazível, aprazer
APRAZAR - tempo, prazo
ADSTRITA - que está ligado.
ATIPICO- Não previsto na lei
ALIJADO- Retirado
ASSAZ - Muito, bastante, suficiente.
APÓCRIFA - Anônimo.
CURATELA- Decidir ou agir em favor do deficiente.
COOPTAR- Aceitar alguém sem o cumprimento das formalidades.
COMUTAR- Realizar a troca ou permutar
DEFESO - proibido, que não é permitido
DISSÍDIO COLETIVO- são ações ajuizadas no Tribunal para solucionar conflitos entre as partes coletivas que compõem uma relação de trabalho
DEPREENDE – Explicito
DESPEITO - Independente
EIVAR - contaminar, manchar, corromper, contagiar, viciar
ENSEJAR - ser a causa ou o motivo de, justificar
EXIMIR - dispensar, isentar
ELIDIR- Excluir por completo
ENGENDRAR -Fazer existir; gerar, criar, originar: engendrar projetos.
IRRUPÇÃO - entrada impetuosa e súbita num local; invasão súbta;
IMISCUIR - interferir, intrometer-se
IMPRESCINDIVEL- precisa
INSÓLITA = ANORMAL, INCOMUM..
IMPASSÍVEL : Que não sofre; que é insensível
INFERIR- Implícito
INCÓLUME - Ileso,
INEXORÁVEL= implacável, que não se pode parar.
INDELÉVEL= inapagável
INTEMPESTIVA - Fora do prazo legal
IMISCUIR-SE - tomar parte em, dar opinião sobre (algo) que não lhe diz respeito; intrometer-se, interferir.
JUS POSTULANDI- Entrar com uma ação sem o advogado
NÃO PRESCINDE- Precisa
ÓBICE- aquilo que obsta, impede; empecilho, estorvo.
OBSTA- Impedir, dificultar
OPONÍVEL - Oposto a algo, se opõe, contrário
PPRESCINDIR - não precisa
PRONAÇÃO – Pronunciar
PRETERIR - desprezar, menosprezar, desconsiderar, ignorar, rejeitar
PROLATADA - Proferido, enunciado, promulgado
PEÇA APÓCRIFA - Denúncia anônima
RESCINDIR - anular, cancelar
RESTRINGIR- Limitar, reduzir.
RESIGNAR - Aceitar sem questionar, conformar-se sem se opor.
SUBJACENTE (SUBJAZ) - implícito, escondido
SUSPEIÇÃO - dúvida, desconfiança, suspeita
SUPERVENIÊNCIA - Posterior
TRIVIAL - Comuns, habituais, banais, corriqueiros
TIPICO- Previsto em lei
TEMPESTIVA - Dentro do prazo legal
ULTERIOR – Posterior
VICEJA - Germinar, crescer
MORMENTE - sobretudo, principalmente
Incauta > ingênua ,crédula, desacautelada, desprevenida
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