"Os ruivos de Porto Alegre não estavam, pois, sozinhos”. Na...

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Q508655 Português
                                    Ruivos, uni-vos

            Vítimas de bullying, “cabeças de cenoura” dão a volta por cima.

                                                                                                                        por Marcela Donini

            Duas senhoras morenas flanavam nas imediações da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, numa tarde ensolarada de sábado, quando se depararam com a cena inusitada: um grupo de ruivos sob a sombra de uma árvore. Se já não é usual encontrar um único ruivo pelas ruas da cidade, mais de vinte deles juntos é uma raridade. Intrigadas, perguntaram com ironia se aquilo era alguma manifestação de classe. Obtiveram como resposta que, sim, estava em curso naquele lugar o 2º Encontro de Ruivos da capital gaúcha. [...]
            O encontro de Porto Alegre podia chamar a atenção dos incautos, mas não era exatamente uma novidade. Desde 2005, a cidade de Breda, na Holanda, reúne milhares de ruivos todos os anos, no primeiro fim de semana de setembro, batizado de Roodharigendag (Dia dos Ruivos). [...]
            Os ruivos de Porto Alegre não estavam, pois, sozinhos. Faziam parte de uma pequena legião, cada vez mais organizada. Alguns se divertiam com o livro Redheads, do fotógrafo Uwe Dietz, uma coletânea de retratos repletos de peles branquinhas, olhos claros, rostos sardentos e cabeleiras que variam entre alaranjadas e avermelhadas. [...]
            Num mundo dominado por opressivas cabeleiras pretas, castanhas e loiras, em quase todo lugar não há infância tranquila para quem nasce com o cabelo cor de fogo. Tocha humana, água de salsicha, cabeça de fósforo, crush, lagosta, ferrugem, fofão, foguinho - eis alguns apelidos de que costumam ser vítimas quando crianças. “Na época isso nem se chamava bullying, mas era exatamente o que faziam conosco, os cavalos de fogo, os cabeças de cenoura”, relembrou uma enfermeira que compareceu ao encontro ao lado da irmã gêmea. Um dos rapazes presentes jurou ter catalogado mais de sessenta alcunhas recebidas na infância - mas tratou de esquecê-las após a puberdade.
            Na Idade Média, crianças ruivas eram vistas como fruto do sexo proibido e tinham parte com o diabo. A Inquisição perseguiu as mulheres ruivas, condenando-as, quando pôde, à fogueira. A julgar pelo prefácio do livro de Uwe Dietz que os gaúchos consumiam, seria tudo culpa de Judas Iscariotes, frequentemente retratado como ruivo. Contraexemplos não faltam: Cristóvão Colombo, Galileu Galilei, Van Gogh e muitos outros.

                                                            (http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-65/esquina/ruivos-uni-vos, texto adaptado)
                                                             Obs: O texto apresenta um título e um subtítulo: “Ruivos, uni-vos” e “Vítimas de bullying,
                                                                                                                                     “cabeças de cenoura” dão a volta por cima.


"Os ruivos de Porto Alegre não estavam, pois, sozinhos”.

Na oração, a palavra “pois
tem valor de
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Querido aluno,

A alternativa correta é a letra A: conjunção conclusiva.

Vamos entender o porquê dessa escolha e analisar as outras alternativas.

Na frase "Os ruivos de Porto Alegre não estavam, pois, sozinhos", a palavra pois é usada para introduzir uma conclusão ou explicação do que foi dito anteriormente. Neste contexto, pois está conectando a ideia de que os ruivos de Porto Alegre faziam parte de uma legião maior e organizada. Portanto, a palavra pois atua como uma conjunção conclusiva, indicando uma consequência lógica do que foi exposto antes.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa B - advérbio de modo: Um advérbio de modo indica a maneira como uma ação é realizada, como em "rapidamente" ou "cuidadosamente". A palavra pois, neste contexto, não está descrevendo como algo foi feito, mas sim conectando ideias, o que descaracteriza essa alternativa.

Alternativa C - conjunção adversativa: Conjunções adversativas, como "mas", "porém" e "contudo", são usadas para expressar contraste ou oposição. A palavra pois não está introduzindo uma ideia oposta ou contrastante, mas sim uma conclusão, o que torna essa alternativa incorreta.

Alternativa D - preposição acidental: Preposições acidentais são palavras que, em determinados contextos, podem funcionar como preposições. Exemplos incluem "desde", "entre" e "sob". A palavra pois não está funcionando como uma preposição neste caso.

Alternativa E - conjunção aditiva: Conjunções aditivas, como "e" e "nem", são usadas para adicionar informações. A palavra pois não adiciona informações, mas sim conclui uma ideia, o que também faz essa alternativa estar incorreta.

Resumindo, a palavra pois na frase analisada tem o valor de conjunção conclusiva, e por isso a alternativa correta é a letra A.

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Letra (c)


Oração Coordenada Sindética Conclusivas: são muito utilizadas em textos dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento conclusivo e dedução. As principais conjunções são: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada

depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso.

Gabarito é letra A e não C, só corrigindo o colega Tiago. 

Quando o pois for igual a portanto, e estiver entre vírgulas, sempre será conclusiva.

Depois  do Verbo = Conclusiva 

Antes do Verbo = Explicativa 

 

 

 

 

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