A historiografia tradicional brasileira, elitista e heróica...
Deliberadamente ou não, foi comum aos historiadores do passado escrever a História do Brasil, segundo a ótica do colonizador, ou seja, da elite dominante, aquilo que se chama de “História dos Vencedores". Daí as incorreções metodológicas; daí os falseamentos ideológicos e históricos.
Dentre as inúmeras ideias falsas sobre a história do Brasil, pode ser citada a da “passividade" do negro, isto é, a afirmação preconceituosa e racista de que o negro aceitou a escravidão passivamente. Falso. Se a historiografia tradicional pretende ressaltar a “benevolência" branca e a “passividade" negra, sua atitude não passa de uma tentativa de mascarar a realidade.
Diante do exposto pode-se afirmar corretamente que:
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A análise crítica da historiografia brasileira revela uma tendência de se escrever a história a partir da perspectiva dos grupos dominantes, o que muitas vezes leva a uma interpretação distorcida dos eventos históricos. Este fenômeno é conhecido como a "História dos Vencedores", onde se destaca uma narrativa que favorece os interesses da elite.
Um dos mitos perpetuados por essa visão histórica é o de uma suposta "passividade" do povo negro frente à escravidão no Brasil, sugerindo que houve uma aceitação sem resistência da condição de escravizados. Este é um ponto de vista tanto preconceituoso quanto racista, que ignora as diversas formas de luta e resistência dos negros contra o regime escravocrata.
Contrário a essa interpretação, a resistência negra manifestou-se de várias formas, inclusive com a criação de quilombos, que eram comunidades organizadas por escravos fugidos. Essas comunidades funcionavam como centros de resistência e luta pela liberdade, desafiando o sistema escravista e buscando a autonomia dos negros e sua libertação.
Assim, ao abordar a questão proposta, a alternativa correta é a letra E, que afirma que o quilombo é, por definição, uma comunidade negra formada e organizada para realizar a luta pela liberdade e contra a escravidão. Esta alternativa reconhece a importância dos quilombos como espaços de resistência ativa e organizada contra a opressão e a subjugação impostas pelo regime escravista no Brasil.
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Comentários
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vale lembrar q os quilombos nao eram formados somente por negros, em muitos deles existião indios tbm
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