A esporotricose é uma infecção crônica da pele e do tecido ...

Tema central da questão: A questão aborda a esporotricose, uma infecção micótica crônica que afeta a pele e tecidos subcutâneos de animais e humanos. Esta é uma zoonose importante no Brasil e requer conhecimento sobre seu agente causador, o tratamento e as características gerais da infecção.

Resumo teórico: A esporotricose é causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii. Esses fungos são dimórficos, ou seja, possuem duas formas de crescimento: uma forma de levedura em temperaturas mais altas (37°C, como no corpo humano) e uma forma filamentosa em temperaturas mais baixas (25°C, como no ambiente). A doença é endêmica em algumas regiões do Brasil e pode ser transmitida através de arranhões, mordidas ou contato com material orgânico contaminado.

Justificativa da alternativa correta (C): A alternativa C é correta porque descreve com precisão as opções terapêuticas disponíveis para o tratamento da esporotricose felina. O uso de azólicos como itraconazol, triazólicos como fluconazol, iodetos e outros métodos como a criocirurgia são realmente empregados no tratamento da doença. Essas práticas são suportadas por literatura científica e diretrizes clínicas na área de medicina veterinária.

Análise das alternativas incorretas:

Alternativa A: Incorreta. Os fungos do complexo Sporothrix schenckii crescem na forma filamentosa a 25°C (no solo ou em meio de cultura) e na forma de levedura a 37°C (em parasitismo), o que é o inverso do que foi dito na alternativa.

Alternativa B: Incorreta. Embora descreva corretamente as espécies do complexo Sporothrix schenckii, ela erra ao afirmar que a maioria dos casos no Brasil está ligada à transmissão zoonótica do S. schenckii, quando na verdade é a S. brasiliensis que está mais associada aos casos de transmissão zoonótica no Brasil.

Alternativa D: Incorreta. Os fungos do complexo S. schenckii não são encontrados exclusivamente em mamíferos; eles estão presentes em ambientes como solo e vegetação e podem infectar uma variedade de espécies animais, mas não são restritos a mamíferos.

Estratégias de interpretação: Ao ler a questão, é vital identificar palavras-chave que remetem ao processo de infecção e tratamento da esporotricose. Note as referências a fungos dimórficos e as temperaturas associadas às diferentes formas de crescimento do fungo. Além disso, a identificação das opções terapêuticas corretas é essencial para responder adequadamente.

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a) F.  É uma zoonose causada por fungos dimórficos do complexo Sporothrix schenckii, encontrados comumente na vegetação, solo e matéria orgânica em decomposição. No solo ou em meio de cultura a 25°C, multiplica-se na forma filamentosa, enquanto em meio de cultivo a 37°C ou em parasitismo encontra-se na forma de levedura (BARROS; PAES; SCHUBACH, 2011).

b) F. Estudos moleculares demonstraram que S. schenckii é um complexo de diferentes espécies: S. brasiliensis, S. chilensis, S. globosa, S. lurei, S. mexicana, S. pallida e S. schenckii stricto sensu (MARIMON et al., 2006; ZHANG et al., 2015). No Brasil, a grande maioria dos casos relatados está relacionada à transmissão zoonótica do S. brasilienses (RODRIGUES et al., 2014).

c) V. As opções terapêuticas disponíveis para o tratamento da esporotricose felina são os azólicos itraconazol e cetoconazol, os triazólicos posaconazol e fluconazol, os iodetos de sódio e potássio, a terbinafina, a anfotericina B, a remoção cirúrgica das lesões, a termoterapia local (PEREIRA et al., 2009) e a criocirurgia (PEREIRA et al., 2014).

d) F. Os carnívoros domésticos e equinos são suscetíveis à infecção por espécies do complexo S. schenckii. Além disso, existem relatos da presença do fungo em outros animais como primatas, bovinos, camelídeos, caprinos, suínos, aves, tatus, golfinhos e artrópodes (abelhas, pulgas, formigas). Esses hospedeiros podem, eventualmente, servir de fonte de infecção ao homem (LARSSON, 2011).