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Q402945 Português
Com base na estruturação linguística e na organização das ideias do texto 3, assinale a alternativa correta.
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Por que a letra c está errada? Alguém pode me ajudar?



Gabarito D

O erro da letra C é que na reescritura ocorrerá crase obrigatória. Na oração original a crase é facultativa devido do uso do pronome possessivo feminino "sua".

Que nem

1) Uma leitora quer saber se é correta a expressãoque nem em uma frase como a seguinte: João fala inglês que nem um nativo.

2) Para melhor situar a pergunta, observa-se que o circunlóquio que nem está em lugar de comoe introduz uma oração subordinada adverbial comparativa. Com a mencionada pergunta, então, quer-se saber se que nem pode ser uma conjunção (mais tecnicamente, uma locução conjuntiva) com valor comparativo.

3) Diga-se desde logo que os gramáticos, de um modo geral, não se sabe se por mero esquecimento ou se por rejeição não declarada, evitam listar que nem entre as conjunções ou locuções conjuntivas comparativas.

4) Atestando-lhe, porém, a existência ao longo dos tempos no vernáculo, Napoleão Mendes de Almeida registra aspectos interessantes:

I) Anota que não vemos seu emprego em autores renomados.

II) Traz, todavia, um exemplo do insuspeito Rebelo da Silva ("O erudito fez-se vermelho que nem uma romã");

III) Observa, por fim, que Eduardo Carlos Pereira registra tal locução em sua obra de gramática.1

5) Domingos Paschoal Cegalla, por sua vez, a tem como "expressão popular, equivalente à conjunção comparativa como". E exemplifica:

I) "Ele é que nem o avô: alto e magro";

II) "Trepava nas árvores que nem macaco novo";

III) "Sua tez era que nem pétalas de rosa";

IV) "Entrou na sala que nem vento impetuoso".2

6) Respondendo a um consulente, que lhe indagava se tal expressão é "grosso caipirismo", quando usada numa comparação, Silveira Bueno afiançava ser "bom português" e realçava que podia ser encontrada em bons autores.3

7) Enfrentando diretamente a questão para a leitora e tendo em mente que se está diante de seu emprego por autores e gramáticos do porte daqueles aqui mencionados, pode-se afirmar que, no mínimo, o que há aqui é uma divergência entre os estudiosos, e, nessa condição, sempre vigora importante princípio a determinar que, na dúvida, concede-se liberdade ao usuário para escolher entre as posições ("in dubio, pro libertate").

___________________

Cf. ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de Questões Vernáculas. São Paulo: Editora Caminho Suave Ltda., 1981, p. 257.

2 Cf. CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, p. 344.

3 Cf. BUENO, Silveira. Português pelo Rádio. São Paulo: Saraiva & Cia., 1938, p. 92.


O verbo "ser" indicando horas é impessoal e concorda com o numeral.

Acho que explicação do Douglas para a pergunta do Philippe não está certa, pois abrir é verbo transitivo direto. 
Reescreva, Philippe, a frase toda com a alteração proposta pela alternativa e ficará assim: O cortiço acordava abrindo, não os olhos, mas a infinidade de portas e janelas alinhadas dele.

Percebe como fica estranha essa reescritura? Fica difícil de retomar 'o cortiço' com o 'dele'.

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