''Enquanto a mamografia tradicional é bidimensional (2D), a ...
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Ano: 2022
Banca:
SELECON
Órgão:
Prefeitura de Cuiabá - MT
Provas:
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|
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Q1985647
Português
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Tomossíntese: novo exame é mais eficaz que a mamografia
na detecção do câncer de mama; entenda
Ferramenta, disponível no Brasil, aumenta até 30% a taxa de
detecção da doença
Um novo tipo de exame é capaz de detectar o câncer de mama
com maior eficácia e precisão do que a mamografia
convencional. Diversos estudos têm demonstrado que a
tomossíntese da mama, também conhecida como mamografia
3D, aumenta até 30% a taxa de detecção da doença. Outras
vantagens da técnica incluem uma redução significativa nas
taxas de reconvocação e na necessidade de imagens
complementares.
— A tomossíntese tem a vantagem de ser tridimensional, fazer
cortes mais finos e mais detalhados, o que evita sobreposições
de imagens. Isso é importante porque evita falsos-positivos e
falsos-negativos. Então essa é uma ferramenta que representa
um enorme avanço porque acaba diagnosticando mais tumores
de mama dentro do rastreamento do que o exame convencional
— diz o oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer
o Câncer.
A mais recente evidência sobre o assunto é um estudo publicado
na conceituada revista científica Lancet Oncology, que mostrou
que a tomossíntese em conjunto com a mamografia tradicional é
capaz de detectar 48% mais tumores invasivos do que apenas a
mamografia tradicional. Apesquisa, conduzida pela Universidade
de Munster, na Alemanha, rastreou 99 mil mulheres com idade
entre 50 e 69 anos. Entre 5 de julho de 2018 e 30 de dezembro de
2020, as pacientes foram aleatoriamente designadas para
realizar um dos dois exames.
Esse não é o primeiro estudo a mostrar a superioridade da
tomossíntese em relação à mamografia tradicional no rastreio do
câncer de mama. Um trabalho anterior, realizado pela
Universidade de Lund, na Suécia, e publicado na mesma revista,
mostrou que a mamografia 3D foi capaz de detectar 34% mais
tumores do que a mamografia tradicional. Mas, de acordo com os
pesquisadores, esse é o primeiro estudo controlado randomizado
a comparar os dois métodos em um ambiente multicêntrico e com
equipamentos de diferentes fornecedores.
O equipamento utilizado para a tomossíntese é o mesmo da
mamografia tradicional. Basicamente, a diferença entre os dois
métodos está na forma como a imagem é capturada. Enquanto a
mamografia tradicional é bidimensional (2D), a tomossíntese é
em 3D. Isso significa que são tiradas várias imagens de raios X de
baixa dose da mama, de diferentes ângulos. Em seguida, essas
imagens são reconstruídas por um computador, para mostrar
camadas finas da mama. Com menos estruturas de tecido
sobrepostas e imagens melhores e mais precisas, a
probabilidade de detectar tumores pequenos aumenta.
Embora o estudo tenha avaliado a combinação da tomossíntese
com a mamografia, não é preciso se assustar achando que vai ter
que passar pelo desconforto dos apertos da mamografia duas
vezes seguidas. A radiologista Marcela Balaro, especialista pelo
Instituto Nacional do Câncer (INCA) e responsável pelo setor de
Imagem Mamária do Richet Medicina & Diagnóstico, explica que
mamógrafos de última geração permitem a realização simultânea
dos dois exames. Além de diminuir a dor, isso também reduz o
nível de radiação, que é uma preocupação em relação ao uso da
tomossíntese em conjunto com a mamografia. Vale ressaltar que
mesmo nos casos em que é necessário realizar os dois exames, o
nível de radiação ainda fica dentro do limite considerado seguro.
Fonte:
https://oglobo.globo.com/saude/medicina/noticia/2022/07/tomossintesenovo-exame-e-mais-eficaz-que-a-mamografia-na-deteccao-do-cancerde-mama-entenda.ghtml. Acesso em 2 de julho de 2022. Adaptado
''Enquanto a mamografia tradicional é bidimensional (2D), a
tomossíntese é em 3D” (5º parágrafo). O conector destacado
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