Segundo as recomendações mais recentes da American Heart As...
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A alternativa correta é a Alternativa C - refluxo da valva mitral. Esta alternativa é a exceção para a indicação de profilaxia antibiótica segundo as recomendações mais recentes da American Heart Association. Vamos entender melhor o porquê.
As recomendações da American Heart Association sobre a profilaxia antibiótica visam prevenir a endocardite infecciosa em pacientes que passam por procedimentos odontológicos com risco de provocar bacteremia. Para resolver essa questão, é essencial compreender quais condições cardíacas requerem essa profilaxia.
Alternativa A - portadores de valva cardíaca protética: Pacientes com válvulas cardíacas protéticas têm um risco elevado de desenvolver endocardite infecciosa. Durante procedimentos odontológicos, a bacteremia transitória pode se alojar nessas válvulas artificiais, justificando a necessidade de profilaxia antibiótica.
Alternativa B - portador de cardiopatia congênita cianogênica não corrigida: Pacientes com este tipo de cardiopatia também estão em risco significativo para endocardite, devido a anomalias no fluxo sanguíneo que facilitam a fixação de bactérias no coração.
Alternativa C - refluxo da valva mitral: O refluxo mitral, ou regurgitação mitral, por si só, não é considerado uma condição de alto risco para endocardite infecciosa segundo as diretrizes atuais. Portanto, a profilaxia antibiótica não é indicada de forma rotineira para esses pacientes.
Alternativa D - paciente com história prévia de endocardite infecciosa: Quem já teve endocardite infecciosa tem um risco aumentado para recorrência, especialmente em contextos de bacteremia, justificando a profilaxia.
Alternativa E - valvopatia adquirida em pacientes transplantados cardíacos: Em pacientes que passaram por transplante cardíaco e desenvolveram problemas valvulares, o risco de endocardite infecciosa é elevado, o que exige a profilaxia antibiótica.
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Condições cardíacas de alto risco que necessitam de AP:
Pacientes com história prévia de EI;
Cardiopatia congênita cianótica não corrigida;
Portador de prótese cardíaca valvar;
Cardiopatia congênita cianótica corrigida que evoluiu com lesão residual;
Valvopatia adquirida corrigida com material protético;
Valvopatia adquirida em pacientes transplantados cardíacos.
Fonte:https://www.repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/bitstream/bahiana/3871/1/ANA%20MIGUEZ%20TCC%20COM%20CORREÇÕES.pdf
Até o momento a diretriz mais atual que utilizamos é da American Heart Association, no livro de Cirurgia do HUPP diz sobre:
♡ As novas diretrizes indicam profilaxia somente para o paciente com maior risco de endocardite, incluindo aqueles com endocardite prévia, válvulas cardíacas protéticas, defeitos cardíacos congênitos cianóticos que não foram reparados ou que têm defeitos parciais remanescentes após o reparo, e pacientes transplantados cardíacos com valvulopatia.
♡ Isto reduzirá significamente o número de pacientes odontológicos para os quais a profilaxia é indicada.
♡ A indicação é para prevenir a bacteremia generalizada e evitar infecções pós-operatórias.
Condições sistêmicas indicadas:
➽ DCC (defeito cardíaco congênito) completamente reparado com material ou dispositivo protético.
➽ DCC (defeito cardíaco congênito) cianótica não reparada.
➽ DCC (defeito cardíaco congênito) reparada com defeitos residuais no local ou adjacente ao local de um reparto protético.
➽ Recipientes cardíacos transplantados que desenvolvem valvulopatia cardíaca.
➽ Valvas cardíacas protéticas ou material protético usado para reparo da valva cardíaca.
*Somente as DCC citadas acima necessitam de profilaxia.
Porque:
➽ A sociedade Americana de Cardiologia definiu que a profilaxia não deve ser baseada no risco de adquirir endocardite, mas sim no risco mais elevado de resultado adverso da Endocardite Infecciosa.
➽ Este risco mais elevado não significa que a profilaxia antibiótica tenha melhor possibilidade para prevenir Endocardite bacteriana no paciente com prótese valvar, mas apenas com que as sequelas patológicas são maiores e que na possibilidade remota de que na profilaxia funcionar, vale a pena a tentativa.
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