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Q1245599 Odontologia
Segundo as recomendações mais recentes da American Heart Association, intervenções odontológicas que envolvam risco para a endocardite infecciosa requerem o uso profilático de antibiótico. É indicada a profilaxia antibiótica nos seguintes casos, EXCETO:
Alternativas

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A alternativa correta é a Alternativa C - refluxo da valva mitral. Esta alternativa é a exceção para a indicação de profilaxia antibiótica segundo as recomendações mais recentes da American Heart Association. Vamos entender melhor o porquê.

As recomendações da American Heart Association sobre a profilaxia antibiótica visam prevenir a endocardite infecciosa em pacientes que passam por procedimentos odontológicos com risco de provocar bacteremia. Para resolver essa questão, é essencial compreender quais condições cardíacas requerem essa profilaxia.

Alternativa A - portadores de valva cardíaca protética: Pacientes com válvulas cardíacas protéticas têm um risco elevado de desenvolver endocardite infecciosa. Durante procedimentos odontológicos, a bacteremia transitória pode se alojar nessas válvulas artificiais, justificando a necessidade de profilaxia antibiótica.

Alternativa B - portador de cardiopatia congênita cianogênica não corrigida: Pacientes com este tipo de cardiopatia também estão em risco significativo para endocardite, devido a anomalias no fluxo sanguíneo que facilitam a fixação de bactérias no coração.

Alternativa C - refluxo da valva mitral: O refluxo mitral, ou regurgitação mitral, por si só, não é considerado uma condição de alto risco para endocardite infecciosa segundo as diretrizes atuais. Portanto, a profilaxia antibiótica não é indicada de forma rotineira para esses pacientes.

Alternativa D - paciente com história prévia de endocardite infecciosa: Quem já teve endocardite infecciosa tem um risco aumentado para recorrência, especialmente em contextos de bacteremia, justificando a profilaxia.

Alternativa E - valvopatia adquirida em pacientes transplantados cardíacos: Em pacientes que passaram por transplante cardíaco e desenvolveram problemas valvulares, o risco de endocardite infecciosa é elevado, o que exige a profilaxia antibiótica.

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Condições cardíacas de alto risco que necessitam de AP:

Pacientes com história prévia de EI;

Cardiopatia congênita cianótica não corrigida;

Portador de prótese cardíaca valvar;

Cardiopatia congênita cianótica corrigida que evoluiu com lesão residual;

Valvopatia adquirida corrigida com material protético;

Valvopatia adquirida em pacientes transplantados cardíacos.

Fonte:https://www.repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/bitstream/bahiana/3871/1/ANA%20MIGUEZ%20TCC%20COM%20CORREÇÕES.pdf

Até o momento a diretriz mais atual que utilizamos é da American Heart Association, no livro de Cirurgia do HUPP diz sobre:

♡ As novas diretrizes indicam profilaxia somente para o paciente com maior risco de endocardite, incluindo aqueles com endocardite prévia, válvulas cardíacas protéticas, defeitos cardíacos congênitos cianóticos que não foram reparados ou que têm defeitos parciais remanescentes após o reparo,  e pacientes transplantados cardíacos com valvulopatia.

♡ Isto reduzirá significamente o número de pacientes odontológicos para os quais a profilaxia é indicada. 

♡ A indicação é para prevenir a bacteremia generalizada e evitar infecções pós-operatórias.

Condições sistêmicas indicadas:

DCC (defeito cardíaco congênito) completamente reparado com material ou dispositivo protético.

DCC (defeito cardíaco congênito)  cianótica não reparada.

DCC (defeito cardíaco congênito)  reparada com defeitos residuais no local ou adjacente ao local de um reparto protético.

➽ Recipientes cardíacos transplantados que desenvolvem valvulopatia cardíaca.

➽ Valvas cardíacas protéticas ou material protético usado para reparo da valva cardíaca. 

*Somente as DCC citadas acima necessitam de profilaxia. 

Porque:

➽ A sociedade Americana de Cardiologia definiu que a profilaxia não deve ser baseada no risco de adquirir endocardite, mas sim no risco mais elevado de resultado adverso da Endocardite Infecciosa.

➽ Este risco mais elevado não significa que a profilaxia antibiótica tenha melhor possibilidade para prevenir Endocardite bacteriana no paciente com prótese valvar, mas apenas com que as sequelas patológicas são maiores e que na possibilidade remota de que na profilaxia funcionar, vale a pena a tentativa.

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