A barreira hematoencefálica, cujo conceito foi introduzido p...

A questão aborda a barreira hematoencefálica e a utilização da domperidona no tratamento de pacientes com doença de Parkinson. Para resolvê-la, é necessário compreender como a barreira hematoencefálica funciona e por que a domperidona, apesar de não atravessá-la, é relevante no tratamento de Parkinson. Vamos explorar cada parte da questão e as alternativas oferecidas.

A alternativa correta é: C - A domperidona tem acesso à zona de gatilho quimiorreceptora, prevenindo as náuseas causadas por agonistas da dopamina utilizados no tratamento da doença de Parkinson. Assim, não há perda de eficácia, uma vez que os receptores da dopamina dos gânglios da base são apenas acessíveis às substâncias que atravessam a barreira hematoencefálica.

Justificativa para a alternativa C:

A domperidona é um antagonista de dopamina que não atravessa a barreira hematoencefálica, mas ainda é eficaz para tratar as náuseas e vômitos, efeitos colaterais comuns de medicamentos dopaminérgicos usados em Parkinson. Isso ocorre porque a domperidona atua na zona de gatilho quimiorreceptora (CTZ), que está situada fora da barreira hematoencefálica, permitindo seu acesso e ação para prevenir náuseas sem afetar o sistema nervoso central.

Análise das alternativas incorretas:

A - A domperidona não se liga a receptores serotoninérgicos e não atravessa a barreira hematoencefálica, mesmo em locais afetados pela doença de Parkinson. A premissa de que a barreira é destruída nesses locais é incorreta.

B - A domperidona não age em receptores muscarínicos para prevenir complicações motoras ou constipação. Sua função principal é atuar na zona de gatilho quimiorreceptora para prevenir náuseas.

D - Embora a inflamação possa afetar a barreira hematoencefálica, a domperidona não penetra no cérebro em tal cenário, nem atua nos receptores da inflamação como descrito.

E - Esta alternativa está incorreta porque, embora a domperidona não atravesse a barreira hematoencefálica, ela é efetiva no tratamento de náuseas, sendo utilizada precisamente por sua ação fora do sistema nervoso central.

Entender como os medicamentos atuam no corpo e as barreiras biológicas, como a hematoencefálica, é crucial para a prática farmacêutica, especialmente em tratamentos neurológicos. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

A domperidona é uma droga com ação antidopaminérgica, pois ela age impedindo a ligação do neurotransmissor dopamina ao seus receptores D2. Essa inibição da ligação da dopamina aos receptores D2.

A domperidona, droga usada comumente para o tratamento do enjoo e ânsia de vômito em pacientes com Parkinson, pode contribuir para o aumento dos riscos de arritmia cardíaca