Somos ge...
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Ano: 2012
Banca:
COPEVE-UFAL
Órgão:
ALGÁS
Prova:
COPEVE-UFAL - 2012 - ALGÁS - Assistente Técnico - Administração e Finanças |
Q477241
Português
Somos gente
Decretaram que pessoas com mais de sessenta anos merecem alguns benefícios. Há mais tempo decretaram que negro era gente.
Há menos tempo que isso decretaram que mulher também era gente, pois podia votar.
Mas voltando aos com mais de sessenta: decretaram coisas que deveriam ser naturais numa sociedade razoável. Não as vejo como benefícios, mas como condições mínimas de dignidade e respeito. Benefício tem jeito de concessão, caridade. Coisas como não lhes cobrarem mais pelo seguro saúde porque estão mais velhos, na idade em que possivelmente vão de verdade começar a precisar de médico, remédio, hospital, não deveriam ser impostas por decreto.
Decretaram também que depois dos sessenta as pessoas podem andar de graça no ônibus e pagar meia entrada no cinema. Perceberam, pois, que após os sessenta as pessoas ainda se locomovem e se divertem. Pensei que achassem que nessa altura a gente ficasse inexoravelmente meio inválido e... invalidado.
Que sociedade esquisita esta nossa, em que é preciso decretar que em qualquer idade a gente é gente. [...]
LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro:
Record, 2005. p. 137 (Fragmento).
Dadas as afirmações abaixo com relação aos vocábulos destacados no fragmento “Pensei que achassem que nessa altura a gente ficasse inexoravelmente inválido e... invalidado ",
I. Ao empregar o vocábulo “inválido", a característica atribuída ao ser parece natural, inerente.
II. Com o vocábulo “invalidado", que denota uma voz passiva, a característica ao ser parece ter sido dada, gerada ou causada por outrem.
III. Ao empregar o particípio “invalidado", a autora pretende enfatizar que a sociedade “invalida" o idoso, colocando-o de lado, menosprezando-o.
IV. A autora enfatiza que o cidadão não é invalidado por ser idoso, mas pelo fato de a sociedade o “invalidar".
verifica-se que está(ão) correta(s)
Decretaram que pessoas com mais de sessenta anos merecem alguns benefícios. Há mais tempo decretaram que negro era gente.
Há menos tempo que isso decretaram que mulher também era gente, pois podia votar.
Mas voltando aos com mais de sessenta: decretaram coisas que deveriam ser naturais numa sociedade razoável. Não as vejo como benefícios, mas como condições mínimas de dignidade e respeito. Benefício tem jeito de concessão, caridade. Coisas como não lhes cobrarem mais pelo seguro saúde porque estão mais velhos, na idade em que possivelmente vão de verdade começar a precisar de médico, remédio, hospital, não deveriam ser impostas por decreto.
Decretaram também que depois dos sessenta as pessoas podem andar de graça no ônibus e pagar meia entrada no cinema. Perceberam, pois, que após os sessenta as pessoas ainda se locomovem e se divertem. Pensei que achassem que nessa altura a gente ficasse inexoravelmente meio inválido e... invalidado.
Que sociedade esquisita esta nossa, em que é preciso decretar que em qualquer idade a gente é gente. [...]
LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro:
Record, 2005. p. 137 (Fragmento).
Dadas as afirmações abaixo com relação aos vocábulos destacados no fragmento “Pensei que achassem que nessa altura a gente ficasse inexoravelmente inválido e... invalidado ",
I. Ao empregar o vocábulo “inválido", a característica atribuída ao ser parece natural, inerente.
II. Com o vocábulo “invalidado", que denota uma voz passiva, a característica ao ser parece ter sido dada, gerada ou causada por outrem.
III. Ao empregar o particípio “invalidado", a autora pretende enfatizar que a sociedade “invalida" o idoso, colocando-o de lado, menosprezando-o.
IV. A autora enfatiza que o cidadão não é invalidado por ser idoso, mas pelo fato de a sociedade o “invalidar".
verifica-se que está(ão) correta(s)