Na segunda estrofe do poema, o segundo verso, “Resplandecem ...
NÃO: JÁ NÃO FALO DE TI. (Cecília Meireles).
Não: já não falo de ti, já não sei de saudades.
Feche-se o coração como um livro, cheio de imagens,
de palavras adormecidas, em altas prateleiras,
até que o pó desfaça o pobre desespero sem força,
que um dia, pode ser, parece tão terrível.
A aranha dorme em sua teia, lá fora, entre a roseira e o muro.
Resplandecem os azulejos e tudo quanto posso ver.
O resto é imaginado, e não coincide, e é temerário
cismar. Talvez se as pálpebras pudessem
inventar outros sonhos, não de vida...
Ah! rompem-se na noite ardentes violas,
pelo ar e pelo frio subitamente roçadas.
Por onde pascerão, nestes céus invioláveis,
nossas perguntas com suas crinas de séculos arrastando-se...
Não só de amor a noite transborda mas de terríveis
crueldades, loucuras, de homicídios mais verdadeiros.
Os homens de sangue estão nas esquinas resfolegando,
e os homens da lei sonolentos movem letras
sobre imensos papéis que eles mesmos não entendem...
Ah! que rosto amaríamos ver inclinar-se na aérea varanda?
Nem os santos podem mais nada. Talvez os anjos abstratos
da álgebra e da geometria.
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
Gabarito (B)
“Resplandecem os azulejos e(=conjunção aditiva dando inicio a uma oração coordenada sindética aditiva) tudo quanto posso ver.”
Orações assindéticas: são as que não apresentam síndeto, ou seja, conjunção.
Orações sindéticas: são as que apresentam síndeto.
Bons estudos!
Resplandecem os azulejos e tudo quanto posso ver.
- Resplandecem os azulejos
Uma oração coordenada assindética
oração: porque existe um verbo na frase
coordenada: não depende da outra para existir
assindética: porque não existe conjunção
- e tudo quanto posso ver.
coordenada sindética aditiva
coordenada: não depende da outra para existir
sindética: porque existe uma conjunção na frase
aditiva: da ideia de somar
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo