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Q26222 Psicologia
O psicodiagnóstico pode ser considerado como um processo científico, porque deve partir de um levantamento prévio de hipóteses que serão confirmadas ou infirmadas por meio de passos predeterminados e com objetivos precisos. Tal processo é limitado no tempo, baseado num contrato de trabalho entre paciente ou responsável e o psicólogo. Quando o objetivo de uma avaliação psicológica clínica é realizar uma avaliação compreensiva,
Alternativas

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A alternativa correta é a Alternativa E. Vamos entender por quê:

No contexto de um psicodiagnóstico, especialmente quando o objetivo é realizar uma avaliação compreensiva, estamos lidando com um processo que busca entender profundamente o funcionamento da personalidade de um indivíduo. Este tipo de avaliação é crucial para determinar o nível de funcionamento da personalidade e examinar as funções do ego, ou seja, como o indivíduo compreende a si mesmo e ao mundo ao seu redor (insight), além de avaliar as condições do sistema de defesas. Essa compreensão ajuda o psicólogo a facilitar a indicação de recursos terapêuticos e a prever como o paciente pode responder a esses tratamentos. Assim, a Alternativa E é a correta.

Vamos analisar as outras alternativas:

Alternativa A descreve um processo de avaliação psicológica que se concentra na comparação de comportamentos com outras amostras populacionais. Este processo é mais comum em avaliações de testes padronizados, que são voltados para identificar forças e fraquezas do comportamento em relação a normas, mas não se alinha ao objetivo de uma avaliação compreensiva de clínica psicológica.

Alternativa B foca na investigação de irregularidades ou inconsistências sintomáticas para diferenciar diagnósticos. Essa abordagem é mais específica para diagnósticos diferenciais, que, embora parte do processo psicodiagnóstico, não é a essência de uma avaliação compreensiva.

Alternativa C trata de aspectos legais e competências para funções de cidadania, o que é característico de avaliações forenses, não uma avaliação compreensiva no contexto clínico. Este tipo de avaliação se concentra em questões de insanidade e competência legal, diferente do foco na dinâmica interna e funcionamento do ego.

Alternativa D refere-se à identificação precoce de problemas e avaliação de riscos, além de estimar forças e fraquezas do ego. Embora esta alternativa mencione alguns elementos relacionados ao psicodiagnóstico, ela se aproxima de uma abordagem preventiva e de triagem, não da avaliação compreensiva propriamente dita.

Portanto, ao entender as nuances de cada alternativa e como se relacionam com o conceito de uma avaliação compreensiva, podemos ver claramente que a Alternativa E é a mais adequada.

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Tendo como referencial básico toda a obra de Jurema Alcides Cunha e de seus colaboradores (2000), consideramos este atendimento como um processo de investigação psicológica que deve conter várias avaliações psicológicas, uma conjunto delas. Este conjunto de avaliações será determinado por sua vez pelas demandas envolvidas quando o cliente chega à Clínica, ou seja, quais os objetivos primordiais desse processo: investigação intelectual (classificação simples); descrição de competências ou desempenhos (descritivo); diagnóstica (nosológica); esclarecer alternativas diagnóstica (diferencial); determinação do funcionamento da personalidade, tais como funções do ego, defesas, etc. (compreensivo); explicações de comportamentos e definições de focos terapêuticos (dinâmico); identificação precoce de problemas (preventivo); avaliar competências ou patologias associadas à infrações da lei (forense).
LETRA ESegundo Cunha (2000), o diagnóstico tem um ou vários objetivos: classificação simples, descrição, classificação nosológica, diagnóstico diferencial, AVALIAÇÃO COMPREENSIVA, entendimento psicodinâmico, prevenção, prognóstico ou perícia forense. Na avaliação compreensiva é determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos.

Letra e) CORRETA

Ao elaborar um psicodiagnóstico é imprescindível considerar as verdadeiras razões que motivaram o encaminhamento. Para CUNHA (2000), o processo pode ter um ou vários objetivos, dependendo dos motivos do encaminhamento

Questoes:

a) Classificação Simples

b) Diagnóstico Diferencial

c) Perícia Forense

d) Prevenção

http://www.artepsicoterapia.com.br/v2009/VisualizaArtigo.php?Page=VisualizaArtigo.php&cod_artigo=2

Livro: Psicodiagnóstico-V

Jurema Alcides Cunha

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Objetivos de uma avaliação psicológica clínica:

1- Classificação Simples: O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalntes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual.

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2- Descrição: Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos.

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3- Classificação Nosológica: Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagósticos.

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4- Diagnóstico Diferencial: São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia. 

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5- Avaliação Compreensiva: É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinados as funções do ego em especial as de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possivel resposta aos mesmos. 

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6- Entendimento Dinâmico: Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc."

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7- Prevenção: Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e das fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes. 

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8- Prognóstico: Determina o curso provável do caso. 

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9- Perícia Forense: Fornece subsídios para questões relacionadas com "insanidade", competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.

 

(Pág. 27)

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