Após a realização de alguns exames, um paciente foi diagnos...

GABARITO: D

A apresentação do diabetes tipo 1 é em geral abrupta, acometendo principalmente crianças e 

adolescentes sem excesso de peso. Na maioria dos casos, a hiperglicemia é acentuada, evoluindo rapidamente para cetoacidose, especialmente na presença de infecção ou outra forma de estresse. Assim, o traço clínico que mais define o tipo 1 é a tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose.

Referência: CAB 36 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf

Para resolver essa questão, é necessário que o aluno tenha conhecimento sobre Diabetes Mellitus (DM) tipo 1.

A) Incorreto. Costuma ter início na infância com sintomas intensos e abrange cerca de 10% dos casos de diabetes na população; A descrição apresentada na alternativa é do diabetes tipo 2: costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos e abrange cerca de 90% dos casos de diabetes na população;

B) Incorreto. Após o diagnóstico, o DM tipo 1 pode necessitar-se do uso de insulina imediatamente. O diabetes tipo 2 que evolui por muitos anos antes de requerer insulina para controle;

C) Incorreto. O termo “tipo 1" é usado para designar uma deficiência total na secreção de insulina;

D) Correto. A apresentação é, em geral abrupta, acometendo principalmente crianças e adolescentes sem excesso de peso; 

E) Incorreto. A cetoacidose nesses casos é comum. Um fator complicador que pode provocar a morte do usuário. 

Gabarito do Professor: D.

COMPLEMENTANDO

DM tipo 2 Abrange cerca de 90% dos casos de diabetes na população, sendo seguido em frequência pelo DM tipo 1, que responde por aproximadamente 8%.

DIABETES TIPO I

Autoimune -  marcadores de autoimunidade (1A) e Idiopático (1B) – ausência de marcadores de autoimunidade (1B)

Sempre caracterizado pelos sintomas clássicos – 4P

Destruição das células beta - processo autoimune (tipo 1 autoimune ou tipo 1A), - detectado por autoanticorpos circulantes como antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD), anti-ilhotas e anti-insulina.

Apresentação do diabetes tipo 1 -> abrupta -> acometendo principalmente crianças e adolescentes sem excesso de peso -> a hiperglicemia é acentuada, evoluindo rapidamente para cetoacidose, especialmente, na presença de infecção ou outra forma de estresse. 

Destruição da célula beta que leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose. 

DIABETES TIPO II

Costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos -> em geral, em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2.

Normalmente após 40 anos; Comum em idosos

Deficiência relativa de insulina -> estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção e na regulação da produção hepática de glicose

A DM2 pode evoluir por muitos anos antes de requerer a insulina para controle -> o seu uso, nesses casos, não visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico.

Cetoacidose nesses casos é rara e, quando presente, em geral é ocasionada por infecção ou estresse muito grave. A hiperglicemia desenvolve-se lentamente, permanecendo assintomática por vários anos.

Hiperglicemia não cetótica

Cetoacidose

Emergência endocrinológica - deficiência absoluta ou relativa de insulina, potencialmente letal.

Principalmente - DM tipo 1 - geralmente a primeira manifestação da doença. A pessoa com DM tipo 2, que mantém uma reserva pancreática de insulina, raramente desenvolve essa complicação.

Fatores precipitantes são infecção, má aderência ao tratamento (omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de medicações hiperglicemiantes e outras intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma). Indivíduos em mau controle glicêmico são particularmente vulneráveis a essa complicação.