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Q1310813 Português

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Considerando a colocação pronominal no trecho “(...) que não se faz e sei lá o quê!”, é correto afirmar:

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“(...) que não se faz e sei lá o quê!”

→ Temos um advérbio de negação (o não) que é fator atrativo do pronome oblíquo átono(se).

GABARITO. B

✅ Gabarito: B

✓ (...) que não se faz e sei lá o quê!”.

➥ Advérbio de negação "não" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono "se", fator de próclise (=colocação pronominal antes do verbo).

➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

A posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, lhe, vos, o[s], a[s], etc.) pode ser distintamente três: próclise (antes do verbo. p.ex. não se realiza trabalho voluntário), mesóclise (entre o radical e a desinência verbal, p.ex. realizar-se-á trabalho voluntário) e ênclise (após o verbo, p.ex. realiza-se trabalho voluntário). Inspecionemos o trecho:

 “(...) que não se faz e sei lá o quê!”

O primeiro fator que atrai o pronome é o advérbio "não"; o segundo, a partícula "que". No fragmento em tela, a próclise é a única opção disponível.

a) A conjunção exigiu a próclise do pronome “se”.

Incorreto. O advérbio "não" reclamou para perto de si o pronome";

b) O advérbio exigiu a próclise do pronome “se”.

Correto. O advérbio "não", precisamente;

c) O pronome relativo determinou o uso da ênclise.

Incorreto. O advérbio "não" é que determina a colocação pronominal. Ademais, ocorre próclise, em vez de ênclise;

d) A ênclise é de rigor nas orações exclamativas.

Incorreto. A próclise que é, como nos exemplos a seguir:

I - Deus te abençoe!

II - Como te fizeram mal? Criatura tão boa!

Letra B

Assertiva b

 que não se faz e sei lá o quê!

O advérbio exigiu a próclise do pronome “se”.

Anote os fatores atrativos de próclise:

1 – Advérbios;

Ex.: Agora se negam a depor.

 

2 – Palavras negativas;

Ex.: Não lhe enviei o relatório, nem o orientei devidamente.

 

3 – Pronomes relativos;

Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.

 

4 – Pronomes demonstrativos;

Ex.: Isso me diz respeito.

 

5 – Pronomes indefinidos;

Ex.: Poucos lhe deram a oportunidade.

 

6 – Conjunções subordinativas;

Ex.: Quando me vi sozinho, chorei.

 

Temos mais quatro observações importantes

7 – Verbos no infinitivo sempre admitem o uso da ênclise.

Ex.: Não importar-se com o que ocorra.

Note-se que, devido à presença do verbo no infinitivo, o pronome poderá permanecer após a forma verbal, mesmo que haja fator atrativo. Sem problemas, também poderíamos ter a seguinte construção: “Não se importar com o que ocorra”.

 

8 – Verbos no particípio e no futuro jamais admitem o uso da ênclise.

Ex.: Ninguém deve ter se lembrado desses mecanismos.

Ex.: Tratar-me-ei.

 

Lembre-se de que a mesóclise só poderá ocorrer com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja um fator de próclise, ou seja, uma palavra atrativa. Veja outros exemplos:

Realizar-se-ia uma nova reunião. (sem fator atrativo)

Mostrar-lhe-ei outros projetos. (sem fator atrativo)

Não te enviarei outra proposta. (com fator atrativo)

Depois se buscaria uma solução melhor. (com fator atrativo)

 

9 – A expressão “em + verbo no gerúndio” exige a próclise.

Ex.: Em se tratando desse assunto, Rodrigo é especialista.

 

10 – Frases exclamativas, interrogativas e optativas (frases que exprimem desejo) exigem a próclise.

Ex.: Como te julgaram!

Bons estudos!

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