“As transformações do ensino de História têm proporcionado ...

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Q2002863 Não definido
          A ideia de nós, os humanos, nos descolarmos da terra, vivendo numa abstração civilizatória, é absurda. Ela suprime a diversidade, nega a pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos. Oferece o mesmo cardápio, o mesmo figurino e, se possível, a mesma língua para todo mundo.
        Para a Unesco, 2019 foi o ano internacional das línguas indígenas. Todos nós sabemos que a cada ano ou a cada semestre uma dessas línguas maternas, um desses idiomas originais de pequenos grupos que estão na periferia da humanidade, é deletada. Sobram algumas, de preferência aquelas que interessam às corporações para administrar a coisa toda, o desenvolvimento sustentável.
          O que é feito de nossos rios, nossas florestas, nossas paisagens? Nós ficamos tão perturbados com o desarranjo regional que vivemos, ficamos tão fora do sério com a falta de perspectiva política que não conseguimos nos erguer e respirar, ver o que importa mesmo para as pessoas, os coletivos e as comunidades nas suas ecologias. Para citar o Boaventura de Sousa Santos, a ecologia dos saberes deveria também integrar nossa experiência cotidiana, inspirar nossas escolhas sobre o lugar em que queremos viver, nossa experiência como comunidade. Precisamos ser críticos a essa ideia plasmada de humanidade homogênea na qual há muito tempo o consumo tomou o lugar daquilo que antes era cidadania.

Ailton Krenak
(Extraído e adaptado de Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2019)

“As transformações do ensino de História têm proporcionado debates importantes relac ionados aos problemas epistemológicos e historiográficos (...).”

(Monteiro, 2014; Bittencourt, 2018).” (https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/152562/149061)


Esses debates sobre o efetivo exercício do professor de História no Ensino Básico referem-se ao fato de:

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