Quanto a mudança social, que designa uma diferença observad...
No Brasil, a imigração não interferiu no mercado de trabalho.
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A alternativa correta é: E - Errado.
Tema da Questão: Mudança Social e Mercado de Trabalho no Brasil
Esta questão aborda a influência da imigração no mercado de trabalho brasileiro, um aspecto relevante dentro do estudo das mudanças sociais. A mudança social diz respeito às alterações nas estruturas, instituições e hábitos sociais ao longo do tempo. Especificamente, a questão foca na interferência da imigração nas dinâmicas do mercado de trabalho.
Justificativa da Alternativa Correta:
A imigração teve um impacto significativo no mercado de trabalho brasileiro. Durante diferentes períodos históricos, ondas de imigrantes influenciaram a economia e a sociedade do país de várias maneiras:
- Período Colonial: A imigração de africanos, forçados à escravidão, teve um impacto profundo na formação da força de trabalho agrícola e na economia de exportação.
- Fim do Século XIX e Início do Século XX: Imigrantes europeus, como italianos, alemães e japoneses, foram incentivados a vir para o Brasil, principalmente para trabalhar na lavoura de café e em outras atividades agrícolas. Esses imigrantes introduziram novas técnicas agrícolas e contribuíram para o desenvolvimento econômico.
- Período Pós-Guerra: A imigração de outros países latino-americanos e asiáticos também moldou o mercado de trabalho, trazendo diversidade cultural e novas habilidades.
Por que a alternativa está errada?
Dizer que a imigração "não interferiu" no mercado de trabalho brasileiro é historicamente impreciso. A imigração teve, sim, uma influência direta e significativa ao longo de diversos períodos, moldando tanto a oferta de mão de obra quanto as práticas econômicas e sociais. Portanto, a alternativa é Errada.
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No Brasil, as migrações internacionais passaram por diferentes “etapas”, “idades”, “gerações” e “modos de geração”, no sentido do movimento sincrônico e diacrônico das migrações, proposto por Sayad (2001). Falar em termos de “etapas” ou “idades” também pressupõe pensar em termos de crescimento, mudanças contínuas e graduais, fim de etapas e desenvolvimento de novos ciclos. Dessa forma, é possível fazer uma análise sócio-histórica dos “lugares difíceis” (Bourdieu, 1997) da heterogênea migração brasileira.
Se até a segunda metade do século XX o Brasil era fortemente marcado pela imigração internacional, a partir da década de oitenta ou da chamada “década perdida”, houve uma inversão nesse processo (Reis & Sales, 1999). Uma considerável parte da população deste país começou a protagonizar uma nova realidade migratória, penetrando desse modo, no quadro dos países exportadores de mão de obra (Margolis, 1994; Feldman-Bianco, 1997; Sales, 1999).
No entanto, a crise econômica iniciada no ano de 2007 nos Estados Unidos, a qual também afetou de forma substancial a Europa e o Japão, introduz uma maior complexidade nos eixos de deslocamentos das migrações sul-americanas, especialmente no Brasil. Além disso, o desenvolvimento econômico e social do país e o seu reposicionamento geopolítico nos últimos anos, tem tornado a migração muito mais diversa.
Na atualidade, o Brasil conjuga diferentes cenários migratórios: continua havendo emigração; ao mesmo tempo em que o país passa a receber novos e diversificados fluxos de imigrantes; além de projetos migratórios de retorno por parte dos emigrados, influenciados, sobretudo, pela crise econômica pós 2007, nos Estados Unidos, Europa e Japão (Solé, Cavalcanti e Parella 2011).
Assim, o país volta a receber fluxos migratórios diversificados. Se alguns coletivos latinos, como os bolivianos, constituem uma presença constante no cenário imigratório brasileiro (Silva, 1997), nas últimas décadas, com a emergência da crise econômica mundial de 2007, em que os países emergentes não foram tão afetados como os chamados países desenvolvidos, houve um aumento e diversificação dos fluxos imigratórios para o Brasil.
Assim, outros fluxos mais recentes, como os imigrantes haitianos, começam a ter uma presença aparentemente permanente na imigração contemporânea no Brasil.
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