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Plantas tóxicas: lindas e perigosas 

O hábito de cultivar plantas em jardins dentro e fora de casa cresceu durante os meses de pandemia de covid-19. As espécies escolhidas são as mais variadas, indo de flores a ervas aromáticas, de plantas ornamentais a árvores frutíferas. Entretanto, além de tornarem os ambientes mais bonitos e os pratos mais aromáticos, as plantas possuem características químicas que podem fazer com que sejam tóxicas para pessoas e animais.
Segundo afirma a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, a cada dez casos de intoxicação por plantas, seis ocorrem em crianças com menos de 10 anos de idade, mas as vítimas de envenenamento por plantas não são apenas crianças. Animais domésticos, adultos e até mesmo animais de fazenda podem ser expostos a esse tipo de acidente. Ou seja, a convivência com plantas potencialmente tóxicas requer cuidados preventivos.
Conhecer quais são as espécies potencialmente venenosas deve ser o primeiro passo para prevenção de intoxicações. Ainda segundo a Fiocruz, as campeãs de acidentes no Brasil são comigo-ninguém-pode, bico-de-papagaio, espirradeira, taioba-brava, tinhorão, chapéu-deNapoleão, coroa-de-Cristo, saia-branca etc. Saber identificar essas plantas é essencial no caso de um acidente. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fiocruz possuem informação sobre a identificação dessas plantas em seus sites.
Para a prevenção e para a resposta aos acidentes também é importante conhecer quais são as reações causadas pelo contato com plantas venenosas. As respostas do organismo ao contato com as substâncias venenosas são diversas e podem depender de fatores como a idade e tamanho do paciente, questões de saúde (como a presença de alergias) e o tempo e via de exposição ao agente tóxico.
Segundo o Centro de Intoxicações da Califórnia, as plantas tóxicas podem ser classificadas em cinco graus de perigo:
• Nível 1: pertencem ao nível 1 as plantas que causam apenas uma reação alérgica na pele, (vermelhidão, coceira, bolhas etc.);
• Nível 2a: estão as espécies que, por meio do contato de sua seiva com as mucosas, incluindo a boca, ocasionam dor e irritação. O quadro pode se agravar, com a presença de problemas respiratórios;
• Nível 2b: engloba as plantas que possuem oxalato de cálcio em sua seiva. Elas são responsáveis por causar reações tardias nos rins, náuseas, vômitos e diarreias (pertence a esse grupo, por exemplo, a campeã de intoxicações comigo-ninguém-pode);
• Nível 3: nesse nível estão as espécies que, se ingeridas, causam reações moderadas, como náusea, vômito e diarreia, mas não oferecem risco de vida;
• Nível 4: aquelas que podem levar à morte. Sua ingestão pode afetar os rins, o coração, o fígado e o cérebro e requer atendimento médico imediato.

Em caso de acidentes com plantas, contate o centro de intoxicações mais próximo. 

Texto adaptado de:
<https://drauziovarella.uol.com.br/toxicologia/plantas-toxicas-lindase-perigosas/>. Acesso em: 03 nov. 2020.
A respeito das palavras retiradas do texto “Plantas tóxicas: lindas e perigosas”, é correto afirmar que há
Alternativas

Gabarito comentado

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A questão requer conhecimento acerca de fonética (encontros vocálicos: ditongo, tritongo e hiato, encontro consonantal e dígrafo).

Ditongo - encontro de duas vogais na mesma sílaba. Exemplo: água (á-gua).

Tritongo - encontro de três vogais na mesma sílaba. Exemplo: saguão (sa-guão).

Hiato - encontro de duas vogais em sílabas diferentes. Exemplo: sde (sa-ú-de).

Encontro consonantal - encontro de duas consoantes na mesma sílaba ou em sílabas diferentes. Exemplos: floco; bravo; martela (mar-te-lo).

Dígrafo - duas letras que representam um só fonema (som). Exemplos: guerra, coelho, campo.

Alternativa (A) incorreta - Há dígrafo em “pesquisa" (qu), hiato em “alergia" (a-ler-gi-a), ditongo em “coceira" (co-cei-ra), mas não há encontro consonantal em “pessoa", o que há é dígrafo “ss".

Alternativa (B) incorreta - Há encontro consonantal em “planta", ditongo em “náusea" (náu-sea), dígrafo em “espirradeira", mas não há tritongo em “diarreia", e sim ditongo e hiato (di-ar-rei-a).

Alternativa (C) incorreta - Em “quadro" não há dígrafo, há ditongo e encontro consonantal (qua-dro), porém em “tinhorão" há o dígrafo “nh". Há encontro consonantal em “flor", mas em “pandemia" não há ditongo, e sim hiato (pan-de-mi-a).

Alternativa (D) incorreta - Em “quadro" não há dígrafo, há ditongo e encontro consonantal (qua-dro), porém em “exemplo" há dígrafo vocálico “em" e encontro consonantal. “Primeiro" tem encontro consonantal e ditongo (pri-mei-ro).

Alternativa (E) correta - Há encontro consonantal e hiato em “agropecria" (a-gro-pe-cu-á-ria). Há dois dígrafos vocálicos “en" em “atendimento" e ditongo em “grau".

Gabarito da Professora: Letra E.

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Comentários

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encontro consonantal e hiato em “agropecuária”, dígrafo em “atendimento” e ditongo em “grau”.

a) Pessoa -> Dígrafo, não encontro consonantal (forma apenas 1 som).

b) Diarreia -> Hiato, não tritongo (di-ar-rei-a)

c) Quadro -> Não falamos "kadro", não é dígrafo.

d) Primeiro tem ditongo, não hiato (pri-mei-ro).

E) Gabarito.

Digrafo

É o encontro de duas letras para representar um único fonema. Os dígrafos podem ser consonantais ou vocalicos.

Dígrafos consonantais

Duas consoantes representando um único som ( ch, lh, nh, rr, sc, sç, ss, xc, gu, qu)

Ex.: chave, mulher

Dígrafos vocalicos

A vogal é nasalizada por um " m" ou um " n" que venha na sequencia ( am, an, um, in, im, om, on, um, un ).

Ex.: andar, sendo, limpo, tonto, chumbo.

Gabarito: E.

A respeito das palavras retiradas do texto “Plantas tóxicas: lindas e perigosas”, é correto afirmar que há:

A) dígrafo em “pesquisa”, hiato em “alergia”, encontro consonantal em “pessoa” e ditongo em “coceira”.

pes-qui-sa (certo); a-ler-gi-a (certo); pes-soa (errado, há dígrafo consonantal); co-cei-ra (certo).

B) encontro consonantal em “planta”, ditongo em “náusea”, dígrafo em “espirradeira” e tritongo em “diarreia”.

plan-ta (certo); náu-sea (certo); es-pir-ra-dei-ra (certo); di-ar-rei-a (errado, há ditongo e depois hiato).

C) dígrafo em “quadro” e em “tinhorão”, encontro consonantal em “flor” e ditongo em “pandemia”.

qua-dro (errado, há ditongo, pois o "u" é pronunciado); ti-nho-rão (certo); flor (certo); pan-de-mi-a (errado, há dígrafo vocálico e hiato).

D) encontro consonantal e dígrafo em “quadro” e em “exemplo” e encontro consonantal e hiato em “primeiro”.

qua-dro (errado, há encontro consonantal, mas não há ditongo, pois o "u" é pronunciado); e-xem-plo (certo); pri-mei-ro (errado, há encontro consonantal, mas não hiato e, sim, ditongo).

E) encontro consonantal e hiato em “agropecuária”, dígrafo em “atendimento” e ditongo em “grau”.

a-gro-pe-cu-á-ri-a; atendimento; grau (todas certas).

O que é um hiato português?

O encontro vocálico entre duas vogais que pertencem a sílabas diferentes é chamado de hiato.

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