Em sua obra, Lévi-Strauss utiliza uma metáfora do jogo de ca...
“O homem é como um jogador que tem nas mãos, ao se instalar à mesa, cartas que ele não inventou, pois o jogo de cartas é um dado da história e da civilização [...]. Cada repartição das cartas resulta de uma distinção contingente entre os jogadores e se faz a sua revelia. Quando se dão as cartas, cada sociedade assim como cada jogador, as interpreta nos termos de diversos sistemas, que podem ser comuns ou particulares: regras de um jogo ou regras de uma tática. E sabe-se bem que com as mesmas cartas, jogadores diferentes farão partidas diferentes, ainda que, limitados pelas regras, não possam fazer qualquer partida com determinadas cartas” (Lévi-Strauss, 1958 apud Cuche, 2012).
Com essa metáfora, Lévi-Strauss, na interpretação de Cuche, refere-se
A metáfora do jogo de cartas utilizada por Claude Lévi-Strauss e interpretada por Cuche refere-se à relação entre a universalidade da cultura e a particularidade das culturas.
Lévi-Strauss compara a cultura humana ao jogo de cartas, onde cada sociedade, assim como cada jogador, interpreta as cartas (elementos culturais) nos termos de diversos sistemas, que podem ser comuns ou particulares. Esses sistemas podem ser comparados às regras de um jogo ou a estratégias táticas. Assim como diferentes jogadores podem fazer partidas diferentes com as mesmas cartas, diferentes sociedades interpretam e utilizam os elementos culturais de maneiras diversas, de acordo com suas próprias normas, valores e contextos históricos.
Essa metáfora enfatiza a diversidade cultural e a maneira como as culturas interpretam e utilizam os elementos culturais de forma única, apesar de compartilharem certos elementos comuns. Portanto, a resposta correta é a opção D, que destaca essa relação entre a universalidade da cultura (presente nas cartas comuns a todos os jogadores) e a particularidade das culturas (expressa na maneira como cada jogador interpreta e utiliza essas cartas).