As pioneiras do Serviço Social brasileiro tinham certeza da...

Resposta Correta: E - um mandato institucional.

A questão aborda um aspecto importante do surgimento e da institucionalização do Serviço Social no Brasil, que é a percepção de legitimidade das ações profissionais das primeiras assistentes sociais. Quando falamos sobre a legitimidade dessas intervenções, estamos nos referindo ao reconhecimento e apoio que essas ações possuíam, o que era essencial para a atuação efetiva das pioneiras do Serviço Social.

Para resolver essa questão, é necessário entender que o Serviço Social emergiu em um contexto de respostas às desigualdades sociais e aos problemas gerados pela industrialização e urbanização acelerada. O embasamento das primeiras práticas do Serviço Social no Brasil estava fortemente ligado à Igreja Católica, e essa associação conferia às assistentes sociais um "mandato" para atuar junto às camadas populares. Este "mandato" era muitas vezes visto como um apostolado social, ou seja, uma missão com motivação religiosa e caritativa, o que emprestava uma forte carga moral e ética à profissão.

A alternativa correta é a letra E, pois destaca o mandato institucional como a base de legitimação das práticas das pioneiras do Serviço Social. Esse mandato era um conjunto de autorizações e reconhecimentos formais por parte das instituições que as empregavam, em grande parte ligadas à Igreja Católica e, posteriormente, ao Estado e a outras organizações. Ao falar de mandato institucional, estamos falando de um reconhecimento formal e estruturado que ampara e direciona a prática profissional.

As demais alternativas falham em capturar esse aspecto. A alternativa A menciona uma organização estatal que privilegia a ação profissional, o que não foi o principal fator de legitimação inicial do Serviço Social. A alternativa B sugere que o profissionalismo tinha como objetivo o apaziguamento da questão social, o que de fato era um aspecto da atuação, mas não é o que confere legitimidade por si só. A alternativa C menciona a organização de políticas de intervenção social, mas não aborda a origem dessa autoridade. Por fim, a alternativa D aponta para a dedicação dos profissionais, que, embora importante, não é o fator que legitimou institucionalmente a profissão.