A expressão “além disso”, utilizada pelo autor na linha 7 d...
Khruschov anunciou que não tomaria parte na disputa para chegar à Lua, mas seu país continuava na frente. Os russos enviaram a primeira mulher ao espaço – Valentina Tereshkova – e conseguiram que um de seus astronautas saísse da nave e passeasse no cosmos. Além disso, apenas um astronauta soviético perdeu a vida durante a primeira década de viagens espaciais. Para milhões de pessoas, a corrida espacial tornava-se fascinante quando tinha como destino pontos familiares do céu. O planeta Marte foi um dos primeiros. Com um décimo da massa da Terra, Marte supostamente abrigava organismos vivos. Foi Giovanni Schiaparelli, em seu observatório nos arredores de Milão, quem examinou Marte em 5 de setembro de 1877, dia em que o planeta estava próximo da Terra e a atmosfera sobre aquela cidade industrial estava limpa. Focalizando o distante astro com seu telescópio, acreditou ter avistado o contorno de 41 longos canais ou leitos de rio. Se fossem canais, argumentou, deveriam ser “obras de seres inteligentes”. A tão aguardada oportunidade de inspecionar os misteriosos canais chegou em 1965, quando uma nave norte-americana não tripulada, a Mariner 4, voou perto de Marte. Seus instrumentos não detectaram sinal de vida. Tal resultado foi confirmado onze anos mais tarde, quando dois robôs desceram, até a superfície do planeta. Milhares de fotografias e outras imagens transmitidas para a Terra revelaram um terreno frio e avermelhado, coberto de pedras e assolado por fortes ventos. Os preparativos para o pouso na Lua continuaram à custa de muito dinheiro. Por fim, em 16 de julho de 1969, na Flórida, um grande foguete, o Saturno V, foi lançado, levando uma espaçonave tripulada por três norte-americanos. Cinco dias mais tarde, Neil Armstrong pisou na superfície da Lua, tendo seus vagarosos passos observados por milhões de pessoas pela televisão.
(BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento, 2011, p. 220).