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Q1311400 Medicina
Um senhor de 83 anos, hipertenso, acamado por sequela de fratura de fêmur há 3 anos, vêm a unidade de urgência com quadro clínico de dor abdominal difusa, de forte intensidade há aproximadamente 18 horas.Apresenta ao exame físico: Grande distensão abdominal, ausência de peristalse. Pressão Arterial: 95 x 65 mmHg, Frequência Cardíaca de 130 bpm, Frequência Respiratória de 38 ipm. A gasometria arterial apresentou: pH:7,26, HCO3: 17mEq/L, PaCO2: 36mmHg, PaO2: 89 mmHg. Hemograma: normal. Leucograma: Leucócitos de 14000 mm3. Ao eletrocardiograma: fibrilação atrial. O protocolo de exames de imagem para os quadros de abdome agudo revelaram: Distensão de alças do intestino delgado, do cólon ascendente e de parte do cólon transverso, com espessamento parietal e níveis hidroaéreos. Baseado nos dados clínicos e exames complementares, o diagnóstico mais provável desse paciente seria:
Alternativas

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Vamos analisar a questão apresentada para identificar a condição clínica do paciente. O tema central desta questão envolve o diagnóstico diferencial de um quadro de abdome agudo, que é uma situação de emergência médica caracterizada por dor abdominal intensa e súbita. Para resolver a questão, é necessário ter conhecimento sobre diferentes causas de abdome agudo e suas apresentações clínicas.

A alternativa correta é a Alternativa D - Um infarto entero-mesentérico. Este diagnóstico se refere à falta de irrigação sanguínea nos vasos que suprem o intestino, levando à isquemia e necrose do tecido intestinal.

Justificativa para a alternativa correta:

  • A combinação de fatores como idade avançada, hipertensão, fibrilação atrial, distensão abdominal severa, ausência de peristalse, e sinais de acidose metabólica (pH baixo e HCO3 reduzido) são altamente sugestivos de um infarto mesentérico.
  • A fibrilação atrial do paciente pode gerar êmbolos (coágulos) que obstruem as artérias mesentéricas, causando isquemia intestinal.
  • Os achados de imagem com distensão de alças intestinais e níveis hidroaéreos também reforçam a suspeita de comprometimento vascular.

Análise das alternativas incorretas:

  • Alternativa A - Diverticulite aguda: Normalmente se manifesta com dor em abdome inferior esquerdo, febre e leucocitose, mas não costuma causar acidose metabólica grave ou distensão de alças como observado no caso.
  • Alternativa B - Colecistite aguda: A inflamação da vesícula biliar se apresenta com dor no quadrante superior direito do abdome e febre, mas não explicaria a acidose metabólica intensa nem a grande distensão das alças intestinais.
  • Alternativa C - Perfuração de úlcera duodenal: Geralmente leva a dor intensa e sinais de irritação peritoneal, mas não causaria a distensão severa de alças ou níveis hidroaéreos da forma descrita no caso.

Com essas informações, podemos concluir que o quadro clínico do paciente, juntamente com os achados laboratoriais e de imagem, são mais compatíveis com um infarto entero-mesentérico. Essa condição deve ser tratada rapidamente, pois pode evoluir para complicações graves.

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A partir dos dados clínicos e exames complementares, o diagnóstico mais provável deste paciente de 83 anos, hipertenso e acamado com dor abdominal de forte intensidade há 18 horas é o de infarto entero-mesentérico. O exame físico revelou distensão abdominal, ausência de peristalse, pressão arterial baixa, frequência cardíaca elevada e frequência respiratória elevada. Os níveis sanguíneos apresentaram pH 7,26, HCO3 17mEq/L, PaCO2 36mmHg e PaO2 89mmHg, enquanto o hemograma e o leucograma estavam dentro dos valores normais. A gasometria arterial também foi pertinente ao diagnóstico. Os exames de imagem para o abdome agudo apresentaram distensão e espessamento das alças do intestino delgado, do cólon ascendente e parte do cólon transverso, além de níveis hidroaéreos. Portanto, a resposta correta para a questão é a alternativa D - Um infarto entero-mesentérico.

Alternativa correta: D. Um infarto entero-mesentérico.

Justificativa: O paciente apresenta dor abdominal difusa de forte intensidade, distensão abdominal, ausência de peristalse, hipotensão (95 x 65 mmHg), taquicardia (130 bpm), e acidose metabólica (pH: 7,26, HCO3: 17 mEq/L). Esses sinais e sintomas são compatíveis com um infarto entero-mesentérico, que é uma emergência médica que requer intervenção imediata.

ANÁLISE DAS DEMAIS ALTERNATIVAS:

  • A. Uma diverticulite aguda: Incorreta. A diverticulite geralmente se apresenta com dor localizada no quadrante inferior esquerdo e não causa distensão abdominal significativa.
  • B. Uma colecistite aguda: Incorreta. A colecistite geralmente se apresenta com dor no quadrante superior direito e febre, e não causa distensão abdominal significativa.
  • C. Uma perfuração de úlcera duodenal: Incorreta. A perfuração de úlcera duodenal geralmente se apresenta com dor abdominal súbita e localizada, e pneumoperitônio, o que não é descrito no caso.

Em resumo: O diagnóstico mais provável, com base nos dados clínicos e exames complementares, é um infarto entero-mesentérico.

Pontos chave:

  • Dor abdominal difusa e intensa.
  • Distensão abdominal e ausência de peristalse.
  • Hipotensão, taquicardia e acidose metabólica.

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