Sobre o parágrafo: “Todos tendemos a considerar nossa cultur...
Toda cultura é particular. Não existe, nem pode existir uma cultura universal constituída. No nosso século, os antropólogos vivem ensinando isso a quem quiser aprender.
Tal como acontece com cada indivíduo, os grupos humanos, grandes ou pequenos, vão adquirindo e renovando, construindo, organizando e reorganizando, cada um a seu modo, os conhecimentos de que necessitam.
O movimento histórico da cultura consiste numa diversificação permanente. A cultura universal - que seria a cultura da Humanidade - depende dessa diversificação, quer dizer, depende da capacidade de cada cultura afirmar sua própria identidade, desenvolvendo suas características peculiares.
No entanto, as culturas particulares só conseguem mostrar sua riqueza, sua fecundidade, na relação de umas com as outras. E essa relação sempre comporta riscos.
Em condições de uma grande desigualdade de poder material, os grupos humanos mais poderosos podem causar graves danos e destruições fatais às culturas dos grupos mais fracos. (...)
Todos tendemos a considerar nossa cultura particular mais universal do que as outras. (...) Cada um de nós tem suas próprias convicções. (...)
Tanto indivíduos como grupos têm a possibilidade de se esforçar para incorporar às suas respectivas culturas elementos de culturas alheias. (...)
Apesar dos perigos da relação com as outras culturas (descaracterização, perda da identidade, morte), a cultura de cada pessoa, ou de cada grupo humano, é frequentemente mobilizada para tentativas de auto-relativização e de autoquestionamento, em função do desafio do diálogo.
Leandro Konder. O Globo, 02/08/98.
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Comentários
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a)é formado por três períodos; ERRADA . São 2 períodos
b) Gabarito
c)"próprias" é adjunto adnominal.
d)"Todos"= sujeito simples
e)“Todos tendemos a considerar(...)" Sem silepse ficaria: Todos tendem a considerar.... Interessante perceber que a silepse, neste caso, funciona como um recurso que propicia ao narrador se incluir nas considerações que ele tece, isto é, ele está entre as pessoas que consideram isso,isso e aquilo.
Gab.: B
a) Período simples: formado por apenas uma oração, também denominada de "oração absoluta"
Período composto: formado por duas ou mais orações.
c) o PREDICATIVO DO SUJEITO é aquele que atribui uma característica ao sujeito (uma qualidade, um estado, uma mudança de estado, etc). Então, o PREDICATIVO DO OBJETO nada mais é do que aquele que atribui uma característica ao objeto. Resumindo:
Predicativo do Sujeito => atribui uma característica ao sujeito.
Predicativo do Objeto => atribui uma característica ao objeto.
Exemplo:
Astolfo dirigiu feliz o trator.
1) Quem dirigiu feliz? Resposta: "Astolfo".
2) O que o Astolfo faz? Resposta: Astolfo é o sujeito.
Logo: "feliz" é o predicativo do sujeito
Astolfo deixou a esposa feliz.
1) Quem ficou feliz? Resposta: "a esposa"
2) O que a esposa faz? Resposta: ela é um objeto direto (completa o verbo "deixou")
Logo: "feliz" é o predicativo do objeto.
• Predicativo do objeto
–– termo autônomo
–– admite substituição lexical
–– em regra, é uma característica temporária
Ex: O examinador tornou a prova difícil.
O examinador tornou-a difícil. (admite substituição).
O examinador tornou a prova difícil (característica temporária, ou seja, a prova não era difícil, mas tornou-se difícil).
Para diferenciarmos o adjunto adnominal do predicativo do objeto, indicado
pela palavra “difícil”, fazemos a substituição lexical (vocabular). Substitua o
núcleo do objeto por um pronome. Se couber, será predicativo do objeto, pois o
predicativo é um termo autônomo, que está fora do objeto. Mas se não couber,
será adjunto adnominal.
• Adjunto adnominal
–– termo interno
–– não admite substituição lexical
–– em regra, é uma característica permanente
O repórter entrevistou o jogador internacional.
Se substituir “o jogador” por um pronome, a frase ficará sem sentido, portanto,
“internacional” é um adjunto adnominal, pois faz parte do objeto direto.
Fonte: Gran Cursos Online (adaptado por mim).
Fabiano finalmente eu entendi a diferença. tksss
A silepse é também chamada de “concordância irregular, ideológica ou figurada”.
Trata-se de uma figura de linguagem em que as regras tradicionais da concordância sintática são contrariadas, usando-se em seu lugar a concordância de acordo com o sentido.
A concordância siléptica não é considerada um erro!
1) Silepse de Número
Usa-se um vocábulo em número diferente da palavra a que se refere para concordar com o
sentido que ela tem.
– Flor tem vida muito curta, logo murcham..
2) Silepse de Pessoa
Aqui o autor da frase participa do processo verbal; o verbo fica necessariamente na 1a
pessoa do plural, pois ele se inclui.
– Os brasileiros, especialmente os cariocas, quando podemos usar de malandragem,
usamos.
PESTANA
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