A noite desceu. Que noite!Já não enxergo meus irmãos.E nem t...
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Ano: 2014
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
IF-SP
Prova:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2014 - IF-SP - Professor - Língua Portuguesa |
Q604712
Português
A noite desceu. Que noite! Já não enxergo meus irmãos. E nem tão pouco os rumores que outrora me perturbavam.
A noite desceu. Nas casas, nas ruas onde se combate, nos campos desfalecidos, a noite espalhou o medo e a total incompreensão. A noite caiu. Tremenda, sem esperança... Os suspiros acusam a presença negra que paralisa os guerreiros.
E o amor não abre caminho na noite. A noite é mortal, completa, sem reticências, a noite dissolve os homens, diz que é inútil sofrer, a noite dissolve as pátrias, apagou os almirantes cintilantes! nas suas fardas.
A noite anoiteceu tudo... O mundo não tem remédio... Os suicidas tinham razão.
(ANDRADE, Carlos Drummond. A noite dissolve os homens. In: Reunião: 10 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969)
O fragmento do poema de Drummond revela
A noite desceu. Nas casas, nas ruas onde se combate, nos campos desfalecidos, a noite espalhou o medo e a total incompreensão. A noite caiu. Tremenda, sem esperança... Os suspiros acusam a presença negra que paralisa os guerreiros.
E o amor não abre caminho na noite. A noite é mortal, completa, sem reticências, a noite dissolve os homens, diz que é inútil sofrer, a noite dissolve as pátrias, apagou os almirantes cintilantes! nas suas fardas.
A noite anoiteceu tudo... O mundo não tem remédio... Os suicidas tinham razão.
(ANDRADE, Carlos Drummond. A noite dissolve os homens. In: Reunião: 10 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969)
O fragmento do poema de Drummond revela