Paciente masculino, 68 anos, ex-fumante com histórico de 40...

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Q2487269 Medicina
Paciente masculino, 68 anos, ex-fumante com histórico de 40 anos-maço, apresenta-se com queixa de dispneia progressiva, tosse produtiva e episódios recorrentes de sibilância nos últimos 5 anos. Relata piora significativa dos sintomas nas últimas semanas. Exame físico evidencia uso de musculatura acessória respiratória, distensão abdominal moderada e diminuição do murmúrio vesicular com sibilos e roncos à ausculta pulmonar. A espirometria mostra um VEF1/CVF < 70% após broncodilatador, com VEF1 de 50% do previsto. Baseado nessas informações, qual das seguintes intervenções é a mais indicada para o manejo deste paciente?
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Resposta correta: C - Implementação de terapia com broncodilatadores de longa ação e corticosteroides inalatórios.

Vamos entender por que esta é a alternativa mais indicada:

O paciente descrito na questão é um homem de 68 anos, ex-fumante, com um histórico significativo de 40 anos-maço. Ele apresenta dispneia progressiva, tosse produtiva e sibilância recorrente. Esses sinais e sintomas são típicos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

A espirometria mostrou um VEF1/CVF < 70% após o uso de broncodilatador e um VEF1 de 50% do previsto, o que confirma a presença de obstrução ao fluxo aéreo, um critério diagnóstico para DPOC.

Agora, vamos justificar as alternativas:

Alternativa A (Início de corticosteroides orais de longa duração para controle da inflamação): Incorreta. O uso prolongado de corticosteroides orais não é recomendado para o controle de DPOC devido aos efeitos colaterais sistêmicos significativos. Eles são reservados para exacerbações agudas.

Alternativa B (Prescrição de antibióticos de amplo espectro, considerando a possibilidade de infecção respiratória aguda): Incorreta. Embora infecções possam exacerbar a DPOC, não há indicação clara de infecção aguda nesta descrição. Antibióticos são usados durante exacerbações infecciosas confirmadas e não como tratamento de rotina.

Alternativa C (Implementação de terapia com broncodilatadores de longa ação e corticosteroides inalatórios): Correta. Esta é a intervenção padrão para o manejo da DPOC. Bronchodilatadores de longa ação ajudam a manter as vias aéreas abertas, enquanto corticosteroides inalatórios ajudam a reduzir a inflamação das vias aéreas.

Alternativa D (Indicação para cirurgia de redução de volume pulmonar): Incorreta. Esta cirurgia é indicada apenas para casos específicos de enfisema severo e não é uma intervenção de primeira linha.

Alternativa E (Uso exclusivo de oxigenoterapia domiciliar de longa duração): Incorreta. A oxigenoterapia é indicada para pacientes com hipoxemia crônica, mas não é uma terapia isolada suficiente para o manejo de DPOC. Deve ser usada junto com outros tratamentos.

Para concluir, a terapêutica mais indicada é a combinação de broncodilatadores de longa ação com corticosteroides inalatórios, que é a abordagem recomendada para pacientes com DPOC moderada a grave, visando alívio dos sintomas e controle da inflamação.

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A questão descreve um paciente com sintomas clássicos de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), incluindo dispneia progressiva, tosse produtiva e sibilância, em um contexto de tabagismo de longa duração. O exame de espirometria confirma a obstrução ao fluxo aéreo (VEF1/CVF < 70%), com redução significativa da função pulmonar (VEF1 de 50% do previsto). A resposta correta é a alternativa C - Implementação de terapia com broncodilatadores de longa ação e corticosteroides inalatórios. Essa combinação é a terapia de escolha para pacientes com DPOC com sintomas persistentes e exacerbações frequentes como é o caso desse paciente, pois atua aliviando a obstrução bronquial e controlando a inflamação das vias aéreas. Corticosteroides orais de longa duração não são recomendados para uso contínuo devido aos efeitos colaterais. Antibióticos são indicados para tratamento de exacerbações infecciosas agudas, mas não há evidência de infecção no cenário apresentado. Cirurgia de redução de volume pulmonar é uma opção para pacientes selecionados com enfisema pulmonar grave e não é indicada nesse estágio. Oxigenoterapia domiciliar é recomendada para pacientes com hipoxemia significativa, que não foi mencionada no caso.

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