Um homem de 52 anos, sabidamente epiléptico, em uso irregula...

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Q3058023 Medicina
Um homem de 52 anos, sabidamente epiléptico, em uso irregular dos anticonvulsivantes orais, é levado ao pronto-socorro com quadro de convulsões tônico-clônicas generalizadas recorrentes há aproximadamente 30 minutos. Na admissão no pronto socorro, foi prontamente monitorizado, puncionado acesso venoso periférico calibroso, realizada glicemia capilar que foi normal (90 mg/dL) e coletados exames laboratoriais de urgência, além de administração de diazepam intravenoso 10mg por duas vezes com cessação da crise, porém com retorno das convulsões após poucos minutos sem recobrar a consciência. Optado, então, pela realização de fenitoína endovenosa na dose de 20 mg/kg diluída em SF 0,9%, porém o paciente persiste em status epilepticus. Mantém dados vitais estáveis, com saturação periférica de oxigênio adequada com suporte de O2 em cateter nasal 2l/min, pupilas isofotorreativas, sem déficit focal localizado.
Qual deve ser a próxima conduta para o manejo desse paciente na emergência?
Alternativas

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A ALTERNATIVA CORRETA É: A) Infundir dose adicional de fenitoína intravenosa.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS:

  • A) Infundir dose adicional de fenitoína intravenosa.
  • CORRETO. Quando o status epilepticus persiste após o uso inicial de fenitoína (20 mg/kg), a prática clínica recomenda uma dose adicional para tentar controlar as crises, já que a fenitoína continua sendo uma opção eficaz em muitos casos. A administração adicional de fenitoína pode ser feita para otimizar os efeitos e tentar interromper a crise.
  • B) Prescrever fenobarbital intravenoso.
  • ERRADO. Fenobarbital é utilizado em casos de status epilepticus refratário quando as intervenções iniciais, como a fenitoína, falham. Porém, no caso apresentado, a dose adicional de fenitoína seria a próxima conduta antes de recorrer ao fenobarbital.
  • C) Administrar dose adicional de Diazepam.
  • ERRADO. Embora o diazepam seja frequentemente utilizado, sua eficácia diminui após doses repetidas em casos de status epilepticus refratário. A prioridade é utilizar outros antiepilépticos como a fenitoína ou fenobarbital, e não repetir a dose de diazepam.
  • D) Iniciar sedação e intubação orotraqueal sequência rápida.
  • ERRADO. A sedação e intubação orotraqueal só são indicadas quando o paciente não responde ao tratamento medicamentoso ou quando há risco de insuficiência respiratória. A conduta inicial permanece o uso de medicamentos antiepilépticos.
  • E) Administrar midazolam intramuscular.
  • ERRADO. Embora o midazolam seja eficaz para o controle de crises, a via intravenosa é mais adequada em um contexto de status epilepticus, onde o controle rápido e eficaz é crucial. O uso intramuscular não é a primeira escolha nesse cenário.

EM RESUMO: A administração de uma dose adicional de fenitoína intravenosa é a conduta adequada quando as crises não cessam após a dose inicial e o diazepam. Caso isso não seja eficaz, outros medicamentos como fenobarbital seriam considerados.

PONTOS CHAVE:

  • Fenitoína é um dos primeiros medicamentos a ser utilizado no status epilepticus e pode ser repetida em doses adicionais se as crises persistirem.
  • A intubação e sedação só são indicadas após falha no controle das crises com medicamentos antiepilépticos.

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