No que se refere às características discursivas e aos aspec...

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Q3257189 Português
    Dinheiro traz felicidade? Engana-se quem pensa que esta é só uma pergunta filosófica de boteco. Muito pelo contrário: quem se debruça para valer sobre a questão são vencedores do Nobel de Economia, o psicólogo israelense Daniel Kahneman e o economista americano Argus Deaton.
    Kahneman é considerado um dos fundadores da economia comportamental, uma área que se apoia na psicologia para entender quais fatores afetam as decisões financeiras de alguém. Foi por integrar conhecimentos da psicologia à economia que ele recebeu o prêmio da Academia Real de Ciências da Suécia, em 2002.
     Oito anos depois, Kahneman se juntou a Argus — que receberia o Nobel de Economia em 2015 por seus trabalhos sobre consumo, pobreza e bem-estar social — para tentar responder à grande questão. Eles publicaram um estudo que correlaciona o nível de renda de mil americanos com seu grau de satisfação pessoal e bem-estar emocional, segundo respostas fornecidas em um questionário entre 2008 e 2009.
     Eles chegaram à seguinte conclusão: quanto mais dinheiro alguém ganha, mais feliz e satisfeita essa pessoa se sente. Só que essa correlação não é tão evidente na faixa de pessoas que ganham entre 60 e 90 mil dólares por ano (entre R$ 5 e 7,5 mil mensais). E, entre aqueles que recebiam valores maiores que estes, mais dinheiro já não significava mais felicidade.
     O estudo foi amplamente divulgado na época. Mas ele também foi rebatido por Matthew Killingsworth, um pesquisador da Universidade da Pensilvânia que coleta dados sobre felicidade. Ele publicou uma pesquisa, em 2021, sugerindo que a felicidade média aumenta consistentemente com a renda. E então, qual seria a conclusão correta?
     Para resolver o impasse, Kahneman juntou-se a Killingsworth e Barbara Mellers, também da Universidade da Pensilvânia. Os pesquisadores reanalisaram os dados coletados nos Estados Unidos da América em 2010 e 2021 para entender onde cada estudo deixou a desejar. E assim chegaram a uma conclusão mais sutil: de que pessoas felizes se sentem ainda melhores conforme ganham mais dinheiro; por outro lado, entre pessoas infelizes, o bem-estar para de aumentar quando certo nível de renda é alcançado.

Lúcia Costa. Dinheiro traz felicidade. In: Revista SuperInteressante, 7/3/2023. Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações). 
No que se refere às características discursivas e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, bem como às ideias nele veiculadas, julgue o item a seguir. 

No quarto parágrafo, o período introduzido por “Só que” apresenta uma ideia contraposta à veiculada no período imediatamente anterior.
Alternativas

Comentários

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CERTO

A expressão Só que introduz um contraste em relação à afirmação anterior. O primeiro período sugere que a felicidade aumenta conforme a renda cresce, enquanto o segundo período relativiza essa afirmação, indicando que essa relação não é tão clara para um determinado grupo de renda.

Há sim uma ideia contraposta entre os dois períodos.

CERTO

"Só que" funciona como uma conjunção adversativa, e pode ser trocada por mas, porém, contudo, entretanto ..., que também tem a mesma ideia de contraposição.

O fogo elimina os fracos é o mesmo que forja os fortes!!

OSS !!

Certo só que funciona como uma conjunção advesativa ex porem contudo .

A alternativa correta é Certo.

No quarto parágrafo, o texto afirma:

Na sequência, vem o período introduzido por "Só que":

  • O primeiro período apresenta a conclusão inicial de que mais dinheiro leva a mais felicidade.
  • O segundo período, introduzido por "Só que", contrapõe essa ideia ao afirmar que, em determinada faixa de renda, a relação entre dinheiro e felicidade não é tão clara.

Assim, a expressão "Só que" introduz uma oposição ao que foi dito antes, o que confirma que a alternativa está correta.

"SÓ QUE" funciona como uma conjunção adversativa, para chegarmos a essa conclusão de forma mais fácil, basta substituirmos o termo por: MAS, ENTRETANTO, PORÉM, CONTUDO... E, claramente perceberemos a ideia de contraposição.

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