O modelo de atenção em saúde mental no Brasil sintonizado co...
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Nesse sentido, a atenção à saúde mental torna-se estratégica a partir dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), uma vez que sua viabilização, fora do circuito das internações nos hospitais psiquiátricos, garante a permanência dos usuários em seus contextos familiares e sociocomunitários, possibilitando a territorialização do cuidado e interrompendo o já conhecido circuito segregador e cronificante.
Esse modelo de Atenção Psicossocial é intensamente territorial; um modelo focado no cuidado em liberdade, no qual as crises são tratadas no próprio território, o que requer, portanto, intensa relação com as equipes da Atenção Básica, estando essa, inclusive, como um núcleo central de uma rede articulada e em direção a integralidade do Sistema Único de Saúde. Caracteriza-se por um conjunto de ações, no âmbito individual e coletivo, com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades, tendo na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação. A Estratégia Saúde da Família (ESF) surge, portanto, para reorganizar a Atenção Primária no país e atua com equipes multiprofissionais responsáveis pelo cuidado integral, contínuo e resolutivo de um número definido de famílias e com um território adscrito.
Conta-se, para o suporte a essas equipes, com uma estratégica ferramenta, o apoio matricial ou matriciamento, que pode ser entendido como a construção de momentos relacionais, em que se estabelecem trocas de saberes entre os profissionais. Apoiando os diferentes serviços de atenção envolvidos no cuidado dos usuários, como, por exemplo, uma Unidade de Atenção Primária em Saúde (UAPS) e um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), o matriciamento desmistifica a errônea ideia de saúde mental como cuidado restrito aos loucos e apoio matricial como encaminhamento ao especialista. A interlocução propiciada pelo apoio matricial serve como facilitador na resolução das situações de saúde mental advindas da atenção primária, uma vez que muitos usuários não precisam chegar ao espaço de serviços especializados como os CAPS. A grande maioria percorre diversos serviços de saúde e não veem atendidas suas necessidades, no que tange à saúde mental, já que os CAPS têm por prerrogativa atender e tratar pacientes com transtornos mentais graves e persistentes, ficando as demais situações, tais como depressão leve e moderada, ansiedade e esquizofrenia estáveis, a cargo da atenção primária.
GABARITO: B
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Comentários
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Gab.: Letra B) Apoio Matricial.
Em saúde o APOIO MATRICIAL se configura como uma retaguarda especializada que oferece suporte técnico- pedagógico às equipes de referências, as quais são as equipes responsáveis pela condução de um caso individual, familiar ou comunitário.Dessa forma , esses arranjos organizacionais deslocam "o poder das profissões e corporações de especialistas, reforçando o poder de gestão da equipe interdisciplinar".
Referência: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000200016
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