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Q1875767 Biomedicina - Análises Clínicas
Um paciente vai ao médico a fim de realizar exames de rotina e obtém os seguintes resultados: Glicemia: 210 mg/dL, HbA1c: 8,5 %, Colesterol total: 258 mg/dL, Colesterol HDL: 32 mg/dL, Triglicerídeos: 315 mg/dL, Creatinina: 1,4mg/dL e excreção urinária de albumina na urina (EUA) em amostra isolada de urina: 20 mg/L. Tendo em vista esse quadro, considere as afirmações a seguir.
I - A glicemia e HbA1c são exames utilizados para o diagnóstico e monitoramento do diabetes e, neste caso, o valor da glicemia indica que o paciente é diabético e a HbA1c indica que o paciente apresenta um bom controle do nível glicêmico.
II - O rastreamento para a doença renal do diabetes deve ser realizado em pacientes com diabetes tipo 2 logo após o diagnóstico. Para o rastreamento, deve-se usar a estimativa da taxa de filtração glomerular (eTFG) e a excreção urinária de albumina na urina (EUA).
III - Os níveis de colesterol total, colesterol HDL e triglicerídeos estão alterados. O colesterol LDL pode ser estimado através da fórmula de Martin, e o perfil lipídico pode ser realizado com ou sem jejum de 12 horas de acordo com a prescrição médica.
IV - A estimativa do colesterol LDL pela fórmula de Martin possibilita o cálculo para indivíduos com triglicerídeos acima de 400 mg/dL e utiliza diferentes divisores para o valor de triglicerídeos, que é ajustável, ao invés de um valor fixo, o que possibilita valores mais precisos.
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"excreção urinária de albumina na urina (EUA)" me deu a ideia de proteinúria de 24h, mas na verdade abrange microalbuminuria também

Nefropatia diabética - é uma complicação crônica microvascular da diabetes mellitus, que ocorre em até 40% dos diabéticos do tipo I dependentes de insulina e dos diabéticos do tipo II. Com base nisso, vê-se que os rins são os alvos primários do diabetes. Além disso, lesões vasculares renais e pielonefrite estarão presentes. São justamente os achados laboratoriais do paciente que definem de forma adequada da nefropatia diabética, como um aumento na excreção urinária de albumina e redução da função renal, refletida no aumento da concentração sérica de creatinina e na redução no clearance de creatinina ou na redução da taxa de filtração glomerular. No entanto, como inicialmente o paciente portador de nefropatia diabética é assintomático, para que as condições mencionadas acima possam ser detectadas precocemente, nos diabéticos do tipo 1, deve ser realizado rastreamento anual a partir do quinto ano do diagnóstico do DM, ou antes, se o paciente for adolescente ou se for persistentemente descompensado. Já os diabéticos do tipo 2 devem começar a ser rastreados a partir do diagnóstico da diabetes. O rastreio e a progressão da doença podem ser avaliados por meio da quantificação da albuminúria, uma vez que a albumina tende a aparecer na urina antes das demais proteínas séricas no curso da lesão glomerular renal. Assim, a microalbuminúria é identificada em exame de urina rotina (urina tipo I) e sua elevação deve ser confirmada em pelo menos duas de três coletas, dentro de três a seis meses de intervalo. Além da microalbuminúria, o monitoramento da nefropatia diabética deve ser feito também com base nos níveis de creatinina sérica, associados à taxa de filtração glomerular.

 

FONTE: https://www.sanarmed.com/nefropatia-diabetica-como-rastrear-e-evitar-a-progressao-da-doenca-colunistas

gab d

  • acho que o erro da I é que a glicada confirma a diabetes e não a glicemia de jejum, além do que a glicada elevada confirma falta de controle glicêmico.
  • cuidado, a questão em fórmula de martin e não Friedewald que é a mais usada

Fórmula de Friedewald = não permite usar a fórmula acima de 400 o triglicerídeos ( [LDL] = (CT - HDL) - (TG/5))

Recentemente, foi publicada uma diretriz nacional atualizada recomendando a flexibilização do jejum na determinação do perfil lipídico para avaliação do risco cardiovascular. Também foi recomendado que a determinação do LDL-C seja realizada por estimativa, utilizando as fórmulas de Friedwald (FF) ou de Martin (FM), quando a determinação direta não for possível. Nos casos de valores em jejum e de triglicerídeos (TG) > 400 mg/dl, que impedem o uso da FF, deve-se utilizar a FM ou a determinação direta(5,6). Martin et al. (2013)(10) propuseram uma nova equação derivada da FF para a estimativa do LDL-C, com um fator ajustável no cálculo da fração do colesterol da lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL-C) com base no TG (em vez do divisor fixo de cinco na FF), a fim de corrigir as limitações da FF e melhorar a estimativa do LDL-C. No entanto, os pesquisadores aplicaram o fator ajustável da FM em seus estudos e superestimaram os resultados em algumas populações, concluindo que a precisão da equação apresentou pouca melhora em comparação com a FF(11-Embora as novas diretrizes brasileiras tenham mérito(14), elas são questionáveis em vários pontos e em suas possíveis consequências(15). A FM, particularmente, foi recomendada para a estimativa de LDL-C na população brasileira sem ter sido suficientemente validada em nossas condições metabólicas e de estilo de vida.

https://www.scielo.br/j/jbpml/a/qyRCVgRMY6kjjYRfKYJCpXs/?lang=pt

Após quatro décadas do uso da fórmula de Friedewald, recentemente, tem-se utilizado a fórmula de Martin14 para estimar o valor do LDL- -C, principalmente quando os valores dos triglicerídeos forem > 400 mg/dL. Na fórmula de Martin, o jejum não é exigido, o divisor é variável baseado na concentração de triglicerídeos (localizado na coluna vertical, à esquerda, no Quadro 3), e a concentração dos triglicerídeos pode variar de 7 mg/dL a 13.975 mg/dL. Essa fórmula também usa o colesterol não-HDL (localizado na 1ª linha do Quadro 3, e variando de < 100 a ≥ 220 mg/dL). O valor numérico de cada divisor pode ser encontrado no Quadro 3.

https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/19922c-GPA_-_Jejum_para_Perfil_Lipidico.pdf

 Martin (LDL-c = CT – HDL-c – TG/x), onde “x” varia de 3,1 a 11,9.

https://pebmed.com.br/qual-o-impacto-nos-valores-do-ldl-c-quando-estimado-pelas-principais-formulas-disponiveis/#:~:text=Outra%20equa%C3%A7%C3%A3o%2C%20segundo%20os%20consensos,%2C1%20a%2011%2C9.

Maira, o erro da A é que ela fala "o valor da glicemia indica que o paciente é diabético e a HbA1c indica que o paciente apresenta um bom controle do nível glicêmico." mas nesse caso a HbA1c está elevadissíma, a referencia é até 5,5% se não me engano.

Maira, o erro da A é que ela fala "o valor da glicemia indica que o paciente é diabético e a HbA1c indica que o paciente apresenta um bom controle do nível glicêmico." mas nesse caso a HbA1c está elevadissíma, a referencia é até 5,5% se não me engano.

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