Paciente com fratura fechada da cabeça do rádio tipo 2 de Ma...
Paciente com fratura fechada da cabeça do rádio tipo 2 de Mason e dor intensa no punho ipsilateral à palpação e à mobilização. O diagnóstico é de uma fratura luxação de Essex-Lopresti. Assinale a alternativa que apresenta o tratamento a ser instituído.
Gabarito comentado
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A alternativa C é a correta.
Vamos entender o porquê:
O caso apresentado descreve uma situação conhecida como fratura-luxação de Essex-Lopresti. Este é um padrão de lesão que envolve a fratura da cabeça do rádio, a disrupção da membrana interóssea do antebraço e a lesão da articulação radioulnar distal. A presença de dor intensa no punho ipsilateral sugere essa lesão complexa.
O tratamento escolhido deve visar a estabilização tanto do rádio proximal quanto da articulação radioulnar distal. Portanto, a alternativa C sugere:
- Fixação da fratura da cabeça do rádio sempre que possível. Caso a fixação não seja viável, o uso de prótese da cabeça do rádio é indicado.
- Fixação provisória da articulação radioulnar distal por 6 semanas, para permitir a recuperação adequada dos tecidos moles e promover a estabilidade do antebraço.
Agora, vamos analisar as outras alternativas:
A) Gesso axilo palmar e reavaliar com raio-x controle em, no mínimo, 2 semanas.
Essa abordagem é insuficiente diante de uma fratura-luxação de Essex-Lopresti, pois não estabiliza adequadamente a cabeça do rádio ou a articulação radioulnar distal.
B) Fixação, se possível, da fratura da cabeça do rádio, prótese da cabeça do rádio, se esta não for possível, e artrodese da articulação radio ulnar distal com parafusos canulados.
A artrodese da articulação radioulnar distal é uma abordagem mais drástica e não é indicada como primeira linha em fraturas de Essex-Lopresti sem tentar fixação provisória.
D) Fixação, se possível, da fratura da cabeça do rádio, prótese da cabeça do rádio, se esta não for possível.
Essa opção ignora a necessidade de estabilizar a articulação radioulnar distal, essencial para um tratamento eficaz dessa lesão complexa.
E) Fixação, se possível, da fratura da cabeça do rádio, prótese da cabeça do rádio, se esta não for possível, e fixação da rádio ulnar distal, provisória, durante 3 semanas.
A fixação por 3 semanas pode ser insuficiente para garantir a estabilidade e permitir a recuperação dos tecidos moles na articulação radioulnar distal.
Em resumo, a escolha correta de tratamento na fratura-luxação de Essex-Lopresti deve assegurar a estabilidade do antebraço, o que é adequadamente abordado pela alternativa C.
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